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sábado, 11 de dezembro de 2010

EGOLATRA

Sob aplausos da plateia que lotou o Auditório Jorge Amado, no Centro de Convenções Luís Eduardo Magalhães, em Ilhéus, Lula disse que o governo estimula o crescimento econômico do país quando “leva R$ 10, R$ 15 na mão de um pobre”, porque, afirmou, ele “não vai comprar dólar.”
“Quando você leva R$ 10, R$ 15 na mão de um pobre, aqueles R$ 10 se transformam num produto de crescimento econômico, porque a pessoa não vai comprar dólar. Ela vai na bodega comprar um feijãozinho e aquele dinheiro retorna ao comércio”, discursou Lula.
Bem, hoje em dia, as pessoas estão vendendo dólares, não é? Os “ricos” do mundo inteiro vêm ao Brasil comprar reais, que o Bolsa Juros do Apedeuta remunera como em nenhum outro lugar do mundo. As coisas não são assim porque Lula seja um homem mau, perverso. É que seu governo gasta demais. Com o Bolsa Família? Não, com o Bolsa Campanheiro.


Ainda de acordo com o presidente, o Brasil de “antes do seu governo” estava administrativamente desorientado: “Não sabia crescer sem inflação, não sabia exportar e fortalecer o mercado interno, e nós tivemos de provar que algumas coisas poderiam ser feitas concomitantemente sem uma coisa prejudicar a outra.”
O Brasil cresceu sem inflação, sim. E quem a domou foi o país de “antes do seu governo”. Lula não precisou provar coisa nenhuma! Os fundamentos estavam dados. O resto foi decidido pela expansão da economia mundial e pelo preço das commodities, que triplicou no seu governo.


A 21 dias do fim do seu segundo mandato, Lula foi ao Nordeste para marcar o início de etapas de obras importantes de infraestrutura, como a Ferrovia Norte-Sul. Ao lado de líderes políticos locais, o presidente ainda participará nesta sexta da Cerimônia de formatura do Programa Todos pela Alfabetização, no Centro Administrativo do Governo da Bahia.
Providencial! O Brasil ainda tem 14 milhões de analfabetos entre as pessoas de 15 anos ou mais, segundo o Pnad de 2009, uma taxa de 9,7%, o que é escandaloso. A meta é chegar a 6,7% em 2015, com uma redução de 3 pontos. Vamos ver. Em 2004, era de 11,5% — uma queda de apenas 1,8 ponto em cinco anos, bem abaixo dos 3 pretendidos.

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