"Veja como minha vida é difícil.
Evite ficar com a consciêcnia pesada,
pois sua ajuda é indispensável ."
Junto com o Natal, chegam os pedidos de solidariedade. O entregador de jornal, o entregador de revista, o rapaz que trabalha no Correio; recebemos cartõezinhos carinhosos; começam as ligações de entidades de apoio a diversos tipos de necessitados. Todos depedindo uma caixinha de Natal.
Estranhamente, desta vez, alguns deles usaram o sentimentalismo, o que não faziam antes. Deixavam apenas um cartão auto-explicativo de Boas Festas e Feliz Ano Novo. Hoje, houve uma certa mudança que pode passar despercebida. Um deles alegou que a caixinha de Natal o ajudaria a suprir suas necessidades de pai de familia. Outro disse que precisava de ajuda para o tratamento de seu filho. Mais um outro comentou sobre a dificuldade de pagar a escola de sua filha.
Muito estranho! O presidente do povo, como ele mesmo se autodenomina, afirma que fez o básico em seus dois governos, que foi melhorar a vida do trabalhador. Portanto, se a vida do trabalhador melhorou, não há motivo para distribuir a eles caixinhas de Natal. E qual a origem desse tipo de apelo populista ? Por que será que, agora, trocaram a antiga sensação de constrangmento em apelar para o sentimentalismo por um quase sentimento de orgulho ? Qual o motivo de exporem suas dificuldades de forma tão explíticitas que seus pedidos parecem uma "exigência social" ?
Afinal, mudou a vida do trabalhador
ou foi sua independência que deixou de ter importância?
NOTA: Aconselho os trabalhadores a pedirem caixinha de Natal no Palácio do Planalto.
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