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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

"ANSCHLUSS"



A CRISE DO EURO

Até os dias de hoje a então Alemanha é acusada de ter anexado a nação vizinha, a Áustria, como parte de um plano de domínio europeu ou até mundial. Ocorreu então o famoso “Anschluss”.

Estou abordando este assunto, porque parece que está para ocorrer algo semelhante, só que em escala muito maior. Em proporções não só ampliadas, como também novamente sob a égide de uma Alemanha. Uma Alemanha diferente daquela do Anschluss de 1938.

Naquela ocasião uniu-se uma Alemanha alemã a uma Áustria alemã, com populações etnicamente afins. O que se pretende agora e está em vias de ser concretizada é outra coisa: é a Babellândia, ou seja, a unificação política de 16 nações europeias.

Há semanas, quando ligamos o noticiário, não deixamos de ver a dona Angela Merkel, chanceler da RFA (República Federal da Alemanha), muito preocupada e gestionando incansavelmente para resolver uma suposta crise financeira de países que alternadamente ocupam a berlinda. Seu coleguinha Sarcozy da França procura lhe emprestar a devida assistência.

Na verdade o que estão representando não passa de jogo de cena. Tudo começou com a tal UNIÃO EUROPEIA, também chamada EMUEconômic and Monetary Union, que acabou colocando 16 países europeus sob uma única e igual moeda. O EURO. Apesar de idiomas, costumes, estruturas econômicas diversas, todos tiveram que assumir o compromisso de observar determinados e idênticos critérios para garantir a estabilidade da nova moeda, entre os quais: a) O déficit público não pode exceder a 3% do PIB – Produto Interno Bruto. b) A dívida pública do país deve ficar dentro do limite de 60% do PIB. Pois bem, somente um país, Luxenburgo, se manteve dentro dos limites durante estes nove anos de existência do EURO.

Igual ao que aconteceu mundo afora, os países foram se endividando e, com isto, perdendo sua liberdade. Ficaram à mercê dos credores, dos assim chamados e venerados “investidores”. Aí é só aumentar um pouquinho os juros e a “crise” está fabricada e ela já tem seu objetivo. Alemanha e França não resolverão crise alguma. Seu teatrinho nos noticiários de TV é pura encenação. Seus déficits de 4,3% e 7,1% respectivamente no ano passado, bem como suas dívidas públicas de 83,2 e 82,3 por cento dos seus P.I.B. também excedem àqueles critérios de Maastrich acima citados.

O objetivo real da crise financeira transparece na declaração dada por José Manuel Gonzáles-Páramo, membro da diretoria do Banco Central Europeu (este já existe) em 24/11/11 na Sociedade de Assuntos Europeus da Universidade de Oxford: “E isto quer dizer uma integração econômica e financeira maior para a área do euro, com uma transferência significativa de soberania ao nível da EMU (União Econômica e Monetária), através de políticas fiscais, estruturais e financeiras. (...) Europa deve se preparar para abdicar de expressiva soberania (soa melhor do que Anschluss) a favor dos seus “melhores”. O que quer dizer neste caso, à Alemanha naturalmente. Em outras palavras, graças ao fracasso de uma experiência monetária, a Alemanha será bem sucedida, sem derramar uma gota de sangue, onde falhou historicamente há cerca de 70 anos atrás.”

O senhor Gonzáles-Páramo até pode ter razão, só está enganado a respeito de pequeno, porém importante detalhe.

Tenho aqui afirmado que a RFA - República Federal da Alemanha não é uma nação legalmente sucessora do Reich alemão. Com este país que perdeu a Segunda Guerra não existe Tratado de Paz. A RFA não tem Constituição e decretos das Forças de Ocupação permanecemem vigor. Portanto o território chamado de RFA – República Federal da Alemanha pode representar uma província, não um país independente. Suas representações diplomáticas só servem para emitir passaportes. Nunca as vi se pronunciarem a respeito de algum assunto.

O ministro de estado das finanças desta RFA, Wolfgang Schäuble, homem que por mais tempo esteve no governo, confirmou o que eu acabo de dizer em declaração datada de 18 deste mês (vídeo disponível no You Tube):
“Desde 8 de maio de 1945, nós, na Alemanha, nunca mais fomos completamente soberanos!”

Toedter

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