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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

SISTEMAS IDEOLÓGICOS


Prof. Marlon Adami

Sabemos que sistemas ideológicos são oriundos de uma ou mais cabeças que através de uma idéia, seguida de um debate sobre a mesma, acaba por ser algo plausível para divulgação e implementação no seio da sociedade, como uma novidade que trará melhoria e felicidade para todos. Afinal, felicidade é algo abstrato, mas que a humanidade tem como o mais simplório e importante objetivo em sua passagem terrena.
Pois bem, o socialismo vigente em boa parte do planeta e aplicado através de várias correntes do marxismo clássico e contemporâneo, sabemos e observamos suas falhas, erros teóricos e práticos, obviamente seus catastróficos resultados ao longo dos últimos 100 anos.
Nesse momento de ciência que o socialismo mais engana que beneficia, mais mente que realmente apresenta praticas positivas para a sociedade, encontramos nos mais variados espaços sociais a grita, a manifestação, a recordação do sistema ideológico oposto, o Liberalismo.
Após a decretação da falência soviética, o liberalismo/capitalismo se mostrou o sistema ideal e atuando sem concorrencia nesse momento histórico contemporanêo. Estavamos salvos e cientes que esse era o sistema- ideal.
Mas infelizmente, através de estudos e analises descobri que o Liberalismo é um sistema auto destrutivo,- pois devido ao seu próprio erro sob o status moral do governo, ele contribui para a destruição de tudo- aquilo que desejava preservar e proteger originalmente: a liberdade e a propriedade privada. Com essa acei-tação incorreta do governo, mais cedo ou mais tarde o socialismo seria triunfante sobre o liberalismo.
A confusão liberal fomentou ao longo de dois séculos o fortalecimento do pensamento esquerdista e criando uma social democracia como ultimo e necessario antídoto contra o socialismo radical e a falência liberal.- Aliás, já observamos essa gestão na prática nos EUA e lentamente se instalando em outros países ao redor do planeta.
Os liberais encontram-se desprovidos de argumentos que reforcem e enfrentem os socialistas, independente da linha que sigam. Diz Hoppe, "Se o monopólio é justo, a centralização é justa. Se a tributação é justa, uma tributação maior tam-bem é justa. E, se a igualdade democratica é justa, então a expropriação dos donos de propriedades privadas tambem é justa(ao passo que a propriedade privada não é reputada justa). Com efeito, o que um liberal- pode dizer em prol de menos tributação e de menos redistribuição?"
Se o monopólio e tributação são justos, o liberalismo não tem príncipio moral para defender, alias, redução de carga tributária não é imperativo moral. Os liberais apenas se defendem utilizando o viés econômico.
Como a maioria dos economistas, que cientificamente procuram analisar, explicar e buscar uma solução pa-ra o estado de coisas, através do viés economico, pois é a area de conhecimento que dominam, toda proposta justificada e apresentada por eles não passa de simples opinião, colocando os socialistas num patamar -de superioridade e coerencia, ao passo que os liberais passam a imagem de sujeitos sonhadores, imorais, -confusos e sem príncipios(oportunistas). 
Os liberais aceitam a básica ordem do governo democrático, mas depois lamentam o seu desfecho antilibe-ral.
Se é que o liberalismo contemporâneo queira ainda ter um futuro, precisa urgentemente reparar o seu erro -fundamental e reconhecer que nenhum governo pode ser contratualmente justificado, que todo governo des-trói o que o liberalismo deseja preservar, que a proteção e a produção de segurança só podem ser legitimas e ofertadas por um sistema de fornecedores concorrentes.
Ou seja, o liberalismo terá de se transformar na teoria do anarquismo de propriedade privada ou da sociedade de leis privadas, a qual foi esboçada há 150 anos, completa e plenamente elaborada contemporaneamen-te por Murray Rothbard.

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