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quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Primeiro e único debate parlamentar de Hitler

Goebbels: “Nunca se viu alguém atirado ao chão e liquidado como foi feito aqui. O Führer discursou de improviso e em grande forma. A casa se encheu de aplausos, risadas, empolgação e mais aplausos. Foi um sucesso sem paralelo.”

“Spät kommt ihr, doch ihr kommt!”

Após o comunista van der Lubbe ter ateado fogo no Reichstag ao final de fevereiro de 1933, Hitler convocou uma sessão do parlamento para o dia 23 de março de 1933, a ser realizada no Krolloper, um edifício nas imediações do Portão de Brandemburgo. Nesta sessão foi apresentada para votação a Lei para Superação das Necessidades do Povo e do Reich ou, em alemão, Gesetz zur Behebung der Not von Volk und Reich também conhecida como das Ermächtigungsgesetz de 1933. De fato, esta lei não foi uma “invenção nazista”, pois desde o final da Primeira Guerra Mundial, a República de Weimar já havia promulgado várias vezes tais medidas extraordinárias.

Mas quando mais de uma dezena de leis de exceção são promulgadas a favor da plutocracia, tudo é assustadoramente correto e democrático, mas ai se alguém consegue tal poder pelo menos uma vez contra ela… – NR.


Após comunistas terem incendiado o Reichstag, o parlamento se reunia na Krolloper

Atualmente não é raro ainda ouvir a alegação de que os próprios Nacional-socialistas teriam incendiado o Reichstag. Até mesmo renomados jornalistas das grandes mídias de massa se prendem fielmente a mais este mito hitlerista, como bem relatamos no artigo A velha tática comunista – NR.


O gênio da propaganda Josef Goebbels e sua filha Holde

Bastante significativo nesta sessão parlamentar foi sem dúvida alguma o primeiro e único debate verbal no parlamento entre Hitler e o líder da oposição, o deputado social-democrata Otto Wels. Diante da retórica em grande estilo de Hitler, Goebbels escreveu em seu diário a 24 de março de 1933:

“Nunca se viu alguém atirado ao chão e liquidado como foi feito aqui. O Führer discursou de improviso e em grande forma. A casa se encheu de aplausos, risadas, empolgação e mais aplausos. Foi um sucesso sem paralelo.”

Abertura da sessão

O presidente do parlamento Hermann Göring abriu a sessão com uma homenagem a Dietrich Eckart. A seguir Hitler subiu à tribuna em sua camisa marrom do partido, é saudado por um oceano de braços esticados bradando três vezes Heil e iniciou seu discurso explicando a necessidade da aprovação da lei.

O discurso de Hitler pode ser lido no artigo Discurso de Adolf Hitler de 23 de março de 1933 – NR.

O discurso de Oto Wels

Em contraposição à proposta do governo, o líder social democrata pronunciou seu temor ante uma possível restrição da liberdade dos partidos políticos de oposição. A seguir reproduzimos os principais trechos de seu discurso, segundo o protocolo do Reichstag:


Otto Wels, líder social-democrata

Göring: A palavra está com o deputado Wels.

Wels (SPD), deputado:

“Senhoras e senhores! A exigência em relação à política externa de tratamento igualitário para os alemães, que o sr. Chanceler destacou, nós social-democratas concordamos textualmente, como já tínhamos defendido desde o princípio.

Dentro deste contexto eu me permito uma observação pessoal, que eu me contrapus como primeiro alemão diante de um fórum internacional, na conferência de Berna a 3 de fevereiro de 1919, frente à inverdade sobre a culpa da Alemanha pela eclosão da Guerra Mundial.

Nunca qualquer princípio de nosso partido pode impedir ou impediu, que nós defendêssemos as justas exigências da nação alemã diante dos outros povos do mundo.

O senhor Chanceler do Reich também pronunciou uma frase anteontem em Potsdam, que nós assinamos embaixo. Ele disse: “Do absurdo da teoria de eternos vencedores e vencidos surgiu a insanidade das reparações e na seqüência, a catástrofe da economia mundial”. Esta frase vale para a política externa; para a política interna tão pouco menos.

Também aqui, a teoria de eternos vencedores e vencidos, como disse o senhor Chanceler, é um absurdo.

A palavra do senhor Chanceler nos lembra também outra frase que foi pronunciada a 23 de julho de 1919, na Assembléia Nacional. Foi dito ali: “Nós estamos indefesos, mas indefeso não significa desonrado”.

[…]

Uma verdadeira comunidade do povo não pode ser fundada nela (paz imposta). Sua primeira condição é direitos iguais. Queira o governo se proteger dos rudes protestos da polêmica, queira ele evitar as provocações violentas com medias enérgicas. Isso pode acontecer quando se aplica a todos tratamentos iguais e imparciais, e não quando se permite tratar os adversários como se fossem marginais.

Podem nos tomar a liberdade e a vida, mas não a honra.

Após a perseguição que o partido social-democrata vivenciou nos últimos tempos, ninguém sensato pode exigir ou esperar dele que vote a favor da lei de exceção. As eleições de 5 de março deram a maioria ao governo e com isso a possibilidade de governar fielmente segundo o texto e espírito da Constituição. Onde existe esta possibilidade, existe também a responsabilidade.

A crítica é salutar e necessária. Nunca desde que existe um Reichstag alemão, o controle das questões públicas por parte dos representantes escolhidos pelo povo foram anulados em tais proporções como acontece agora, e como ainda será ampliado pela lei de exceção. Todo este poder do governo pode ser agravado quando a imprensa tem castrada toda sua liberdade.

[…]

Os senhores do partido nacional-socialista nomina o movimento iniciado por eles, uma revolução nacional, não uma nacional-socialista. A relação de sua revolução com o socialismo limita-se até o momento na tentativa de exterminar o movimento social-democrata, que há mais de duas gerações é portador da herança socialista, e assim permanecerá. Caso os senhores do partido nacional-socialista necessitassem executar atos socialistas, eles não necessitariam de leis de exceções.

[…]

Nosso desempenho para a reconstrução do Estado e da economia, para a libertação dos territórios ocupados permanecerá diante da história.

Nós criamos direitos iguais para todos e um direito trabalhista social. Nós ajudamos a Alemanha a se constituir à medida que abrimos caminho para a liderança do Estado não somente aos príncipes e barões, mas também aos homens da classe trabalhadora.

[…]

Nenhuma lei de exceção lhes dá o poder de exterminar ideias que são eternas e indestrutíveis. Vocês próprios se reconhecem como socialistas. A lei socialista não exterminou a Social-democracia. A partir de novas perseguições, a social-democracia também pode criar novas forças.

Nós saudamos os perseguidos e os intimidados. Nós saudamos nossos amigos no Reich, Sua postura e fidelidade merecem admiração. Seu reconhecimento, sua confiança inquebrantável,

(Risadas dos Nacional-socialistas. “Bravo” dos social-democratas)

lhes confere um claro futuro.”

(Novamente aplausos entusiastas dos social-democratas. Risadas dos Nacional-socialistas)


Hitler discursa no Krolloper a 23 de março de 1933

A resposta de Adolf Hitler

Imediatamente após o líder social-democrata deixar a tribuna, o presidente da sessão cede a palavra ao novo Chanceler eleito por decisão soberana do povo alemão.

Göring: A palavra está com o Chanceler do Reich.

(Efusivos aplausos dos nacional-socialistas.)

Diante do temor da oposição, Hitler tem a felicidade de contra-argumentar de forma única, colocando os pingos nos “is” em diversas mentiras repetidas à exaustão pelos defensores do internacionalismo apátrida. Ao caminhar pela segunda vez ao pódio ele aponta o dedo indicador da mão direita aos deputados social-democratas e inicia:

“Spät kommt ihr, doch ihr kommt!”

(Intensos aplausos dos Nacional-socialistas.)

Esta é uma frase da trilogia Wallenstein de autoria de Friedrich Schiller e significa algo como “vocês chegam tarde, mas certamente chegam” – NR.

“As belas teorias que você, senhor deputado, anunciou aqui, foram divulgadas à história mundial um pouco tarde demais.

(Concordância plena dos Nacional-socialistas.)

Talvez, caso estes reconhecimentos tivessem sido usados há alguns anos, eles teriam poupado vossas atuais reclamações.

Você esclarece que a social-democracia assina embaixo de nosso programa de política exterior, que vocês rejeitam a mentira da culpa pela guerra, que vocês são contra as reparações. Bem, eu levanto apenas uma só questão: Onde estava essa luta no período em que vocês detinham o poder na Alemanha?

(Verdade! por parte dos Nacional-socialistas.)

Vocês tinham a possibilidade na época de prescrever a todo povo alemão as leis do comércio interno. Vocês também podiam fazê-las em outras áreas. Também teria sido possível dar à revolução alemã, partindo de vocês, o mesmo impulso e direção que a França deu à sua superação no ano de 1870.

(Muito bem! por parte dos Nacional-socialistas.)

Estaria dentro do possível formar a superação alemã imbuída de um espírito realmente nacionalista, e vocês teriam tido o direito, caso a bandeira da nova república não retornasse vitoriosa, poder ainda explicar: nós fizemos o máximo para evitar a catástrofe através do último apelo ao esforço do povo alemão.

(Efusivos aplausos por parte dos Nacional-socialistas e dos nacionalistas alemães.)

Na época vocês evitaram o confronto, o qual vocês hoje querem de repente comunicar com palavras ao mundo.

Você diz que estar indefeso não significa perder a honra. Não, não precisa ser assim. Mesmo também se nós estivéssemos indefesos: eu sei, eu não perderia a honra. Nosso movimento esteve indefeso anos a fio graças à repressão através de vosso partido; sem honra ele nunca esteve.

(Intensos aplausos por parte dos Nacional-socialistas.)

Eu estou convencido que nós iremos vacinar o povo alemão com o espírito que certamente, apesar da atual fragilidade, senhor deputado, não o deixará sem honra.

(Efusivos aplausos por parte dos Nacional-socialistas e dos nacionalistas alemães)

Também aqui dependia de vocês, vocês possuíram o poder por quase quatorze anos, (gritos dos social-democratas: não!) para providenciar que este povo alemão desse ao mundo o exemplo de honra. Dependia de vocês, já que o mundo exterior nos reprimia, providenciar a forma como o povo alemão iria receber esta repressão, que fosse então com dignidade. Vocês tiveram a oportunidade de combater todo afloramento de humilhação de nosso povo. A traição à Pátria poderia ter sido eliminada por vocês, da mesma como será eliminada por nós.

(Efusivos aplausos por parte dos Nacional-socialistas e dos nacionalistas alemães)

Vocês não têm qualquer direito de tomar para si esta reivindicação; pois vocês não poderiam ter se comportado assim, nem mesmo indiretamente, ter estendido a mão, naquele momento, já que toda revolução deve ser vista como alta-traição. E vocês deveriam ter evitado que por vontade e ordem do estrangeiro, se impusesse ao povo alemão uma nova constituição. Pois isto não é honroso, a formação interior ser imposta pelo inimigo.

(Efusivos aplausos por parte dos Nacional-socialistas e dos partidos da base do governo)

E vocês deveriam ter se voltados para o tricolor alemão, e não para as cores que nosso inimigo jogava sobre nossas covas,

(Novamente fortes aplausos da direita)

porque justamente num período de necessidade e repressão pelo inimigo é que, ai sim, devemos mostrar orgulho e se voltar sem dúvida alguma para o povo e seus símbolos. Vocês tiveram a oportunidade, mesmo se a natureza nos tivesse forçado a abandonar tudo aquilo que nos era caro e sagrado, de mostrar ao mundo a honra nacional nas questões internas. Vocês não viram aqui nenhum motivo para isso!

(Muito bem! da direita)

Você diz: direitos iguais! Assim como nós desejamos nas questões externas, também desejamos nas internas. Por estes “direitos iguais”, senhor deputado Wels, nós lutamos por quatorze anos! Estes direitos iguais da Alemanha nacionalista vocês nunca reconheceram! Portanto, não venha hoje falar de direitos iguais!

(Estrondosos aplausos da direita)

Você diz que não devemos tratar um vencido como marginal. Bem, senhor deputado, nós fomos tratados como marginais enquanto vocês detiveram o poder.

(Novamente estrondosos aplauso dos nacionalistas. Oposição dos social-democratas. Presidente Göring intervém: “Severing!”)

Carl Wilhelm Severing foi um deputado social-democrata que promoveu intensa perseguição aos nacionalistas alemães durante a República de Weimar – NR.

Vocês falam de perseguição. Eu acredito que são poucos aqueles que entre nós não tenham sido perseguidos por vocês e não foram parar na cadeia. São poucos entre nós que se submeteram às perseguições vindas de vosso lado em milhares de abusos e repressão!

(Efusivas declarações da direita.)

E além de nós aqui, eu sei de centenas de milhares que foram submetidos à sua perseguição sistemática, humilhante e infame! Parece que vocês esqueceram que nos arrancaram as camisas anos a fio, porque a cor não lhes agradava.

(Manifestações acaloradas dos Nacional-socialistas.)

Permaneçam apenas no terreno da realidade! De vossas perseguições nós crescemos!

Você diz ainda que a crítica é salutar. Certamente quem ama a Alemanha pode nos criticar; mas quem adora a uma Internacional, este não pode nos criticar!

(Estrondosos e repetitivos aplausos.)

Também aqui lhe vem tarde demais o reconhecimento, senhor deputado. O poder de cura da crítica deveria ser reconhecido de vossa parte, quando nós nos encontrávamos na oposição. Naquela época esta máxima não estava aparente, mas sim nossa imprensa foi proibida e proibida e novamente proibida, nossas reuniões proibidas e nossos discursos proibidos e me foi proibido falar em público, anos a fio! E agora você diz: a crítica é salutar!

(Risadas dos Nacional-socialistas. – Oposição dos social-democratas. – Sino do Presidente.)

Exemplar modus operandi da hipocrisia democrática. Da mesma forma temos por um lado hoje em dia a perseguição ao revisionismo histórico, mas tolera-se, dentro do “espírito democrático e da liberdade de expressão” o crescimento de comportamentos sociais degenerados ou ataques contra figuras sagradas do islã – NR.

Göring: Não fiquem contando estória e escutem agora!

(Bravo entre os Nacional-socialistas.)

Hitler: Você reclama que o mundo também recebe falsos relatos sobre a situação na Alemanha. Você reclama que se informa ao mundo, que diariamente são fornecidos corpos despedaçados ao cemitério israelita em Berlim. Isso lhe aflige. Vocês são tão comprometidos com a verdade! Oh, senhor deputado, deve ser muito fácil para vosso partido com vossas relações internacionais, determinar a verdade. E não apenas isso, eu li nesses dias nos jornais de vosso próprio partido-irmão da Áustria. Ninguém vos impede de disseminar lá vosso conhecimento da verdade.

(Protesto dos social-democratas: Isso foi feito!)

Eu estou curioso para ver aqui quão efetiva é a força de vossas relações internacionais.

(Aclamação por parte dos Nacional-socialistas. – Protesto dos social-democratas.)


“Oh, senhor deputado, deve ser muito fácil para vosso partido
com vossas relações internacionais, determinar a verdade.”

Queiram me deixar falar por favor, eu também não lhes interrompi! Eu li vosso jornal da região do Sarre, senhor deputado, e este jornal não publica nada mais do que traição à Pátria, senhor deputado Wels,

(Indignação dos Nacional-socialistas.)

tenta constantemente difamar a Alemanha junto ao estrangeiro,

(Efusivos aplausos dos Nacional-socialistas: Pfui! Baixaria!)

colocar nosso povo numa condição incomoda junto ao mundo, através de mentiras.

Você fala de uma sofrível segurança jurídica. Meus senhores do partido social-democrata! Eu também vi a revolução do ano de 1918. Eu tenho que dizer realmente: caso nós não tivéssemos o senso de justiça, então nós não estaríamos aqui e vocês não estariam sentados aí!

(Estrondosos Bravo! dos Nacional-socialistas.)

Em 1918, vocês foram contra aqueles que nada lhes fizeram.

(Isso mesmo! pelos Nacional-socialistas.)

Nós nos controlamos para não nos voltarmos contra vocês, que nos torturaram e humilharam ao longo de quatorze anos.

(Isso mesmo! pelos Nacional-socialistas.)

Você diz que a Revolução nacional-socialista nada tem em comum com socialismo, mas sim que “Socialismo” se resume apenas na perseguição do “único porta-voz do Socialismo na Alemanha”, o SPD.

(Risadas entre os Nacional-socialistas.)

Vocês são dignos de pena, meus senhores, e não estão mais sintonizados com a época atual, já que falam em perseguição. O que lhes aconteceu? Vocês estão sentados aqui, e pacientemente nós ouvimos vosso porta-voz.

(Muito bem! e agitação entre os Nacional-Socialistas.)

Presidente Göring: Muito bem!

Vocês dizem. Vocês são os únicos porta-bandeiras do Socialismo. Vocês são os porta-bandeiras daquele misterioso Socialismo que o povo alemão nunca viu na realidade.

(Muito bem! e agitação entre os Nacional-Socialistas.)

Você falam hoje de vossos feitos e conquistas; vocês contam tudo aquilo que almejam. Pelos frutos deve-se também reconhecê-los!

(Estrondosos aplausos entre os Nacional-Socialistas.)

E os frutos atestam contra vocês!

(Protestos entre os social-democratas. – Risadas entre os Nacional-socialistas.)

Caso a Alemanha que vocês criaram em quatorze anos seja um reflexo de vossa vontade socialista, então, meus senhores, nos dêem desde já quatro anos para mostrar o reflexo de nossa vontade.

(Efusivas aclamações entre os Nacional-Socialistas.)

Vocês dizem: “Eles querem eliminar agora o Reichstag para continuar a revolução.” Meus senhores, então não teria sido necessário realizar esta eleição, ou convocar ainda este Reichstag, ou ainda apresentar aqui este projeto de lei. A coragem de confrontarmos com vocês de outra forma, por Deus nós teríamos tido também!

(Estrondosos e longos aplausos dos Nacional-Socialistas.)

Você diz ainda que a social-democracia também não pode ser ignorada por nós, porque vocês foram os primeiros que tornaram este lugar acessível ao povo, aos trabalhadores e não apenas aos barões ou duques. Em tudo, senhor deputado, você chega atrasado! Por que você não informou em boa hora ao seu amigo Grzesinski, por que você não ensinou aos vossos outros amigos Braun e Severing, que me acusaram anos a fio, eu seria apenas um aprendiz de pintor!

(Estrondosa aclamação e indignação dos Nacional-Socialistas. Pfui! – Protesto entre os social-democratas. – Protesto dos Nacional-socialistas: Claro que vocês disseram isso!)

Anos a fio vocês afirmaram isso nos cartazes.

(Novamente protestos entre os social-democratas. Socialistas: Calma! – Sino do Presidente.)

Presidente Göring: Agora o Chanceler faz um balanço!

(Concordância entre os Nacional-socialistas.)

Hitler: E finalmente até me ameaçaram ser expulso da Alemanha através de chibatadas! (Em um discurso do presidente da polícia de Berlim, o SPD Grzesinski, em Leipzig, em fevereiro de 1932.)

( Pfui! entre os Nacional-socialistas.)

Nós, Nacional-socialistas, abriremos caminho agora para aquilo que o trabalhador alemão exigir. Nós, Nacional-socialistas seremos seu porta-voz; vocês, meus senhores (aos social-democratas), não são mais necessários!

(Muito bem! e longo e efusivo aplauso entre os Nacional-socialistas.)

Vocês falam ainda que o poder não é o determinante, mas sim o senso de justiça. Este senso de justiça nós tentamos despertar ao longo de quatorze anos junto ao povo, e ele foi desperto por nós. Além disso, eu acredito agora na própria experiência política que fiz com vocês,

(Muito bem! entre os Nacional-socialistas.)

que o direito apenas não é suficiente, – nós temos que ter o poder também!

(Muito bem! entre os Nacional-socialistas.)

E não me confunda com alguém do mundo burguês! Vocês dizem que vossa estrela poderia subir novamente! Meus senhores, a estrela da Alemanha subirá e a vossa cairá.

(Estrondosa aclamação dos Nacional-Socialistas: Bravo! e Heil! – Longo aplauso também entre os membros da tribuna.)

Vocês dizem que vocês não se curvaram na época da legislatura socialista. Isso foi na época onde os trabalhadores alemães viam em vocês outra coisa, diferente daquilo que se tornaram hoje. Por que vocês esqueceram então este reconhecimento para conosco?!

(Muito bem! entre os Nacional-socialistas.)

O que vira podre, velho e frágil na vida popular, passa e não volta nunca mais.

(Aplausos.)


“Meus senhores, a estrela da Alemanha subirá e a vossa cairá.”

Sua hora também chegou, e apenas porque nós só enxergamos a Alemanha e sua aflição e as necessidades da vida nacional, nós apelamos neste hora ao Reichstag alemão, para aprovar o que poderíamos tomar sem ele.

(Muito bem! entre os Nacional-socialistas.)

Nós fazemos isso em respeito à justiça – não porque superestimamos o poder, mas porque nós queremos facilitar as coisas com aqueles que talvez hoje estejam separados de nós, mas também acreditam na Alemanha.

(Estrondosos Bravo! dos Nacional-socialistas.)

Pois eu não quero cometer o erro de provocar o adversário, ao invés ou de eliminar ou de reconciliar.

(Bravo! e Muito bem! entre os Nacional-socialistas.)

Eu gostaria de ao final, àqueles que de outra forma também queiram o bem do povo, estender a mão

(Bravo! do centro.)

e não quero declarar uma guerra eterna,

(Novamente – Bravo!)

não por fraqueza, mas sim por amor ao povo, e poupar a este povo alemão, aquilo que acompanha os tempos de luta.

(Novamente efusivos Bravo! entre os Nacional-socialistas e nacionalistas alemães.)

Mas não queiram nunca me interpretar erroneamente. A mão eu estendo àquele que se compromete pela Alemanha.

(Bravo!)

Eu não reconheço o mandamento de uma Internacional.

(Efusivos Bravo! entre os Nacional-socialistas e nacionalistas alemães.)

Eu acredito que vocês (aos social-democratas) não irão votar a favor deste projeto de lei, porque vossa mentalidade interior não consegue entender as intenções que nos preenche a alma.

(Muito bem! entre os Nacional-socialistas.)

Mas eu acredito que vocês não iriam fazê-lo, caso nós fôssemos aquilo que vossa imprensa publica sobre nós no exterior,

(Muito bem! entre os Nacional-socialistas.)

e eu só posso dizer uma coisa: eu nem quero que vocês votem a favor! A Alemanha deve ser livre, mas não por vocês!

(Longos e estrondosos aplausos e saudações de Heil! entre os Nacional-socialistas e na tribuna. Aplausos entre os nacionalistas alemães. Novamente efusivos aplausos e gritos de Heil! )

Você pode ver também a este debate entre Hitler e Wels no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=x3rVx0aIXlQ

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