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quarta-feira, 16 de março de 2022

Número de vítimas judias no Holocausto

 Como “vítimas judias da perseguição nacional-socialista”, definimos:

a. Todos os judeus mortos pelos alemães ou pelos seus auxiliares

b. Todos os judeus mortos em campos de concentração, de trabalho e de passagem, bem como judeus oriundos das transferências, independentemente de sua causa mortis

Da mesma maneira classificamos aqueles judeus, cuja morte nada tinha a ver com a sua origem ou religião – por exemplo, guerrilheiros judeus mortos em combates ou soldados das Forças Aliadas ou civis judeus que morreram no bombardeio ou na ocupação de cidades – tampouco como “vitimas da perseguição nacional-socialista, como judeus que foram evacuados pelos soviéticos em virtude do avanço alemão para Leste e que faleceram durante a evacuação ou nos lugares de destino”. Ao contrário, a coletânea Dimension des Völkermords [302] (A Dimensão do Genocídio) que apareceu em 1991 também inclui esta categoria de judeus entre as “vítimas do Holocausto”.

Um caso extremo é representado pelos guetos, nos quais, de acordo com os cálculos do pesquisador sueco, Thomas Kues, morreram algumas centenas de milhares de judeus. [303] Como uma considerável parcela destas pessoas também teria encontrado a morte em circunstâncias naturais, não se pode simplesmente enquadrá-las como “vítimas do Nacional-Socialismo”, mas como vítimas de alimentação deficiente, bem como a superpopulação nos guetos contribuiu, forçosamente, para o surgimento de epidemias, tendo, naturalmente, contribuído para o elevado número de óbitos.

Um observador superficial talvez achasse que o número de vítimas pudesse ser facilmente determinado por uma comparação da população judia pré- e pós-guerra nos países controlados durante a guerra pelo Reich Alemão, porém tal procedimento seria falho devido a duas razões:

Em primeiro lugar, a emigração em massa de judeus europeus que se iniciou imediatamente após a guerra para o exterior (Palestina, EUA, América latina, etc) não teria sido levada em conta. Uma visão sobre a extensão desta emigração nos é oferecida por um jornal publicado nos EUA, no qual constava o seguinte: [304]

“Certa feita, os Steinberg viviam em um pequeno vilarejo judeu na Polônia. Isto foi antes dos campos da morte de Hitler. Agora, o grupo grande de mais de 200 sobreviventes e seus sucessores encontrou-se aqui a fim de participarem, conjuntamente em uma festividade especial de quatro dias. […] Parentes chegaram na quinta-feira do Canadá, França, Inglaterra, Argentina, Colômbia, Israel e de ao menos 13 cidades dos EUA.”

Em segundo lugar, tal base de cálculo não levaria em conta os fatos de que um número extraordinariamente grande de judeus soviéticos e do Leste Europeu desapareceu das estatísticas depois de 1945. Os remanejamentos da guerra aceleraram drasticamente a assimilação dos judeus do Leste; uma parcela em rápida expansão destes judeus não mais exercia a sua religião e não mais se diferenciava do seu meio ambiente em relação ao vestuário, corte de cabelos, etc. Nos recenseamentos demográficos soviéticos, qualquer pessoa podia escolher diretamente a nacionalidade com a qual se sentia bem, de maneira que muitos judeus se deixavam registrar como “Russos”, “Ucranianos”, etc. A extensão destes judeus que desapareceram das estatísticas não pode ser determinada. Já devido apenas a esta razão, é impossível determinar, mesmo aproximadamente, o número das vítimas judias. Como veremos em breve, para isto existem ainda outras razões.

O Número de Seis Milhões

O número de seis milhões de vitimas judias baseia-se, inicialmente, nos depoimentos de dois nacional-socialistas de status intermediário, Dieter Wisliceny e Wilhelm Höttl. Wisliceny, ex-Chefe da Gestapo de Pressburg (Bratislava) fez o seu depoimento inicialmente no Tribunal Militar Internacional em Nuremberg e depois na detenção tcheca. Como tais confissões podiam ser forçosamente obtidas com todos os meios possíveis, entre eles a tortura, faz com que o seu valor seja igual a zero. Wilhelm Höttl, ex-colaborador de Adolf Eichmann na Divisão de Questões Judaicas no RSHA, teria, supostamente, ouvido o número de seis milhões do próprio Eichmann. [305] Este último não poderia ser encontrado naquela ocasião, e Höttl aproveitou a oportunidade para se posicionar no sentido de obter uma melhor imagem junto aos vencedores, acusando o Regime NS da forma mais grave possível. Por isto, ele foi realmente favorecido; ele nunca sentou no banco dos réus! Eichmann foi raptado em 1960 por agentes israelenses do seu exílio na Argentina e em 1962, depois de um processo midiático, no qual ele contestou Höttl no sentido de que havia citado tal número, [306] acabou sendo executado.

Se recuarmos para maio de 1942, então verificaremos, surpreendentemente, que Nahum Goldmann, posterior Presidente do Congresso Mundial Judaico, proclamava naquela ocasião que dos “oito milhões de judeus na área do domínio de Hitler ” – um número bastante exagerado – somente dois a três milhões sobreviveram. [307] Naquela ocasião o Holocausto deve ter estado na sua fase inicial – como, então, Goldmann conhecia o número posterior das vítimas?

O nosso assombro adquire medidas imprevistas quando recorremos ao artigo publicado em 31 de outubro de 1919, no jornal The American Hebrew. Ali se fala de um “Holocausto” (sic!) na Europa Oriental, que estava ameaçando “seis milhões de homens, mulheres e crianças judeus”. O número seis milhões aparece não menos do que sete vezes. Don Heddesheimer revelou que o número de 6 milhões de judeus em sofrimento ou ameaçados de morte, sempre reapareceu nos círculos judeus desde o fim do século 19. [308] Abrimos mão de um comentário nesta sentido.

Walter Sanning und Wolfgang Benz

Surpreendentemente, existem até hoje somente dois estudos que tratam, detalhadamente, a questão das perdas da população judaica durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1983, o revisionista Walter Sanning publicou um livro intitulado Die Auflösung des osteurpäischen Judentums [309] ( A Dissolução do Judiaria do Leste Europeu) que está baseado, quase exclusivamente, em fontes judaicas, designado o número das vítimas judaicas de perseguições como tendo sido de 300.000 pessoas. Oito anos mais tarde, os representantes do quadro histórico ortodoxo apresentaram uma contestação com a coletânea já citada, publicada por Wolfgang Benz, intitulada Dimension des Völkermords [302] (A Dimensão do Genocídio), de acordo com a qual o número das vítimas do Holocausto se situava entre 5,29 e 6,01 milhões de pessoas. Significativamente, Benz e seus coautores não se envolveram em discussões relativas ao livro de Sanning e o mencionaram, meramente, e de forma superficial, com uma nota de rodapé! [310]

A arguição de Sanning oferece, em vários pontos, ensejo para critica. O autor ignora o documento mais importante dos tempos da guerra sobre as deportações de judeus, o Relatório Korherr, apoiando-se, essencialmente, nas declarações do propagandista soviético-judáico David Bergelson, de acordo com o qual 80% dos judeus soviéticos foram evacuados antes da chegada das tropas alemãs. O percentual real deverá ter sido consideravelmente menor. O número total de vítimas conforme Sanning de 300.000 judeus, seguramente, é muito reduzido, porque somente nos campos de concentração e de trabalho, como veremos em breve, morreram até 350.000 judeus. Não obstante, Sanning prestou um serviço excepcional no cálculo da emigração judaica pós-guerra. Ele comprova que a partir de 1945, mais de 1,5 milhão de judeus europeus emigraram para países fora da Europa.

Analisemos a coletânea de Benz. Para reforçar o número de vítimas judias, postulado na literatura do Holocausto, os atores incorrem em numerosas fraudes estranhas, que foram citados por Germar Rudolf na sua comparação das obras de Sanning e Benz: [311]

– Durante a Segunda Guerra Mundial e depois, muitos territórios do Leste Europeu registraram mudanças de seus detentores. Judeus que faleceram efetiva ou supostamente, frequentemente são contados em dobro por Benz e seu grupo, como cidadãos do País A e do País B. Ao todo, Rudolf comprova 533.193 dessas contagens em dobro.

– Soldados do Exército Vermelho e guerrilheiros que morreram nas lutas, bem como vítimas de deportações soviéticas valem para Benz como vítimas do Holocausto.

– A população polonesa do período de pré-guerra é citada aumentada de várias centenas de milhares.

– Algo como uma emigração judaica após a guerra praticamente não existiu para Benz e seu grupo. Cada judeu que após a guerra não mais vivia em sua residência antiga, para eles teria si morto pelos alemães.

As Diferentes Categorias de Vítimas

Judeus Mortos em Campos de Concentração e de Trabalho

O número dos judeus mortos em campos de concentração e de trabalho pode ser determinado ao menos por ordem de grandeza. Por uma coincidência do destino, dispomos de documentação estatística bem precisa para os sete maiores campos de concentração, em parte relativamente exata, que nos apresentam a seguinte imagem sobre o número dos detentos ali mortos (judeus e não judeus):

Auschwitz: ca. 135.500 [122]
Mauthausen: 86.195 [312]
Majdanek: 42.200 [313] até 50.000 [314]
Buchenwald: 33.462 [315]
Dachau: 27.839 [53]
Stutthof: 26.100 [316]
Sachsenhausen: 20.575 [317]

Isto resulta em um número global de ca. de 379.000 até 387.000 vítimas.

Para Mauthausen, Buchenwald e Dachau aceitamos os números da historiografia oficial, já que esta não podemos aqui atribuir excessos. Ao contrário, os historiadores ortodoxos exageram os números de vítimas para os restantes quatro campos, em uma extensão variável.

Para os restantes sete campos (Flossenbürg, Gross-Rosen, Dora-Mittelbau, Bergen-Belsenm Neuengamme, Natzweiler e Ravensbrück) não possuímos documentação completa. Aqui dispomos apenas de dados incompletos que foram publicados pelo Registro Civil Especial de Arosen. De acordo com uma brochura enviada de Arolsen no ano de 1991, para estes campos haviam sido oficialmente registrados, ao todo, 53.445 mortes, [318] porém Arolsen apenas registra casos, nos quais as vítimas são conhecidas com o prenome e sobrenome. Documentos nos quais constam somente o número de detentos falecidos em um determinado campo dentro de um espaço de temo determinado, não são considerados.

Ao fazer uma comparação dos números de Arolsen para os sete maiores campos com os números verdadeiros, então verifica-se que constituem, praticamente de forma exata, a metade dos últimos números. Partindo-se da hipótese que isto também ocorreu nos demais sete campos, resultariam para estes ao todo cerca de 107.000 vítimas. [319] Somando-se este numero com aquele dos mortos nos sete maiores campos de concentração, alcança-se 479.000 até 494.000 óbitos.

A parcela de judeus nos detentos falecidos nos campos de concentração não podemos determinar com precisão, porque não possuímos documentação respectiva. Em Auschwitz deverá ter sido aproximadamente a metade, em Majdanek foi, com bastante precisão, dois terços, em Stutthof a grande maioria. Em todos os campos ocidentais, exceto Bergen-Belsen, os judeus constituem apenas uma minoria dos detentos e vítimas.

Estamos partindo da hipótese de que cerca da metade das pessoas mortas nos campos eram judeus e alcançamos, desta forma, um número avaliado de 240.000 até 247.000 vítimas judias dos campos de concentração.

Além dos campos de concentração oficiais havia no Leste um grande número de campos de trabalho judaicos. Raul Hilberg afirma, sem indicação de fonte, que naqueles campos teriam sido mortos ao todo 100.000 judeus. [320] Se aceitarmos este número como hipótese para trabalho, alcançamos, ao todo, 340.000 até 347.000 (ou, de forma arredondada, 350.000) de judeus falecidos em campos de concentração e campos de trabalho. Com grande probabilidade, este é o número máximo.

As outras categorias de vítimas

Com relação às demais categorias de vítimas, estamos tateando no escuro. Na falha de documentação confiável, não podemos citar um número de judeus que foram fuzilados na Front Oriental. Da mesma forma não conhecemos o números dos judeus que morreram nos campos de transição Chelmno, Belzec, Sobibor e Treblinka – ou já no caminho para aqueles campos. Finalmente desconhecemos como morreu uma grande parcela dos judeus transferidos para as regiões do Leste, enquanto aqueles territórios ainda se encontravam sobre controle alemão. O número dos falecidos nos guetos apenas sabemos a ordem de grandeza e ignoramos a extensão da parcela de mortos pela qual a política alemã era diretamente responsável. Por todos este motivos, nos abstemos de fazer uma avaliação do total das perdas judaicas. Mas somos da opinião que o número de vítimas não se situa abaixo de um milhão – o pioneiro revisionista Paul Rassinier partiu desta cifra no passado.

Alexander Calder, Capítulo 15 do livro “O Holocausto. Os argumentos”, Castler Hills Publishers, Uckfield 2012.

[302] Wolfgang Benz (Ed.) Dimension des Völkersmords, Berlim 1991

[303] Mensagem de T. Kues ao autor. Kues se apoia em estudo que a ser publicado em breve

[304] State Time, Baton Rouge (Lousiana), 24/11/78, citado segundo S. Thion (nota 186), página 325 et seq.

[305] IMT, Volume XXXI, página 85 et seq.

[306] Rudolf Aschenauer, Ich, Adolf Eichmann, Leoni 1980, pág. 406 et seq., 473 et seq., 494

[307] M. Gilbert, Auschwitz und die Allierten, München 1982, pág. 44

[308] Don Heddesheimer, Der erste Holocaust, Hastings 2003

[309] Die Auflösung des osteuropäischen Judentums, Tübingen 1083

[310] W. Benz (Ed.), Dimensions des Völkermords, püag. 558

[311] Germar Rudolf, “Statistisches über die Holocaust-Opfer. W. Benz und W. N. Sanning im Vergleich”, em E. Gauss (ed.) (nota 112), pág. 141-168

[312] Hans Marsalek, Die Geschichte des Konzentrationslagers Mauthausen, Wien 1980, pág. 156 et seq.

[313] J. Graf, C. Matogno, (nota 216), Capítulo 4

[314] T. Kranz afirma que em Majdanek morreram 78.000 detentos. Esta cifra é exagerada pelo menos em 28.000, pois a cifra máxima situa-se em 50.000; veja capítulo 5.2

[315] Eugen Kogon, Der SS-Staat, München 1946

[316] J. Graf, C. Matogno, (nota 300), Capítulo III, 5.

[317] C. Matogno, “Kl Sachsenhausen. Stärkemeldungen und ‘Vernichtungsaktionen'”, Vierteljahreshefte für freie Geschichtsforschung 1/2003

[318] Flossenbürg: 18.334; Gross-Rosen: 10.950; Dora-Mittelbau: 7.467; Bergen-Belsen: 6.853; Neuengamme: 5.780; Natzweiler: 4.431; Ravensbrück: 3.640

[319] J.Graf, “National Socialist Concentrations Camps. Legends and Reality” em Germar Rudolf (Ed.) (nota 210)

[320] R. Hilberg (nota 59), pág. 1299

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