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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

LULLA NÃO TEM CURA, SUBIU PRA CABEÇA MESMO!

Lula acabou com o nosso “complexo de vira-lata”. Como era mesmo o nome daquela cadelinha da raça pug, da emergente Vera Loyola? Quem ainda se lembra do tempo em que o deslumbramento e o novo-riquismo divertiam colunistas sociais, em vez de espantar os colunistas políticos? Lembrei! Perepepê. Ainda viverá? Pois é. O Sultão de Banânia, Luiz Inácio Lula da Silva, inaugurou entre nós o “Complexo de Perepepê”.
O Sultão de Brunei tem cinco aviões de luxo. Lula tem um só. Se Brunei pode, por que não o gigante pela própria natureza? O Aerolula já não serve mais às pretensões hegemônicas do lulo-petismo, e algo precisa ser feito com urgência. Ontem, o presidente brasileiro afirmou ser uma “humilhação” o Brasil ter um avião sem autonomia para voar até a Ásia.
É mesmo! Lula veio de baixo. Num comício feito ontem, antecipando as eleições de 2014 — é tal o absurdo que nem dá para denunciar ao TSE! —, ele se disse a encarnação do próprio povo. Seguindo seu estilo, deixou claro que é o primeiro presidente realmente popular do Brasil! Carrega, pois, consigo, o peso histórico de todas as humilhações a que Dona Zelite costuma submeter os deserdados da Terra.
Lula se toma como metáfora do Brasil. Não! Deixe-me ajustar as coisas segundo a sua importância: o Brasil é que seria uma metáfora de Lula; o país é que segue os passos de sua lenda pessoal. Assim como ele “chegou lá”, o país também há de chegar. E ninguém consegue demonstrar que está no topo tendo um aviãozinho mixuruca de R$ 100 milhões. Ele está determinado a pôr um fim a essa “humilhação”: quer um Aerodilma cinco vezes mais caro!
O governo estuda opções. Pode comprar dois aviões-tanque, sendo que um deles viria com uma área VIP para a presidente. Na opção mais dispendiosa, encomendaria esses dois e mais um Airbus-A340 executivo, que sai pela bagatela de R$ 465 milhões na versão mais cara — e o Complexo de Perepepê exige o máximo dispêndio possível.
É o novo-riquismo redentor convertido em política do estado. E eu, claro, faço um texto crítico a respeito porque, como sabem, sou daquele tipo que não admite que representantes de um “partido operário” andem em aviões de luxo. Deve ser preconceito de classe, né? Reacionário como sou, defendo aqueles tempos nababescos em que um “intelectual da elite” voava de sucatão.
Taí. Acho que o Aerodilma tem de ser batizado de “Perepepê One”!
Por Reinaldo Azevedo

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