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sábado, 14 de julho de 2012

Aumento sem meritocracia.



Pela proposta do governo, ao final de três anos, os salários de professores titulares com dedicação exclusiva nas universidades federais passarão para 17.100 reais, antes os 11.800 reais pagos hoje. Isso representa um aumento de 45% em termos nominais, mas não considera a inflação futura (confira aqui a proposta completa). De acordo com o Ministério do Planejamento, os valores anunciados já incluem o reajuste de 4% à categoria garantido por uma medida provisória editada pelo governo federal em maio deste ano. A proposta reduz também de 17 para 13 os níveis de carreira, como exigido pelos docentes.

No topo da carreira, nossos professores universitários receberão, na ativa ou aposentados, cerca de U$ 8,500 mensais. Mais do que um doutor no Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e Israel. Clique sobre a imagem abaixo para ver quanto ganham os melhores doutores pelo mundo à fora. Resta saber se os novos salários arrancarão o Brasil das péssimas posições que ocupa no ranking das melhores universidades do mundo, onde apenas a USP aparece entre as 100 mais bem colocadas. E lá na casa dos noventa...












É importante observar que a proposta do governo não inclui meritocracia alguma, tais como patentes registradas, artigos publicados, palestras em eventos científicos, etc. Um doutor sindicaleiro que passa o tempo todo em greve vale a mesm coisa que um doutor que brilha nos laboratórios e na cátedra.

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