Algumas expressões da ideologia da vontade de poder são óbvias. O Prometeísmo é a ideologia tecnológica por excelência. Ela propõe à humanidade um programa de perfeição material e humana. O Prometeísmo busca explorar todos os recursos, transformar os continentes, mares e clima, ir cada vez mais rápido, mais alto e mais longe, busca melhorar as espécies vegetais e animais e, por que não, a espécie humana, com vistas a desenvolver novas espécies enquanto se trabalha as possibilidades psíquicas latentes do homem, etc. Mas se a tecnologia possui aspectos positivos em ampliar os poderes do homem, ela também possui seu lado negativo. Por um lado, ela escraviza o homem, já que a tecnologia tem suas próprias demandas que devem ser satisfeitas para ser eficientes: a máquina fornece energia abundante mas escraviza seus defensores. Ademais, a tecnologia possui consequências imprevistas na forma de repercussões potencialmente devastadoras. Em vistas dos medos atuais nessa direção, não há necessidade de insistir nesse tema. Finalmente, a tecnologia, como o último, é não mais que uma entre outras possíveis escolhas. Um entendimento desses fatores negativos leva a uma ideologia tecnológica que pode ser chamada Epimeteísmo, no sentido em que Epimeteu é a antítese de seu irmão Prometeu. O Epimeteísmo denuncia incansavelmente os perigos e limites da tecnologia. É o primeiro exemplo de uma ideologia reacionária no sentido autêntico da palavra, isto é uma ideologia não baseada apenas em seus próprios méritos mas tirando sua força da reação a uma ideologia que ela rejeita. O cientismo é também uma ideologia de poder acompanhada por sua própria reação específica que é o espiritualismo. Outras expressões da vontade de poder são traçadas de uma forma menos clara.
O coletivismo é alcançado dolorosamente pela coexistência de populações radicalmente diferentes. O estatismo implica em sua própria lógica um crescimento contínuo até que a totalidade da humanidade seja absorvida. Finalmente, o voluntarismo tem seu próprio lado prometéico, que rejeita necessariamente todas as limitações à expansão tecnológica e econômica. O socialismo, por seus próprios princípios, não pode ser autárquico já que ele objetiva a abundância
A ilusão tecnológica que começou a se enraizar desde pelo menos a época da Renascença triunfou no Ocidente desde o século XVIII. Ela pode ser definida como uma convicção na natureza artificial de sociedades humanas e da existência humana. A matéria humana é portanto uma matéria primária com a qual podemos fazer o que acharmos melhor. Nós podemos melhorá-la e fazer emergir um estado de perfeição e felicidade. Essa convicção básica deriva de uma obsessão com o progresso e com a natureza instrumental de descobertas e possui duas facetas principais. Uma dessas implica que toda pesquisa e descoberta deve levar a consequências práticas que garantam a felicidade coletiva. A outra pressupõe que todos os problemas podem ser resolvidos racionalmente - e portanto perfeitamente - desde que sejam claramente formulados. Problemas sociais assim como problemas técnicos e científicos possuem apenas uma solução correta. Todas as outras estão erradas e resultam da ignorância, estupidez ou malícia. A ilusão tecnológica do Iluminismo não desapareceu, ao invés foi aplicada a campos ainda mais amplos. Quando a opinião pública se torna consciente das consequências negativas de certos atos criminosos, de drogas ou da poluição, especialistas invariavelmente aparecem para isolar o problema, enumerar as causas, propor soluções radicais e então regularmente falhar em resolver o problema. Estudiosos sérios estão convencidos de que a violência nas relações internacionais pode ser eliminada pela ciência e pela boa vontade. PARA REFLETIR!!!
O coletivismo é alcançado dolorosamente pela coexistência de populações radicalmente diferentes. O estatismo implica em sua própria lógica um crescimento contínuo até que a totalidade da humanidade seja absorvida. Finalmente, o voluntarismo tem seu próprio lado prometéico, que rejeita necessariamente todas as limitações à expansão tecnológica e econômica. O socialismo, por seus próprios princípios, não pode ser autárquico já que ele objetiva a abundância
A ilusão tecnológica que começou a se enraizar desde pelo menos a época da Renascença triunfou no Ocidente desde o século XVIII. Ela pode ser definida como uma convicção na natureza artificial de sociedades humanas e da existência humana. A matéria humana é portanto uma matéria primária com a qual podemos fazer o que acharmos melhor. Nós podemos melhorá-la e fazer emergir um estado de perfeição e felicidade. Essa convicção básica deriva de uma obsessão com o progresso e com a natureza instrumental de descobertas e possui duas facetas principais. Uma dessas implica que toda pesquisa e descoberta deve levar a consequências práticas que garantam a felicidade coletiva. A outra pressupõe que todos os problemas podem ser resolvidos racionalmente - e portanto perfeitamente - desde que sejam claramente formulados. Problemas sociais assim como problemas técnicos e científicos possuem apenas uma solução correta. Todas as outras estão erradas e resultam da ignorância, estupidez ou malícia. A ilusão tecnológica do Iluminismo não desapareceu, ao invés foi aplicada a campos ainda mais amplos. Quando a opinião pública se torna consciente das consequências negativas de certos atos criminosos, de drogas ou da poluição, especialistas invariavelmente aparecem para isolar o problema, enumerar as causas, propor soluções radicais e então regularmente falhar em resolver o problema. Estudiosos sérios estão convencidos de que a violência nas relações internacionais pode ser eliminada pela ciência e pela boa vontade. PARA REFLETIR!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário