Imagine um professor de filosofia que afirma ser a favor de que pessoas com problemas mentais tenham o direito de se matar com o apoio do Estado. Nem vou entrar no mérito de que apoio é igual a recursos do pagador de impostos.
Mas vamos além. Imagine que o homem em questão afirma que desde criança por várias vezes tentou tirar a própria vida, porém não conseguiu.
Você talvez esteja pensando que ele estaria reivindicando algo em causa própria, mas não é bem assim.
"Minha primeira tentativa de me matar foi quando eu era criança. Tentei novamente na adolescência; quando adulto, tentei suicídio repetidamente e de várias maneiras. No entanto, como um homem branco de 55 anos (membro de um dos grupos com maior risco de suicídio nos Estados Unidos) e pai de cinco filhos, sou grato por ser incompetente em me matar", afirma Clancy Martin, um professor de filosofia canadense.
Martin faz parte dessa sociedade contraditória e sabe disso. Ele admite que suas tentativas de suicídio tem relação com problemas mentais. O que ele talvez não tenha percebido é que sua doença não foi curada.
Perceba como é coisa de pessoa que não está em seu juízo perfeito. Um homem que superou sua ânsia de pôr fim a própria existência, diz-se realizado por estar vivo, mas luta para que pessoas que estão passando por problemas mentais, em total desespero, não tenha a mesma chance que ele. E ainda argumenta que tudo isso é para o bem da pessoa que por alguma razão não quer mais viver.
Para além, da insanidade, o artigo publicado em abril, deste ano, no New York Times prova que assim como o aborto, a pauta progressista, seja qual for, nunca é o que diz ser. O aborto, dizem seus defensores num primeiro momento, é para proteger mulheres, mas depois fica claro que essa desculpa é só mesmo uma desculpa. O que querem é o libera geral.
No caso da eutanásia, a desculpa é de que seria para "ajudar a acabar com o sofrimento de pessoas" com doenças terminais. O fato é que uma vez aprovada a eutanásia qualquer motivo aparenta ser um motivo justo, ainda que não seja calculada a capacidade da pessoa de decidir de forma lúcida, ou a pressão que a pessoa possa estar sofrendo por parte de outras pessoas interessadas em seu fim ou mesmo por pressão de quem lucra com a morte de outros, como é o caso das chamadas cirurgias de "mudança de sexo".
Vale lembrar que a mesma sociedade que celebra o setembro amarelo, campanha mundial contra o suicídio, é a mesma que defende a eutanásia.
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