Quando os cavaleiros medievais partiam para as cruzadas, ficavam longe de casa por anos. E para evitar que suas esposas satisfizessem suas necessidades naturais com o caseiro ou o menestrel local, passaram a contar com a ajuda de um engenhoso aparelho. Feito com ferro e trancado com um cadeado, era uma espécie de armadura íntima que resguardava as partes inomináveis – possuía apenas duas aberturas para que as senhoras pudessem aliviar suas outras, e mais urgentes, necessidades. Assim, as mulheres preservariam a sua fidelidade.
Se parece cômico, um estereótipo da brutal ignorância medieval, é porque, quase certamente é isso.
O primeiro desenho de um cinto de castidade aparece no Bellifortis, um manual militar de 1405, feito por Konrad Kyeser, que apresenta instrumentos de guerra como catapultas, armaduras e aparelhos de tortura. Mas o livro não foi levado a sério nem pelo próprio autor, que incluiu no manual piadas sobre pum, um tema imortal e favorito no humor medieval. Nunca foi encontrada uma prova real do cinto desenhado por Kyeser. Contudo, a narrativa alimentou a imaginação dos homens.
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