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quarta-feira, 10 de abril de 2019

O Sínodo da Amazônia: Caminhada para o Socialismo Ecológico

Já se suspeitava que o Sínodo da Amazônia ia virar um festival progressista. Sua palavra-talismã: “a abolição do celibato”, por razões pseudo-pastorais.

Mas faltavam ainda provas concretas, que agora começam a aparecer gradualmente, para documentar essa suspeita.

Georgetown, a Universidade dos jesuítas em Washington, conhecida por suas extravagantes experiências teológicas, está promovendo um simpósio para preparar o Sínodo da Amazônia. 



A esse respeito, relata a Agência de Notícias Católica (KNA): “Adveniat, organização de ajuda à América Latina,manifestou-se a favor de objetivos claros.

A proteção abrangente dos pobres marginalizados e da criação ferida tem prioridade absoluta’, declarou seu presidente-executivo Michael Heinz”.

Concretamente isso significa que objetivos supostamente pastorais estão sendo empacotados em um programa para proteger a “classe social marginalizada” e proteger uma “criação” supostamente “ferida.”

Para o leitor pode parecer estranha essa ligação. No entanto, tal conexão é bastante comum nos círculos católicos reformistas na América Latina.

Trata-se de uma evolução da “Teologia da Libertação” clássica (adoção do método da luta de classes para objetivos comunistas sob o disfarce da religião católica) no sentido de uma fusão com o ecologismo neo-pagão e socialista.


A ação civilizadora da Igreja e do Estado brasileiro foi tirando os mundurukus da selvajaria. 

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Especialmente na América Latina, essas duas correntes socialistas entraram em uma aliança nos últimos 30 anos (reforçada ainda mais depois da condenação da “Teologia da Libertação” em 1984 pelo Cardeal Ratzinger): não apenas o assim chamado proletariado, que seria explorado pela economia de mercado, mas também o meio ambiente.

Após sua condenação pela Congregação para a Doutrina da Fé, a “Teologia da Libertação” se escondeu sob o manto da proteção ambiental.

Mas sempre manteve em vista seu velho objetivo: a construção de uma sociedade socialista, camuflada de aparências católicas.

A superação dessa “exploração” dá-se, segundo o entendimento dos progressistas, através da abolição da propriedade privada e pela introdução de um sistema marxista. 

Tal sociedade reconduzirá os homens ao seu “estado primordial”, onde de fato viverão primitivamente e sem qualquer civilização, mas em harmonia com a natureza.

No fundo, para uma espécie de religião da natureza com pintura católica.

É óbvio que nisso estão sendo perseguidos objetivos políticos marxistas sob o manto “católico”.

Mas a revolução marxista pode ser ainda proclamada de modo muito mais universal. Por que deveria ser aplicada apenas aos moradores da Amazônia?


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A esse respeito a Agência de Notícias Católica (KNA) cita Thomas Wieland, que participa em nome da Adveniat no simpósio em Washington: 

“Os direitos dos povos indígenas veem sendo regularmente espezinhados quando se retira petróleo da Amazônia para nossos carros, quando se extrai carvão para nossas usinas ou quando o gado é engordado para saciar a nossa fome de carne”.

Aqui aparecem nitidamente as clássicas associações de ideias socialistas-populistas, segundo as quais o Sul pobre é explorado pelo Norte rico. Um clássico clichê socialista dos anos 1960 e 1970.

A verdade é bem diferente: graças às reformas de livre mercado (copiadas dos países do “Norte”) e aos investimentos do “odiado Norte”, os países latino-americanos acertaram o passo econômica e tecnologicamente com os países industrializados.

Isso aconteceu através da aproximação econômica com países capitalistas como os Estados Unidos, Alemanha e Japão.


O socialismo em crise e a “Teologia da Libertação” se esconderam sob o manto da proteção ambiental.

Enquanto os países da América Latina estiveram na periferia de ditaduras comunistas, como a União Soviética ou Cuba, permaneceram subdesenvolvidos e alcançavam taxas mínimas de crescimento.

Isto é especialmente verdadeiro para os países da bacia amazônica.

Foi apenas através das reformas da economia de mercado nos anos 80 e 90 que os pobres foram capazes de ascender em massa à classe média.

Os progressistas nunca mencionam isso na Europa, porque querem cultivar a imagem de uma América Latina subdesenvolvida e pobre.

O cardeal Reinhard Marx também falará em Berkeley. A respeito dele escreve a KNA:

“O cardeal Reinhard Marx, presidente da Conferência Episcopal Alemã, sublinhou a importância política do Sínodo da Amazônia no outono.”

Com isso, por assim dizer, o “gato saiu fora do saco”. Tudo gira sobretudo em torno de política e, de fato, política socialista.

Não se trata da conversão dos povos à Igreja Católica ou da difusão da fé católica na Amazônia.

Não, trata-se no Sínodo da Amazônia da criação de um novo paradigma socialista, ecológico e antieuropeu: uma igreja primitiva na selva como modelo para a Igreja universal. 

E um abandono do ideal beneditino de Igreja, que sempre ligava a promoção da fé católica à promoção do progresso civilizatório da humanidade.


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