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segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Não necessitamos de babás estatais e empresariais

 Claro. Vivemos em uma “nova era”, a das falácias, das frivolidades, das mentiras românticas e das verdades romanescas. No contexto dessa lógica ilógica, os indivíduos necessitam de “alguma entidade superior” que, além de pensar por eles, se preocupe com o seu “bem-estar”. Verdadeiramente, com a satisfação, não do indivíduo, mas do abstrato coletivo.



O romantismo impregnou intensamente a mente e os corações humanos, repleto de instintos e emoções, tangenciando o zero em relação à razão. Nunca antes se viram tantas ideias românticas – e falaciosas -, tais como a de que o Estado tem por objetivo se preocupar e ser benevolente, além de ser capaz de, factualmente, atender aos interesses dos cidadãos. Similarmente, de que o mais importante em uma empresa é o seu propósito organizacional, apontando que a razão de sua existência passa mais por seu impacto social/ambiental do que pelo valor que ela cria, dentro de seu negócio, para os clientes-consumidores.

Nunca houve tanto apego às frivolidades e às mentiras e tanta distância do produtivo, do útil e do desenvolvimento do indivíduo. Nunca existiu tanto castigo para a mente individual, para a inteligência humana. Os homens – e mulheres – não necessitam de babás!

É desnecessário, além de ser nocivo, que as pessoas tenham que aceitar e se subjugar a ideia de semideuses estatais e empresariais, ditadores de “verdades” a que os indivíduos tenham que obedecer. O processo de desindividualização e de desumanização, em estágio avançado de andamento, retira das pessoas as virtudes básicas que nos distinguem dos animais, ou seja, a de pensar e agir – por conta própria.

O que se está a ver – e o que não se vê – é a transformação de indivíduos em legítimas marionetes de agentes estatais autoritários e de empresários “salvadores da humanidade”, que, ao cabo, desejam somente salvar seus empregos e seus próprios interesses.

Todas às políticas coletivistas promovem a renúncia do indivíduo em nome de um abstrato coletivo. Nesta direção, a pessoa deve abdicar de seus próprios objetivos e planos de vida, a fim de se sujeitar aos planos e ações de um governo “superior”, intelectual e moralmente, que impõe aquilo que é “melhor” e que deve ser seguido pela população.

Governantes, mesmo aqueles supostamente bem-intencionados, não arcam com as consequências de suas políticas coletivistas bom-mocistas. Suas esdrúxulas decisões, na maioria das vezes, geram consequências indesejadas que não são visíveis no curto prazo. Seus efeitos no longo prazo são deletérios para o país, como aqueles que o Brasil presenciou nos governos petistas. Desafortunadamente, a história se repete.

Nessa “nova era”, empresários passaram a brincar de estadistas. Ao invés de suas empresas criarem e ofertarem benefícios e soluções em seus negócios, a fim de satisfazerem melhor às necessidades e aos desejos de consumidores, eles agora desejam resolver os problemas da humanidade!

Em definitivo, os indivíduos não precisam de babás, tampouco de seres superdotados que pensem por eles.

Governantes que se propõem a ajudar aos mais necessitados e que berram estar se preocupando com as pessoas, normalmente, intervêm nos mercados, favorecendo os amigos do rei, prejudicando todas as outras empresas, reduzindo a concorrência. Preto no branco, são os cidadãos que pagam a conta, por meio de produtos e serviços piores e mais caros. Há, de fato, uma redução do bem-estar da população.

Pelo lado empresarial, o que já tenho percebido é que empresas que querem “salvar o mundo” acabam desviando seu foco e, portanto, reduzindo o pacote de valor/benefícios dentro de seu negócio. É necessário compreender a psicologia humana. São os próprios indivíduos aqueles que devem ter o livre-arbítrio de escolher o que desejam, e de perceber as vantagens de se ajustar em suas relações econômicas e sociais à cooperação social.

Ninguém deseja os caprichos de semideuses estatais e/ou empresariais.

Alex Pipkin 

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