A nota da missão diplomática norte-americana no Brasil aponta Marco Aurélio Garcia, assessor internacional do governo Lula, como fonte das pressões para que o padre fosse recebido no Brasil. A decisão foi criticada pela embaixada da Colômbia, que denunciou aos EUA a contradição entre o discurso do governo Lula e as suas atitudes. O texto considera "críveis" as alegações de que a "Presidência (brasileira) subverteu o processo e pressionou o Comitê Nacional para os Refugiados para tomar uma decisão contrária a suas próprias diretrizes".
Histórico - Quatro anos antes, a Polícia Federal brasileira havia prendido Medina pela segunda vez, a pedido da Colômbia. Em 2005, o governo de Álvaro Uribe pediu sua extradição para a Colômbia, mas, em 2006, Medina recebeu o status de refugiado político no Brasil, após negar as acusações de assassinato. O Supremo Tribunal Federal negou a extradição de Medina em 2007.
O refúgio político de Medina foi discutido em uma reunião entre o então embaixador americano no Brasil, Clifford Sobel, Luiz Paulo Barreto, presidente do Comitê Nacional para Refugiados (Conare), o ex-chanceler Celso Amorim e o recém-nomeado ministro das Relações Exteriores Antônio Patriota - à época, secretário de Assuntos Políticos do Itamaraty.
PT - Uma reportagem publicada por VEJA em março de 2005 mostra que arquivos da Agência Brasileira de Inteligência em Brasília revelaram ligações claras das Farc com o PT. Um dos documentos relata que, durante uma festa em 13 de abril de 2002, Medina disse que sua organização doaria 5 milhões de dólares para a campanha eleitoral de candidatos petistas de sua predileção. Na ocasião, faltavam menos de seis meses para a eleição.
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