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terça-feira, 24 de abril de 2012

Os bancos realizam a obra de Deus


Quando então torna-se grande a inadimplência por parte dos clientes, qualquer banco acredita que alguém – o Estado ou o Banco Central – irá tirá-los do buraco. [...] Portanto, os bancos realizam a “obra de Deus”? De forma alguma. Seu costume em declarar “nada” como algo de valor lembra à tentativa de Cristo, quando Jesus foi desafiado pelo diabo a transformar pedra em pão.
O moderno sistema bancário está pervertido
Segundo as palavras de um rabino, através de nosso trabalho nós nos tornamos “parceiros de Deus na obra da criação”. Talvez Lloyd Blankfein (J) tenha este ditado em mente quando declarou recentemente ao Sunday Times, que os bancos realizam a obra de Deus. O chefe do Goldman Sachs desencadeou severas reações com esta declaração.
Infelizmente o artigo do Sunday Times não contribui para o esclarecimento do assunto. O autor do Times, John Arlidge, acusa o banqueiro de ter “emprestado muito dinheiro”. Porém, o que seja exatamente “muito”, ele não disse. Blankfein respondeu a Arlidge, esclarecendo a “função de um moderno sistema bancário”:
“Nós somos muito importantes. Nós ajudamos as empresas a crescer à medida que as ajudamos a conseguir capital. Com isso é possível que as pessoas tenham emprego, que geram mais crescimento e melhores condições de vida. É um ciclo positivo”.
Isto é uma formidável propaganda sucinta e expressiva para justificar a existência dos bancos. Mas o que deva ser “moderno”, em oposição à função dos bancos no século passado, o leitor não consegue concluir. Nem é perceptível, se Arlidge tenha perguntado algo parecido, nem se Blankfein discorrera sobre o tema. No mais, o artigo descreve e informa detalhadamente sobre a vida social interna dos grandes bancos norte-americanos.
O problema que o artigo do Times não aborda, é esse: O “moderno” sistema bancário tende facilmente à tentação de emprestar “muito” dinheiro, pois permite aos bancos emprestar mais do que possuem. Trata-se da chamada reserva parcial do sistema bancário, a qual é descrita pelo professor Guido Hülsmann como a perversão do sistema das instituições monetárias, de crédito e que apareceu como reação à tentação de saque por parte do Estado. O aparecimento do papel-moeda, sua total desvinculação dos valores reais, assim como o estabelecimento dos Bancos Centrais como monopólio territorial para criação de dinheiro, facilitou a manutenção deste sistema.
Este “dinheiro que surgiu do nada”, sem lastro, dos Bancos Centrais, o meio de produção do sistema bancário “moderno”, não é capital de verdade, mas sim ele transmite a ilusão de bem-estar. Esta ilusão de bem-estar leva a investimentos equivocados; estes por sua vez levam às chamadas bolhas conjunturais, que devem estourar a curto ou longo prazo, pois não existe valor real atrás das intensas linhas de créditos iniciais.
No fundo, este procedimento é uma mentira, um engodo. Sem relevar que os bancos exigem juros em troca de seus “do nada”. Juros em si não é imoral, até as igrejas pregam isso entrementes. Como única exceção permanece a igreja católica condenando a usura em alguns casos de crédito para consumo, quando ela vê uma afronta ao mandamento do amor ao próximo. Mas juros a troco de nada não é apenas um problema econômico, mas passa a ser também um problema de ordem moral.
Juros é a remuneração do capital, não do trabalho. Sua prática por parte de empresas particulares levam através do efeito “juros sobre juros” (juros compostos) a um acúmulo de riquezas sem precedentes e, mais além, submente toda a Nação à escravidão dos juros. Fazer com que as pessoas achem “normal” a cobrança dos juros bancários, foi a maior vitória das Altas Finanças – NR.
Quando então torna-se grande a inadimplência por parte dos clientes, qualquer banco acredita que alguém – o Estado ou o Banco Central – irá tirá-los do buraco. Por este motivo, e por nenhum outro, os bancos emprestam “muito”. Primeiro porque eles têm permissão e segundo, venha o que vier, eles serão salvos – o chamado “moral Hazard”. Não é por acaso que eles acreditam nisso. Eles sabem exatamente, o Estado não pode permitir que um grande banco quebre. Os bancos segurados com apenas reservas parciais estão tão dependentes uns dos outros, que a falta de um banco através dos “créditos em cascata” provocaria dentro de poucos dias ou horas um completo colapso de todo o sistema financeiro mundial. Alega-se que o mundo esteve à beira deste colapso em outubro do ano passado.
Portanto, os bancos realizam a “obra de Deus”? De forma alguma. Seu costume em declaram “nada” como algo de valor lembra à tentativa de Cristo, quando Jesus foi desafiado pelo diabo a transformar pedra em pão. A resposta que ele recebeu foi:
“O homem não vive apenas de pão, mas de cada palavra que vem da boca de Deus”.
E quais seriam tais palavras em relação ao “moderno” sistema bancário? Em primeiro lugar seriam os mandamentos de não mentir e não roubar. Porém, ambos acontecem quando se tenta ganhar dinheiro com “nada”. Quem toma emprestado dos “modernos” bancos dinheiro parcialmente lastreado, ou seja, ilusão de bem-estar, e ele mesmo não possui uma impressora de dinheiro, este terá que pagar juros com salário de seu trabalho ou quitá-los com suas posses. Desta forma, pedra é transformada em pão, mas apenas para os bancos.
Além disso, encontra-se no Novo Testamento uma correspondência para o moderno sistema bancário. São os comerciantes expulsos do templo por Jesus. Os comerciantes do templo aproveitavam os privilégios concedidos pelos sacerdotes, à medida que vendiam por um período pré-estipulado oferendas a preços elevadíssimos. Em um mercado livre sem restrição de acesso, eles nunca teriam condição de manter seus preços de agiotas. É um erro equiparar os comerciantes do templo daquela época com as atuais redes de lojas ou a uma “cultura consumista”. A verdadeira base de equiparação é com os bancos centrais, enquanto a atual correspondência com os fariseus do tempo neste contexto da Bíblia são os governos ocidentais. Os bancos centrais utilizam o privilégio concedido a eles pelos governos, na prática, declarando papéis sem valor como dinheiro, para vendê-los então por um valor mais alto, ou seja, através dos bancos ou do Estado como crédito na economia e exigindo então soberanamente juros excessivos. Em um mercado livre, ao contrário, os bancos centrais compartilhariam do mesmo destino dos comerciantes do templo. Eles seriam – mesmo se apenas em sentido figurado – linchados para fora do mercado, a benefício dos comerciantes que oferecem dinheiro verdadeiro – certificados de ouro e prata – a troco de juros, que não são determinados por um órgão público qualquer, mas sim através do livre comércio de divisas.
A comparação com os sacerdotes daquela época e atuas governos é bastante oportuna também por outros motivos. A crença no Deus redentor é semelhante à crença no Estado redentor. A reação à atual crise financeira é somente um exemplo dentre vários desta forma de religião.
Os bancos realizam a obra de Deus? Somente se eles se atentarem aos mandamentos divinos. Nenhuma pessoa é livre de pecado. Mas se o pecado for levado ao nível institucional, então não há mais motivo em se falar da realização da obra de Deus.
Robert Grözinger
ef-magazin.de, 12 de novembro de 2009
O programa do partido nacional-socialista de Hitler, em seu ponto 24, quer resgatar o “verdadeiro cristianismo” (Este link remete a uma página com conteúdo proibido segundo a legislação brasileira. Para não omitir a fonte do artigo, nós indicamos o link dentro de nossa política expressa na página de LINKS). A idéia gira em torno da atitude de Jesus Cristo junto ao materialismo judaico representado pelo episódio do templo. Mais sobre isso pode ser lido no artigo Jesus era ariano – NR.

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