Bunker da Cultura Web Radio

Free Shoutcast HostingRadio Stream Hosting

domingo, 5 de julho de 2020

Heinrich Himmler: A voz dos ancestrais

Por Heinrich Himmler

Estão penduradas na parte cento e noventa e seis pequenas placas em douradas molduras ovais. Estão, todavia, muitas a menos do que deveriam haver. Todos as molduras das filas superiores, mostram só um nome com um par de datas sobre um papel branco.
Mas nas fileiras inferiores, as placas ganham vida. Os retratos começaram na época da guerra dos trinta anos (1618-1648). São miniaturas finas, cuidadosamente pintadas com um pincel pontiagudo sobre marfim, que há muito tempo ficou amarelado.
Ninguém pode sequer pensar na dificuldade que o artista deve ter tido para capturar aqueles traços severos e orgulhosos com seu suave pincel de pelo de marta.
Todas as brancas gorjeiras, os encaixes, as mangas abalonadas e os medalhões dos servos do rei têm um efeito frívolo nestes retratos que datam do começo do século dezoito. Damas? Cavalheiros? Não, em realidade. Apesar do veludo e da seda, não há ali uma dama, nem um cavalheiro entre eles. Todos eles são mulheres e homens- e isso nos diz muito mais do que o “cavalheiro” de hoje, já que eles, ali na parede, vivendo novamente em seus retratos, eram livres!
A isto chegamos, ao ponto de termos que limitar nossos ancestrais à pinturas ou em estatísticas vitais na parede a fim de dar-lhe uma presença apenas perceptível em nossas débeis memórias. Antepassados? As pessoas de hoje nem sequer sabem as datas de nascimento e morte de seus próprios pais. Talvez estejam anotadas em algum lugar. É uma maravilha quando alguém sabe algo sobre seu avô, para não mencionar então, seu bisavô. Quanto ao tataravô, ninguém nem lembra dele geralmente, como se ele nunca tivesse existido.
Antes, muito antes, as coisas eram diferentes. Antes que as palavras tivessem chegado a ser mera mercadoria, usadas para tramar mentiras, quando um homem todavia vivia por sua palavra; então não era necessário anotar e registrar os antepassados de ninguém. Era um tempo quando o fluxo vivente do sangue do filho ao pai, do pai ao avô e do bisavô ao tataravô, não era afogado. Não se havia afogado, como está hoje, tão profundamente, todos os valores alheios dentro da mente e da alma, de tal maneira que a maioria de nós já não pode ouvir seu ranger, nem sequer na hora mais silenciosa. Houve um tempo em que o passado inteiro morava nos corações dos vivos. E a partir deste passado cresciam até o presente e futuro como as ramas fortes de uma árvore sã. E hoje? Eles riem das fábulas de nossa Gente. Eles nem sequer as entendem. Sem dúvidas, aquele “era uma vez” de nossas fábulas, que permanece conosco, serve como um recordatório, um dedo mostrando-nos o caminho de regresso aos milênios de nosso grande passado.
Você acredita que não temos nenhum uso para o que é passado e que já se foi? Quanto engano! O homem em cujo peito o “era uma vez” de sua raça já não está desperto, não têm nenhum futuro que realmente lhe pertença. Que oportuna seria a aparição de um homem que nos ensinaria de novo o sentido de nossas fábulas, e que nos mostrasse que nossa luta pela liberdade da terra em que temos sobrevivido era,também, a luta de nossos ancestrais há mais de cem mil anos!
Heinrich Luitpold Himmler (1900 – 1945), na foto o caçula, nasceu em Munique numa família católica de classe média. Na imagem estão seu pai, o professor Gebhard Himmler (1865 – 1936) e sua mãe, Anna Maria Himmler (1866 – 1941), católica praticante. No centro, acima dele, seus irmãos Gebhard Ludwig (1898 – 1982) e Ernst Hermann (1905 – 1945)
Você sabia que quando lê sobre a Branca de Neve e a Rainha Malvada que veio pelas montanhas, que aquelas montanhas que ela teve de cruzar cada vez que foi tentar matar a Branca de Neve eram os Alpes, e que a Rainha veio de Roma, o inimigo mortal de todo nórdico? Pense na pergunta diária da rainha: “Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?” Quando você pensar nessa frase, pense em Roma, que não podia descansar até que todo nórdico, brilhante e alegre fosse exterminado e só permanecesse a obscuridade – obscura como a Malvada Rainha no conto de fadas, de modo que ela pudesse ser a mais bela em toda a terra, depois que todo a “luz” estivesse morta.
Aquele que veio a nós pelas montanhas do Sul, não precisou de nenhum par. Todos tiveram que ajoelhar-se e diante disso e beijar seus pés. Quando a rainha veio pelos Alpes a primeira vez, vestida como uma vendedora ambulante de uma terra distante, ela ofereceu à Branca de Neve um corset embrulhado – embrulhado, porque era estrangeiro. Então ela amarrou os cordões tão apertadamente que a Branca de Neve desmaiou e caiu. Os emissários de Roma amarraram o espírito nórdico nos laços asfixiantes dos conceitos estranhos e das palavras enganosas.
Mas o plano destrutivo da rainha não teve êxito. Os anões – os espíritos bons do Povo – vieram e libertaram a Branca de Neve. Os frisões esmagaram os emissários romanos que trataram de romper a força de nossa gente com suas doutrinas de miséria e servidão. Durante quase mil anos, as tribos nórdicas lutaram contra o veneno do Sinai, que gradualmente foi contaminando o sangue destas.
E quando a vaidosa rainha perguntou novamente ao seu espelho a resposta foi: “… mas a Branca de Neve, sobre as sete montanhas com os sete anões, é mil vezes mais bela que tu.” Impulsionada por sua inveja incansável, a rainha cruzou a muralha de neve dos Alpes com um novo engano. Ela ofereceu a Branca de Neve um magnífico pente brilhante, a coisa mais exótica já vista por ela. O “sacro império romano” desviou a vontade nórdica de ação para longe de seu curso natural; Um após o outro, os líderes nórdicos marcharam até Roma e a consequência foi a confusão e a lei romana em nossa terra, que encadearam nosso orgulho nórdico.
Começou com Karl, aquele eternamente maldito franco, assassino de saxões. De Aller a Verdún, o sangue dos mais nobres, ou simplesmente de nossa gente, está em suas mãos. Em reconhecimento por seus feitos, os sacerdotes romanos outorgaram sobre Karl o título de “O Grande”. (Carlos Magno)
Silenciosos para sempre estão os lábios de nossa Gente, que chamaram a este miserável franco, “Karl, o assassino de saxões!”
Representação da queda de Roma em quadro de 1836 – Wikimedia Commons
Apesar disto, o espírito nórdico se manteve intacto; a malvada rainha todavia não era a mais bela da terra. E assim, ela veio em uma terceira visita e presenteou a Branca de Neve com uma maçã apetitosa, porém envenenada. A primeira mordida ficou engasgada na garganta da Branca de Neve e causou um desmaio, como se estivesse morta. Essa maçã simboliza a rejeição de nossa própria natureza, o abandono dos costumes tribais. “Como se estivesse morta”, disse o conto de fadas; com isso reconhece a força enorme que dorme em Nossa Gente, aceitando que um dia venha a grande hora, quando aquela força afogará poderosamente as cadeias do Sinai. Já chegou esta tão aguardada hora?
Branca de Neve é só uma das centenas e centenas de contos nórdicos antigos que nos recordam, com tantas imagens diferentes, as dificuldades, a opressão e a sabedoria profunda de nossos ancestrais.
E quando Roma estalou seu chicote sobre nossa terra, aniquilando implacavelmente cada manifestação genuína de nossa própria natureza, nossos sábios antepassados teceram esses contos, usando coloridos símbolos e alegorias, um legado de nossa herança. Mas a influência de Roma se estendeu sobre nossos contos e sagas, falsificando-os, dando-lhes um novo significado vantajoso para a dominação romana. Foi assim que nossa gente já não pôde entender a voz dos nossos ancestrais, dos quais nos extraviamos todos estes séculos e chegamos a estar cada mais alienados de nossos próprios caminhos e feitos escravos de Roma, e por isso, de Judá. Só aquele que carrega sua própria alma, vivente e ardente em seu peito, é um indivíduo- um senhor.
E o que abandona sua própria espécie é um escravo. A chave para a liberdade está dentro de nós! Agora devemos prestar atenção novamente na voz de nossos antepassados e proteger nossa essência de influências estrangeiras, proteger aquilo que quer crescer em nossas próprias almas. Mais forte que qualquer exército é o homem que maneja o poder que reside dentro dele.
Reflexivamente, revejo as largas fileiras de meus antepassados. Os últimos membros ficam tão distantes que apenas resta algo mais que um nome e uma data em um folha de papel. Mas suas vozes cobram vida em meu sangue, porque seu sangue é meu sangue.
Penso em como os monges francófonas vieram da Suíça para converter aos nossos antepassados, os godos e os vândalos.
Em maio de 2018, um estudo arqueológico dirigido por investigadores da Universidade de Aarhus (Dinamarca) e publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences concluiu que um achado de 2100 ossos de homens entre 13 e 60 anos, numa zona pantanosa do Vale do Rio Ilerup, em Alken Enge, Jutlândia, Dinamarca, pertenciam a cerca de 400 pessoas executadas numa batalha sangrenta e misteriosa até então ocorrida entre o ano 2 e 54 d.C., entre os reinos dos Imperadores Romanos Otávio Augusto e Claudio. Naquela época, os Romanos alargaram o seu Império até ao Norte da Europa, encontrando particular resistência nas tribos que viviam no território onde são hoje a Dinamarca e a Alemanha. Eram também tempos de batalhas frequentes entre tribos. Os vestígios mostram as armas como machados e espadas, espalhadas pelo local. Também há registos de uma dura derrota para os Romanos, com vários dos seus soldados mortos pelos germânicos. Os vestígios analisados podem ser resultado de “raides militares” dos Romanos, para punirem os bárbaros pela derrota, uma vez que 400 pessoas é uma população que excede e muito a escala de qualquer comunidade conhecida de aldeia da Idade do Ferro, indicando que os homens e rapazes chacinados terão sido recrutados numa área abrangente, para participarem numa batalha contra um inimigo comum. Imagem: Zap
Embora fossem seus inimigos mortais, os romanos disseram: “Onde estão os godos, existem regras de virtude. E onde estão os vândalos, até os romanos se tornam castos”.
E a tais homens lhes foram oferecidos os mandamentos do Sinai como luzes orientadoras para suas vidas! Compreende porque esses homens riram quando escutaram aqueles mandamentos, que exigiam que eles cometessem atos que nunca sonhariam cometer?
Compreende porque eles levantaram irados as suas espadas quando os monges lhes disseram que eles eram nascidos em pecado, eles, os melhores amigos dos godos, cujo mesmo nome significa “os bons”?
Poderia alguém entender o desprezo indescritível destes nobres homens àqueles que lhes prometeram uma recompensa no céu para absterem-se de fazer coisas que, segundo sua própria natureza, estariam abaixo da dignidade até mesmo de animais?
A tais homens foram levados os mandamentos; homens infinitamente superiores em dignidade humana e moralidade que os monges que os levaram. Por inumeráveis gerações eles haviam vivido muito acima das regras morais das quais os mandamentos do Sinai funcionavam então. Milhares de anos antes do tempo de “Cristo” que os monges afirmaram representar, nossos antepassados haviam semeado as sementes da cultura e da civilização em todo o mundo em suas frutíferas viagens e andanças.
Quando contemplo os pequenos retratos, e vejo em seus rostos firmemente serenos, a expressão de meus ancestrais – que não necessitam receber as más notícias destes tempos, já que parece que despencamos de uma escada altíssima – uma escada que devemos subir novamente. Hoje em dia, é raro que possamos sequer parecermos com o que eles eram. Eles tinha um pacto próximo com Allfather [1] e não tinham que chamar a nenhum intermediário com aureola quando desejavam falar-lhe. E inclusive também, eles nem sabiam como pedir; eram demasiado fortes, demasiado orgulhosos e demasiados sãos para suplicar.
As bênçãos solicitadas não são verdadeiras bênçãos! Eles não queriam nada de presente; eles já tinham tudo o que queriam e se faltava algo, conseguiam para eles. Sua crença era um refrão tão breve como um piscar de olhos e tão clara e profunda como um riacho na montanha: “FAÇA O CORRETO E NÃO TEMAS A NINGUÉM!”.
Quanto a sua religião, não tinha nenhuma necessidade de ser colocada em palavras que comprouvessem a um povo que de todos os modos era naturalmente reservado com suas palavras. Eles levavam seu conhecimento espiritual profundamente dentro de suas almas; lhes servia como uma agulha de bússola que sempre conduz a um barco o seu curso apropriado.
Heinrich Himmler e Gudrun visitando o campo de concentração de Dachau. Foto: Rare Historical Photos
Não era essa uma melhor religião que a que deve ser escrita em um grosso livro, para que não seja esquecida, da qual alguém não pode entender corretamente o que está escrito, até que um sacerdote venha e interprete? E ainda se requer um ato de fé para acreditar que esta complexa explicação esteja correta.
Na época de nossos ancestrais, a fé nascia do sangue e este era o conhecimento. Hoje deve ser aprendida, já que é uma fé alheia, incapaz de reconhecer raízes em nosso sangue. É o dogma e a doutrina que ninguém pode reconhecer, já que a maioria de nós, silenciosamente renuncia, porque é contrária a Natureza e a razão.
Diga-me: temos conseguido ser melhores desde que aceitamos essa nova religião? Um grande luto reside no peito da maior parte de nós, uma sensação infinita de falta de lar, porque o caminho dos nossos antepassados vive eternamente em nosso sangue nórdico, como um sonho.
Queremos estar uma vez mais, livres de pecado – como nossos antepassados estavam. Estamos cansados de sermos humildes, pequenos, débeis e todas as outras coisas exigidas de nós por um deus que despreza suas próprias criações e considera o mundo como uma guarida de corrupção. Queremos estar orgulhosos outra vez, grandes, fortes e fazer coisas por nós mesmos!
Quão diferentes são aqueles rostos ali na parede comparados com os rostos de hoje! Só olhando muito de perto se encontra algum rastro daquela claridade de traços na geração atual.
O que viveu tão dominante em nossos antepassados, que era refletido em seus rostos, desapareceu de nosso sangue e foi dormir. Por isso os rostos nos enganam tão frequentemente hoje. Muitas pessoas cuja cor de pele e olhos vêm do sul, todavia têm grande parte de seu sangue, de pais nórdicos. E muitos que parecem esquecidos durante os últimos dois mil anos, têm seu cabelo claro e seus olhos cinzas ou azuis, só como uma máscara enganosa, já que seu sangue não leva nenhum rastro de seus pais da terra do Norte. Os primeiros têm só o aspecto estrangeiro e retêm seu sangue nórdico; os segundos tomaram o sangue do estrangeiro e retêm seu rosto nórdico como uma máscara ilusória. Qual é melhor?
Hoje, temos que examinar os olhos de uma pessoa e ver se eles são ou não firmes, brilhantes, penetrantes.
A alma iluminada é refletida nos olhos e isto não engana. Haviam muitos rebeldes entre aqueles ali na parede e homens que deixaram seus lares. Muitos haviam se recusado a se curvar perante àqueles poderosos. Eles não podiam andar encurvados, estes nossos semelhantes. Eles preferiram a pobreza no estrangeiro ao invés da submissão em casa. Mas eles não permaneciam pobres por muito tempo. Aqueles que foram ao estrangeiro seguiram a corrente incansável de seu sangue, que não lhes daria nenhum descanso até que eles encontrassem a si mesmo, rejeitando o que era estranho a eles e fluindo a corrente sanguínea de seus pais, e assim chegando a ser como elos conscientes na cadeia dos antepassados, fechando assim o grande círculo do parentesco.
Quando algum destes voltou à casa outra vez – e todos eles vieram para casa – havia este se convertido em um homem sereno e completo. É difícil descrever essa qualidade de completude. Se os outros estão balbuciando em confusão, e tal homem pronuncia suavemente apenas um par de palavras, então todos os demais entenderão e ficarão tranquilos e atentos. E tal homem não faz perguntas; os outros que lhe perguntam! Olhe em seus olhos: tal como eles dominaram a vida, assim eles estiveram em termos íntimos com a morte.
Para eles a morte era a fiel companheira da vida. Aqueles mesmos olhos que aparecem entre eles se revelam ainda nas gerações mais recentes. Há um deles: Erik era seu nome e caiu em Kemmel. O capacete de aço em sua cabeça parece ser uma parte dele. Sua boca é uma linha reta e firme. Mas em seus olhos de vinte anos brilha um riso silencioso. E com este riso, estranho à sua boca e com uma piscadela, saudando com o punho contra seu peito, gesticulando enquanto caminha, Erik saudou a morte. Não posso imaginar a este Erik, com os joelhos dobrados e a voz chorosa, pedindo a algum deus nas nuvens por piedade e ajuda.
Esta é a maneira em que o imagino: levantando-se de um salto e com um grito feroz, afundando sua grande espada contra o inimigo; logo, no mesmo salto, sendo golpeado por um projétil e caindo na terra com seu pensamento final: “Dei o melhor pela Alemanha!”.
Erik pegou o amargo copo em um riso orgulhoso e bebeu em um só trago, sem caretas. E ele provavelmente golpeou a taça com a unha, de modo que todos puderam ouvir que estava vazia.
Ele não rezou “Pai, que este copo se distancie de mim”. Ele estendeu a mão e a tomou por si mesmo, já que sabia que… tudo o que é necessário é bom! Sob o retrato de Erik está seu lema, escrito com sua própria letra firme e clara: “que um homem seja nobre, benévolo, leal e bom”. Não diz isto muito mais que aqueles mandamentos que Moisés promulgou para a escória depravada no deserto, a fim de fazer aquela multidão compreender os fundamentos da humanidade?
Os mandamentos eram apropriados para essa horda hebraica. Inclusive os egípcios os expulsaram de suas terras. Até como escravos os hebreus eram extremamente maus e infectaram a vida egípcia. Os hebreus… o povo elegido de Deus! É absurdo que alguém leve isso a sério. Um mandamento pressupõe uma transgressão. Pode-se reconhecer a mera necessidade de tais mandamentos (que não exigem nada mais que uma mínima conduta necessária para reclamar a designação de “seres humanos”) a um tipo de criaturas a quem eles foram designados, criaturas que na realidade só possuem o direito a reclamar nada mais que uma semelhança com seres humanos.
Para os homens no Norte, estes mandamentos eram uma denigração, um insulto imperdoável ao seu sangue sagrado.
Deste modo, da indignação ardente do sangue nórdico surgiu um Wittekind, [2] quem voltou uma vez ou outra para conduzir o seu povo à batalha contra as doutrinas do Sinai, posto que esses ensinamentos são um veneno mortal para o nosso sangue. Você pergunta: “quando retornará Wittekind?” Escute: Wittekind morrerá quando o último nórdico morrer! Enquanto um só ario viva, Wittekind estará vivo e o mundo não estará a salvo dele!
Setenta milhões de ários nesta terra gloriosa são mais que suficientes para qualquer coisa que venha do Sinai. Os últimos remanescentes que todavia são puros, estarão em condições quando as espadas ressoarem sobre os escudos e soarem os trompetes para a última e grande batalha deste miserável milênio.
Hammar I ou Lärbro Stora Hammars I, pedra gravada e pintada, século VIII-IX. Localizada em Stora Hammars, paróquia de Lärbro, em Gotland, Suécia. Foto: Divulgação
Para aquele que dorme, apesar de tudo, cujo sangue é amargo e azedo, nenhuma glória para ele! Ele será de forma desconsiderada pisoteado pelos valentes que correm na batalha em cada rua das pátrias árias.
Um costume antigo entre nossa gente permaneceu vivo até o dia de hoje na maior parte de nossa terra do Norte. Houve um tempo quando pareceu que esta prática, transmitida a nós por nossos antepassados, morreria. Mas foi revivida e o tempo está próximo, quando todo nosso grande e belo povo reconhecerá outra vez o significado deste costume e gritará por ele.
Nossos antepassados davam a cada criança um nome poderoso, cheio de alegria e energia vital. Na realidade, eles só lhe emprestavam esse nome. E chegava a ser uma brilhante esperança para a criança que era levada adianta por todo o curso de sua vida.
A criança levava esse nome em sua alma como seu tesouro mais apreciado, já que era para ele tanto um objetivo, como uma responsabilidade sagrada.
Esse nome reforçava a alma da criança quando esta se desenvolvia como um indivíduo consciente e maduro.
Quando a criança chegava à juventude, os parentes maiores se reuniam para uma celebração na qual eles decidiam se o caráter desenvolvido pelo jovem havia satisfeito ou não o nome que lhe foi dado. Se o homem e o nome encontravam-se em harmonia, então seu nome lhe era dado para toda a vida. De outro modo, o homem jovem elegia um nome conveniente para ele, um que caracterizasse a sua natureza. Então resultava que nossos antepassados eram como seus nomes, e seus nomes eram como eles. E então seus nomes teriam peso, como uma espada esculpida com runas, como sua palavra e um aperto de mão, como um sim ou um não.
Em tempos cristãos, nossos ancestrais foram obrigados pela nova lei do estrangeiro a adotar outro nome; era anotado no registro da igreja, principalmente para benefício dos encarregados do censo. As autoridades estavam obrigadas a escrever o nome pagão de um homem ao lado de seu carente de caráter nome cristão em seu registro, não importava que fosse apenas uma lista de nomes fantasmas.
Naqueles tempos os homens mais íntegros e as mulheres mais orgulhosas surgiram de nossa raça.
Me aproximo das filas dos retratos e leio os nomes. Os mais velhos são: Fromund, Meinrad, Markward, Ran, Waltari, Eigel, Asmus, Bjoern. Nomes peculiares, não? Eles são nomes nascidos do grande idioma do nosso povo. Não há nada de estrangeiro neles, nenhum som espúrio. Eles soam verdadeiros ao ouvido. Esses nomes têm o sabor do mar salgado, da terra robusta e frutífera, do ar e da luz do sol… e da pátria. Você percebe isso?
Uns quantos o notarão – mas demasiadamente poucos. Sua própria linguagem foi feita estrangeira para eles e não tem nada demais para dizer-lhes. Depois dessas primeiras filas, nossos antepassados começaram a chamar seus filhos: Gottlieb, Christian, Farchgott, Leberecht, Christoph (que significam: amante de Deus, adorador de Cristo, temeroso de Deus, habitante honrado, portador de Cristo). Mais tarde ainda vieram os nomes Paulus, Johannes, Petrus, Christophorus, Korbinianus, Stephanus, Karolus. Naqueles tempos nossos antepassados não tinham outro nome. Percebe você, como algo foi rompido nesses nomes, como eles foram distanciados de sua própria natureza? Percebe você como quão abruptamente a escada despenca?
Um destino está encerrado na transformação destes nomes. Isto não é o destino de um indivíduo ou de um clã, mas sim de todo um povo – o nosso povo. Mas então algo estranho aconteceu. Aqueles que foram nomeados como Karolus e Paulus pelos seus pais, repentinamente consideraram esses nomes como irritantes, alheios, inadequados, ridículos. E agora vêm a geração que entrou na Grande Guerra. Os nomes com pequenas cruzes de ferro atrás das datas em que eles caíram, não mais de 20 anos desde suas datas de nascimento dizem: Jochen, Dieter, Asmus, Erwin, Walter, Roland, Georg; Esses são os nomes que todavia temos hoje.
E quais são os nomes de nossos jovens, aqueles que levam seus nomes no terceiro milênio depois do tempo do auto-perdão nórdico? Gerhardt, Hartmut, Dietrich, Ingo, Dagwin, Guenther, Hellmut, Gernot, Dagmar, Ingeborg, Helga…A Grande Guerra fez isso? Os nomes contam a história.
A Dinamarca também foi o primeiro dos países escandinavos que foi cristianizadas, como Haroldo I (Harald ‘Bluetooth’ Gormsson) declarou isso em torno de 975 d.C., e levantou a maior das duas pedras Jelling (foto acima). A igreja mais antiga ainda existente, construído em pedra, é encontrado na Dinamarca, em Dalby, Igreja de Santa Cruz de todo 1040 d. C. Embora os escandinavos tornaram-se nominalmente cristãos, levou muito mais tempo para as crenças cristãs estabelecer-se entre as pessoas em algumas regiões, enquanto muitas pessoas foram cristianizadas antes do rei em outras regiões. As tradições nativas antigas que tinham fornecido segurança e estrutura foram desafiadas por ideias que os nórdicos em geral não estavam familiarizados, como o pecado original, a Encarnação e da Trindade. Escavações arqueológicas de sítios funerários na ilha de Lovön, perto da moderna Estocolmo têm mostrado que a cristianização do povo foi muito lento e levou pelo menos 150 a 200 anos, e esta foi uma localização muito central no reino sueco. Do século XIII, inscrições rúnicas da cidade comerciante de Bergen, na Noruega mostram pouca influência cristã, e uma delas apela a uma Valquíria.
Quantos homens levam postas roupas sacerdotais. Mas o pintor nos deu uma pista. E quem quer que seja capaz de encontrar essa pista pode ver o pouco ou o muito que o coração forte do homem é obscurecido pela sombra dos trajes negros que ele leva posto.
As pinturas são todas retratos do busto; sem dúvidas em um deles o artista mostra uma mão. É uma mão forte, com nervos, da classe que poderia dirigir um barco através de uma tormenta.
O livro negro em sua mão parece um brinquedo frívolo. Tal mão não bendiz a um inimigo: o afasta. Seu nome é Frith. É um nome estranho para um sacerdote. Frith quer dizer “ladrão da paz”. Outro retrato mostra a um homem com o cabelo grisalho, bagunçado pelo vento. Ele têm um nariz pontudo e em seus olhos percebemos uma visão ilimitada. Realmente Ran abaixou sua cabeça com remorso, arrependimento e humildade? Realmente desprezou o mundo e colocou sua confiança em um poder distinto que o seu próprio?
Sei porque o destino ordenou que esses homens deviam levar postos trajes negros: se não houvera sido por eles, haveriam muito menos pagãos no Norte hoje; sem eles haveriam sido muito mais os que haviam mudado sua própria imagem de Deus por uma alheia e se cansaram se sua própria força e do mundo. E muitos mais haveriam sido seduzidos pela doutrina forasteira para fazer seus escravos e esquecer seu próprio sangue.
Eles são verdadeiros santos, já que eles conservaram sua identidade interior sã, apesar das batinas de sacerdotes. Eles lutaram contra o inimigo com sua própria arma. As pessoas os chamaram “pagãos”.
Quantos estavam tão orgulhosos deste título que nos incorporaram ao seus nomes, como alguém que colocasse em si uma joia preciosa. Porque pagão é o que permanece verdadeiro perante si mesmo e sua gente, cujo sangue flui puro por suas veias. E esse sangue puro considerava ao mundo nem como o riso odioso do Sinai nem com os joelhos débeis de Nazaré. Guarda a divindade, pura, clara e bela em sua corrente vermelha, enquanto a raça perdure. Nenhum desses homens buscou alguma vez a um Deus. Ninguém busca aquilo que habita em seu próprio espírito.
Nenhum desses homens foi desgarrado alguma vez pela dúvida sobre o divino. Só o que trai a divindade em si mesmo e oferece sua alma a um deus estrangeiro conhece tal dúvida. A dúvida é eterna onde está o estrangeiro eterno e portanto, o eterno desconhecido.
O cristão é um eterno cético.
Pode algum homem ser leal, sendo desleal consigo mesmo? Pode algum homem ser grande, sendo consumido pelo desejo de retornar ao pó? Pode algum homem ser forte, amando a debilidade? Pode algum homem ser orgulhoso deambulando ao redor da humildade?
Pode algum homem ser puro, se se considera nascido em pecado? Pode algum homem ser feliz nesse mundo, depreciando ao mesmo tempo o mundo? E pode algum homem levar a Deus em sua alma depreciando a criação divina?
Que deus tão estranho têm vocês cristãos, que os criou erguidos, mas ordena que se arrastem até ele de joelhos!
Nós, os pagãos, não rogamos ao nosso criador; Isso seria um insulto à divindade em nossas almas.
Nem tampouco nós, pagãos, nos dirigismos ao criador para reclamarmos. Não proclamamos perante o mundo os nossos fracassos e muito menos perante o criador. Procuramos vencer nossas falhas e crescer.
Nosso caminho não é queixa, senão raiva – e antes que tudo, a ira contra nós mesmos. Tampouco nos arrependemos, nós os pagãos, porque não podemos ser covardes. Temos a coragem para defender nossos feitos.
Porque vocês, cristãos, fizeram do nome pago um insulto? Vocês não deveriam vender de porta em porta sua mesquinhez, já que isto permite às pessoas ver que o amor que a vocês é ordenado que seja mostrado, está ligado ao ódio, e que o perdão que a sua religião requer de vocês está carregado com seu desejo de vingança. Só os endividados se inclinam aos insultos. Vemos suas dividas e estamos envergonhados por vocês, já que muitos de vocês, são todavia irmãos de nosso sangue.
Houve um tempo em que era uma desgraça ser cristão. Mas então vocês começaram a conquistar as massas e dessa maneira vocês foram capazes de dar a volta por cima e fazer da virtude uma desgraça. Logo vocês nos etiquetaram como estranhos e nos chamaram pagãos. Temos permanecido estranhos apesar de seus insultos. Nunca seremos uma massa ou rebanho. Sabiam vocês que entre vocês há muitos estranhos, como nós? Porque não jogam longe os farrapos de mendigo que cobrem as nobres vestimentas de vossa virilidade?
Estão vocês com vergonha de serem estranhos? Temerosos de ser chamados pagãos? Quando vocês, os cristãos terminarem de sepultar seu deus no céu… Venham conosco. Nós, os pagãos lhes mostraremos uma outra vez a Deus. E não pensem que já temos saldado as contas com vocês cristãos. Pesamos silenciosamente, mas não pesamos com pesos falsos.
Não enganamos ao deus que está em nós, posto que não enganamos a nós mesmos. E como temos suspeitado justamente, pelo que temos estimado, então seriamos considerados com justiça por Deus no que diz respeito às nossas almas. Você vê, não nos arrependemos, já que não temos nada do que arrependermos. Nossa valia não carece de nada. Temos mantido e preservado nosso valor inteiro. E agora vocês têm que pesar! E quando vocês tiverem pesado, calculado e avaliado, perguntem a seus espíritos endividados quanto foi perdido.
Aquele que não perdeu nada de seu valor, está sem dívidas – e sem ódio por nós pagãos.
O pequeno homem odeia ao que lhe é superior, enquanto que o grande homem o admira. O pequeno homem se compadece do que está abaixo dele, enquanto o grande homem o desdenha, se é que merece o seu desprezo, ou ajuda.
Ali em seu berço está meu filho, aproximando-se alegremente dos retratos de seus antepassados na parede. Este minúsculo e sorridente sopro de vida é o passo seguinte do futuro da minha raça. E não será o último passo. Ele é o seguinte. E atrás de mim vejo o caminho da minha raça passando de novo pelos milênios distantes até que seja atenuado pela névoa do tempo… pois as gerações que vieram antes dos mais antigos na parede são, também, reais. O caminho inteiro da minha raça através do tempo não o conheço, mas sei realmente que vivo e que sou só um elo na cadeia da qual nenhum elo deve faltar, enquanto meu povo viva.
De outro modo eu nunca haveria existido. Por gerações um livro de pergaminho enrolado foi transmitido em nossa família. O abro e escrevo uma página amarelada para meu filho: “Sua vida não é deste dia, nem tampouco do dia de amanhã. É dos mil anos que passaram antes de ti e dos mil anos que virão depois de ti.
Durante os mil anos antes de ti, teu sangue foi conservado em forma pura, de modo que tu fora quem és. Agora tu deves preservar teu sangue, de modo que todas as gerações dos seguintes mil anos te honrem e te agradeçam.”
Esse é o sentido da vida, que a divindade se desperte no sangue. Mas a divindade só vive no sangue puro!
De quem estive falando? De meus ancestrais? Eles são só um símbolo do povo do qual sou eu uma parte viva.
A quem estive falando? A meu filho? Meu filho é só uma parte do meu povo. A sabedoria de mil gerações dorme em você. Desperte-a e você terá encontrado a chave que abrirá as portas de suas aspirações mais verdadeiras. Só o que estima a si mesmo é digno de ser um homem.
Só é um homem o que leva o passado e o futuro vivos nele, pois só ele é capaz de estar acima da hora presente. E só aquele que é senhor do presente é exitoso. Ele só é completo à plenitude, como só no comprimento está a divindade. Assim lhes diz a Voz de Nossos Antepassados.

Artigo original: “Die Stimme der Ahnen. Eine Dichtung”, de Heinrich Himmler (Wulf Sörensen) com tradução do idioma espanhol por Christa Savitri.
Notas
[1] Nota da edição: Allfather, ou Alföðr, é um dos nomes de Odin, a divindade suprema dos nórdicos antigos. Por vezes, Odin era chamado de “Pai de Todos”. Na sabedoria irlandesa antiga, também existe um paralelo. Esse mesmo pai de todos também é chamado de Dagda.
[2] Nota da edição: Widukind, Wittekind ou aportuguesado “Viduquindo” foi um guerreiro e líder dos saxões que habitavam o norte da atual Alemanha, e que chefiou a resistência ao assédio do imperador Carlos Magno, nascido no ano de 730 e dita falecido em 7 de janeiro de 807 d.C.).

Nenhum comentário:

Postar um comentário