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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

CRISE A VISTA

O Brasil pode estar caminhando para uma situação semelhante à da crise do “subprime” ocorrida nos Estados Unidos, segundo um artigo publicado no “Financial Times”. O autor, Paul Marshall, é administrador do Eureka Fund, um fundo que investe em projetos de inovação na área de “tecnologia limpa”.
A crise do “subprime” nos EUA, que estourou em 2008, se refere à expansão do crédito para uma categoria da população que não é “prime” (os chamados empréstimos de segunda linha), ou seja, não é de uma classe acostumada a tomar muito dinheiro emprestado e pagar.
Marshall lista alguns argumentos para mostrar que, no Brasil, a “farra do crédito”, nas palavras do autor, é preocupante:
- O crédito no Brasil cresceu 2,4 vezes mais rápido que o PIB (produto interno bruto), ritmo superior a de países emergentes como China (onde o crescimento do crédito foi de 1,2 vez o do PIB), Índia (1,6 vez) e Rússia (duas vezes).
- Os tomadores de empréstimo no Brasil pagam, em média, uma taxa de juros real de 20% a 25% ao ano; e, outros países, essa taxa fica entre 1% e 3%.
- A dívida dos consumidores no Brasil “come” 24% da renda. Nos EUA, quem tem metade desse percentual de comprometimento da renda já é considerado endividado demais.

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