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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Inventores do futuro


A oposição que essas várias campanhas parcelares pode gerar será ela também parcelar e inconexa, esgotando-se em discussões periféricas que deixam a salvo de ataques o coração do empreendimento, de modo que as metas finais possam ser atingidas mesmo ao preço de recuos e abdicações pontuais e localizadas.
Diante das inúmeras campanhas soi disant progressistas, libertárias ou humanitárias que vêm se espalhando pelo mundo desde os anos 70, sempre bem subsidiadas e tendo como garotas-propaganda as mais destacadas figuras do show business, o cidadão comum não tem jamais a ideia - ou os meios intelectuais - de rastrear as ligações entre as entidades envolvidas e o fluxo de dinheiro que as move. Se pudesse investigar isso, descobriria que os movimentos mais disparatados, como abortismo, gayzismo, feminismo, vegetarianismo, "direitos dos animais", anticatolicismo, antitabagismo e liberação de drogas, vêm todos da mesma fonte e, por meios aparentemente inconexos, servem a um objetivo comum: reduzir a população do planeta.
O controle demográfico é uma obsessão da elite globalista - especialmente da família Rockefeller - pelo menos desde os anos 40. As primeiras campanhas nesse sentido, na década seguinte, vinham com objetivo declarado, promoviam a esterilização em massa e visavam a atingir sobretudo o Terceiro Mundo, mas deram resultado inverso: em vez de deter o crescimento populacional nas nações pobres, baixaram drasticamente o das nações desenvolvidas (vejam o livro de Pat Buchanan, The Death of the West, para a descrição de um panorama estatístico apavorante).
Nada mais natural, nessas condições, que uma mudança de estratégia. Assim nasceram as campanhas de que estou falando.
Notem, de um lado, que, independentemente dos demais resultados socioculturais que delas podem germinar, cada uma das mudanças de conduta que essas campanhas visam a produzir tem pelo menos um ou dois de três efeitos necessários, imediatos e evidentes:
(1) Reduzir a duração média da vida humana. Gays, vegetarianos e drogados vivem notoriamente menos que as outras pessoas.

(2) Reduzir a capacidade procriativa. No caso das drogas ilegais, como maconha e cocaína, isso é mais que evidente. A abstinência de carne tem o mesmo efeito. A campanha antitabagista pareceria tender na direção contrária, mas, como ela está associada na fonte à luta pela liberação das drogas pesadas e não passa de uma preparação de terreno para induzir populações inteiras a trocar de vício, a correlação estatística entre diminuição do consumo de cigarros e redução populacional não é de maneira alguma mera coincidência. (Os pretextos médicos do combate ao fumo revelam-se cada vez mais falsos à medida que nenhuma, absolutamente nenhuma redução da incidência das doenças "associadas ao fumo" se verificou nas áreas mais afetadas pela onda antitabagista.)

(3) Reduzir o desejo de procriar. Quem negaria que o feminismo radical, o divórcio fácil e a oferta maciça de operações de aborto sob demanda desembocam nisso necessariamente?
Várias são as modificações socioculturais periféricas que essas diversas campanhas podem produzir, e tanto seus apóstolos quanto seus detratores dirigem o foco das discussões para essas mudanças, sem reparar que, mesmo alguma destas falhando, o efeito de redução populacional terá sido atingido. A lógica do processo causal bastaria, por si, para sugerir fortemente a coerência global por trás de tantos e tão disparatados fronts de combate, mas a sugestão plausível se transmuta em certeza factual quando se nota que tanto as várias concepções quanto o dinheiro para implementá-las vêm sempre da mesma fonte: a elite globalista, que por sua vez tem muitos objetivos, mas um acima de todos - o controle demográfico mundial.

Como toda operação complexa de engenharia social, essa conta não só com seus planejadores e militantes conscientes, mas com a colaboração frenética e servil de milhões de idiotas úteis, sobretudo entre "formadores de opinião" e mini-intelectuais, que de repente se apaixonam por algum slogan solto e, sem cogitar dos efeitos sociais de conjunto, passam a defendê-lo com aquele ardor cretino que vale por um juramento de nunca entender nada. Alguns, no arrebatamento da paixão retórica, inventam até novos argumentos que, por sua ousadia insana, surpreenderiam os próprios formuladores originais do projeto.
Outro dia, o Sr. Paulo Ghiraldelli, que de boa fonte me informam ser uma voz influente naquilo que no Brasil, não sei por quê, se chama de "educação", publicou um artigo em que declarava ser uma imposição tirânica da sociedade repressora a expectativa de que as mães, normalmente, amem seus bebês. Sim, por que não seria mais humano, mais democrático, mais coerente com o espírito destes tempos iluminados, consentir que as pobres senhoras odiassem, espancassem ou jogassem pela janela os filhos recém-nascidos, aqueles miúdos seres horríveis que não têm outra missão na vida senão ficar berrando no bercinho e sujar fraldas com uma obstinação reacionária e - digamos logo - nazista?

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