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segunda-feira, 9 de março de 2020

O Último Filho da Luz

Através desse amor – e somente através dele – iria elevar-se à intuitiva certeza da verdade eterna sobre a qual iria construir a doutrina nacional-socialista, forma moderna da perene religião de vida; essa certeza que a separa dos maiores políticos e o estabelece diretamente dentro da categoria dos guerreiros, profetas, fundadores das mais sábias civilizações que conhecemos.

A criança fora batizada com o nome de Adolf

Foi em 1889, durante o primeiro ano do reinado do Kaiser Guilherme II.

Bismarck, o chanceler de ferro, o criador do Segundo Reich alemão estava, todavia, no poder, ainda que não por muito tempo. As forças ocultas anti-alemãs que de prontidão iriam posteriormente causar sua queda, de forma gradual, rompendo desta forma o ímpeto que ele havia dado aos acontecimentos, já estavam em plena atividade; há tempos presenciava-se o trabalho em busca deste objetivo o qual visava vê-lo em ruínas. Além disso, existiam outros fatores imponderáveis – forças morais e místicas – ao lado e inclusive atrás delas: as mesmas forças de desintegração que haviam estado, durante mais de dois milênios¹, guerreando a conduzir a raça ariana para sua perdição. Portanto, necessitava-se um gênio mais-que-político, uma personalidade sobre-humana, para se impor àquele caminho.

Especialmente durante os passados cem anos, concretos desde a eclosão da Revolução francesa, a Europa esteve submergindo mais depressa que nunca, sob influência do judaísmo internacional e seus hábeis agentes: a maçonaria e os diversos corpos supostamente “espirituais”, direta ou indiretamente ligados a ela. Séculos de errônea explicação do cristianismo – uma crença essencialmente extraterrena – aos assuntos mundanos. Haviam preparado a base para o triunfo das mais perigosas superstições; a crença na “felicidade” e a “igualdade de direitos” para “todos os homens”; a crença na cidadania e na “cultura” como algo separado e inclusive mais importante que a raça em si; a crença em um progresso ilimitado através de uma suposta receptividade à “educação” e na possibilidade de uma paz e “felicidade” universal como resultado do “progresso” – os maravilhosos descobrimentos da ciência postos ao serviço do “homem”; a crença no direito do “homem” e a consequente crença deste mesmo homem trabalhando contra o espírito da natureza e a favor de seu próprio prazer e benefício. Havia sido incrementado o acentuado, exaltado e popularizado nauseabundo amor ao “homem” como algo distinto e oposto a todas as demais criaturas, ou, sendo mais exato, o “para além do bem e mal”, mas deficiente, medíocre – tão debilitado e, de certo modo, distante de toda a idéia milenar de homem guerreiro, comum aos povos arianos, integrantes de uma humanidade superior, expressada na concepção de que “o herói assemelha-se aos deuses”, usando as palavras de Homero.

E o colonialismo estava em seu ponto culminante e a atividade missioneira cristã também. O que vem a significar ter cedido ela mesmo diante das forças de desintegração, fazendo com que a Europa, o continente invadido, estivesse conduzindo essas atividades cristãs, de forma veloz, ao resto do mundo. Preparava, desta forma, o epílogo da Idade Média: o estado de caos biológico que representava a condição preliminar para o domínio de inferiores e a consequente aniquilação sistemática de qualquer elite humana supervivente de sangue e caráter.

Naquela época então, um digno e honesto trabalhador oficial de aduanas vivia junto de sua família em Braunau, uma bonita e pequena cidade sobre o rio Inn, na fronteira entre Áustria e Alemanha; A cidade, com sua praça principal, onde em um de seus lados presencia-se uma velha fonte ocupada por uma estátua de Cristo feita em pedra; com suas velhas casas e igrejas, com antigas vias – limpas e estreitas – e a “torre” de quatro andares – Salzburger Turm – que já então separava a praça principal de suas imediações², que eram um pouco diferentes das outras numerosas e pequenas cidades da região. Provavelmente tinha o mesmo aspecto que a tem dos dias de hoje: as cidades menores transformam-se com menos intensidade se comparadas às maiores. E o oficial de aduanas, cujo nome era Alois Hitler, vivia e se relacionava com a vida como tantos outros funcionários do governo. Agraciado com enorme vontade de potência e perseverança, desde sua juventude teve formação autodidata, promovendo a si mesmo desde a posição de um rapaz do povo ao notável público do cargo governamental que ocupara, o qual se lhe manifestava acima do respeito. E agora, após todos estes anos, cujos dias foram tão desesperadamente iguais, sua vida monótona não parecia de fato ser assim diante de seus olhos, posto que não dispusesse de tempo para refletir a seu respeito. Meticulosamente rigoroso, trabalhou e trabalhou. E os dias e anos se passaram. E deste modo, chegaria o tempo em que o honesto funcionário retirar-se-ia a uma pequena pensão.

Para tanto, vivia nas imediações, a alguns passos da Salzburger Turm, em uma velha casa de dois andares, com patamares pitorescos curvados sobre os degraus da escada, além de espaçosas habitações. Sua esposa Clara era bela: loira, com magníficos olhos azuis. Com apenas vinte e nove anos (era ela sua terceira esposa), era dotada de apaixonada natureza, sendo pensativa e serena; tão imaginativa e intuitiva, ao passo que seu marido não dotava de romantismo; tão carinhosa como respeitoso ele o era; e capaz de um contínuo e interminável sacrifício. Ela o respeitava profundamente: ele era seu marido e, sobretudo, ela amava a suas crianças – e o Deus que havia dentro delas. E ela desconhecia o quanto estava certa, de forma tão concreta quanto o espírito divino – a divina personalidade da humanidade ariana, cuja manifestação aparece agora e então na forma de um ser humano extraordinário – e que vivia nela como o bebê que estava a amamentar: seu quarto filho.

Recém acabava de tê-lo em 20 de Abril, às seis e dezoito da noite, nesta larga e arejada habitação do segundo andar – encontrava-se ela no último cômodo à mão direta – no qual estava agora recostada, sentindo-se fraca, cansada, porém imensamente feliz. As três janelas davam vista à rua. Através de límpidos cristais e brancas persianas, ardentes raios de sol penetravam em abundância. O bebê dormia. A mãe, por sua vez, descansava – Não tinha noção de que acabava de ser o instrumento de um tremendo poder cósmico.

A algumas poucas centenas de jardas mais adiante – atrás da Salzburger Turm e a ampla praça rodeada de casas relativamente altas – fluía o azulado rio Inn, afluente do Danúbio. Havia uma ponte sobre ele, tal como existe ainda nos dias de hoje. A paisagem – suaves colinas, com bosques aqui e ali; e bem casas de telhado vermelho bem conservadas, aconchegantes por si só, além de, ocasionalmente, um campanário de uma igreja localizado entre a borda do rio e as preciosas pendentes verdes à distância – era, pois, o mesmo a ambos os lados da ponte. As pessoas que ali residiam também eram a mesma: Bávaros – alemães, portanto. Porém este lado, de onde se encontrava a praça principal com sua velha fonte, a Salzburger Turm e as imediações, era chamado Áustria. O outro lado, Alemanha.

Dormia o bebê; a mãe, por sua vez, serenava, estando grata pelos brilhantes raios de sol já próximos daqueles emitidos durante o verão. Tendo sua criança ao seu lado, poderia vê-la sempre que pudesse. Contudo rezaria de forma intensa ao reino dos céus para que pudesse ele viver: seus três primeiros filhos teriam morrido, um em sequência do outro.

A criança fora batizada com o nome de Adolf.

Trinta e cinco anos mais tarde, o homem em que se havia convertido escreveu: “Hoje me parece que o destino me dispôs, de forma feliz, Braunau como o lugar de meu nascimento. Esta pequena cidade se situa justamente à borda dos estados germânicos e sua consequente unificação representa, para nossos homens que integram uma nova geração, um trabalho vital que bem merece realizar-se por todos os meios”³.

Refere-se ele ao “destino”. Se não o fora pela singularidade de tal afirmação em um livro escrito para milhões de europeus, dificilmente preocupados ou interessados com a idéia do nascimento ou o renascimento, poderia ele ter dito, com igual ou maior exatidão, de “sua própria eleição”. Pois de acordo com a antiga sabedoria, homens dotados de tanta qualidade como a sua escolhem nascer, sem a obrigação de sê-los, e, do mesmo modo, escolhem ao lugar de nascimento.

Invisível sobre o céu da pequena cidade de fronteira, as estradas formavam, em 20 de Abril de 1889, às seis e dezoito da noite, um claro desenho marcando o retorno à terra daquele que retorna; o homem divino “contra o tempo” – a encarnada personalidade coletiva da humanidade superior – aquele que, uma vez ou outra, e cada vez mais heroicamente, interpõe-se de forma solitária contra a permanente e acelerada onda de decadência universal e prepara, através de uma árdua e sangrenta luta, o amanhecer do seguinte ciclo do tempo, ainda reconhecendo-se aparentemente estar, durante anos ou décadas, propício ao fracasso.

Pois o recém nascido não era outrem senão Ele.

Nunca as circunstâncias teriam sido mais desfavoráveis ao seu reconhecimento. Difícil era a possibilidade da tomada de consciência de sua missão no hábito de um soberano predestinado. Não tinha somente, como qualquer um que está disposto a reconhecer, um largo caminho desde o humilde status da criança a aquele que teria de alcançar para inserir-se, na história do ocidente, na parte política que lhe fora destinada, sem que nada parecesse apropriado para preparar-lhe a execução de sua grandiosa tarefa, sabendo que viria a ser a de despertar a alma ariana ocidental à sua própria sabedoria natural. A sabedoria ariana, em sua forma consciente e guerreira, em oposição a todos os valores tradicionais do cristianismo, era desconhecida no mundo ocidental da época – sobretudo entre Braunau – Desconhecida à exceção de alguns poucos pensadores como Nietzsche. Os poderes celestiais, sem dúvida alguma, deram à criança divina, pois, grandiosos privilégios através dos quais ele iria, estando surpreendentemente pronto, a ter consciência; a reinventar o poder com que fora presenteado, segundo o seu próprio entender: primeiro, uma pura e saudável herança, contendo o melhor tanto do sangue nórdico como de celta – a imaginação apaixonada e a intuição mística dos celtas, aliada à vontade de potência, minúcias, eficiência e senso de justiça (e também perspicácia) nórdica; e, tempo junto dele, um amor apaixonado, ilimitado e insondável por essa terra alemã que se estende a ambos os lados do Danúbio e mais adiante; e por seu povo, seus irmãos de sangue: não àqueles caracterizados como espécies perfeitas da humanidade superior (pois, contudo, não há evidências de seres perfeitos nesta Era Obscura), mas seu amor direcionava-se àqueles que puderam e chegaram a ser como tais, ainda que possuam seu elemento fundamental.

Através desse amor – e somente através dele – iria elevar-se à intuitiva certeza da verdade eterna sobre a qual iria construir a doutrina nacional-socialista, forma moderna da perene religião de vida; essa certeza que a separa dos maiores políticos e o estabelece diretamente dentro da categoria dos guerreiros, profetas, fundadores das mais sábias civilizações que conhecemos; dentro da categoria dos homens “contra o tempo”, cuja visão alcança algo para além de nosso enfermo mundo, condenado a uma rápida destruição. Homens contra o tempo cujo mundo encontra-se próximo da Idade Dourada, na qual são eles profetas e deuses.

Savitri Devi

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