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quarta-feira, 16 de março de 2011

Universidade não é para todos.

O TCU verificou que 29% das vagas do PROUNI não estão sendo ocupadas, mas que as instituições privadas que participam do programa estão recebendo isenção fiscal total. Entende que a renúncia de receita é desfavorável ao estado. O TCU está equivocado porque as vagas que estão sobrando no PROUNI também estão sobrando na USP. É resultado do excesso de oferta em determinados cursos, como fisioterapia, fonoaudiologia e outros. Uma das soluções do arrogante, petulante e boçal ministro da Educação, Fernando Haddad, é uma esperteza: ele quer mudar a lei, aumentando para mais de 10% a cessão de vagas, todas com bolsas de 100%. Hoje, as universidades podem optar por oferecer 20% das vagas com bolsas de 50%. É esperteza porque ele quer mais vagas em cursos de alta demanda, como direito, administração, psicologia, mas não vai resolver o problema dos cursos sem procura, que ficarão ainda mais ociosos. A verdade é que o PROUNI surgiu como a Universidade para Todos e isso é uma balela. Universidade, para ter qualidade, exige investimento em livros, intensa dedicação e um mínimo de seleção na entrada ou perde a qualidade. Universidade é muito mais do que cotas, bolsas e acessos facilitados. Em resumo: universidade não é para todos e isso não é uma injustiça social.  Porque quem paga o ônus de um péssima universidade é toda a sociedade, recebendo serviços de péssima qualidade oferecidos por advogados incompetentes, engenheiros picaretas e psicólogos especializados em florais de Bach. Está havendo uma politização inconsequente na ampliação da oferta de vagas na universidade no Brasil. O resultado é que não temos uma só entre as 200 melhores do mundo.

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