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O governo do Rio Grande do Norte, governado por Rosalba Ciarline(DEM), que tem no senado José Agripino, presidente recém eleito do Democratas, vai pagar R$ 1,3 bilhão à empresa OAS para a construção e gestão do Estádio das Dunas, palco que representará Natal na Copa do Mundo. Os detalhes da negociação foram apresentados no último dia 16 pelo governo durante audiência na Assembleia Legislativa potiguar. A conta é a seguinte: nos primeiros 11 anos, contados a partir da conclusão da obra, o estado arca com parcelas fixas mensais de R$ 9 milhões. Nos três anos seguintes, serão mais R$ 2,7 milhões por mês. Nos último triênio do contrato, a OAS receberá parcelas mensais de R$ 90 mil.
No final do contrato de 20 anos, incluindo os três de carência durante a construção, o governo do Rio Grande do Norte terá desembolsado aproximadamente R$ 1,3 bilhão. O montante equivale a mais que o triplo do que será gasto com a obra do Estádio das Dunas, orçada em R$ 400 milhões. “O cálculo é simples: é como na compra de um carro parcelado. O valor total, quando você vai ver, nunca é igual ao valor à vista, porque os juros de mercado já estão embutidos nas parcelas fixas. A mesma coisa acontece na contraprestação do Estádio das Dunas”, disse Demétrio Torres, coordenador estadual da Copa. Depois de 20 anos a empresa que administra o estádio o repassará ao governo estadual ou renovará a parceria por meio de um novo contrato.
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A governadora Rosalba, quando assumiu, identificou uma dívida, de curto prazo, de R$ 810.212.644,42, dos quais R$ 511.593.896,85 referem-se às dívidas que devem ser pagas com recursos ordinários do Tesouro do Estado. E para pagar esta conta do Tesouro não há dinheiro, uma vez que a dotação incluída no Orçamento para 2011 para as despesas de custeio das atividades de todo o Poder Executivo (Administração Direta e Indireta) são exatos R$ 422.934.606,06. "Isso significa que, se o Governo pudesse pagar no correr de 2011 toda a dívida que herdou, não teria recursos para custear nenhuma de suas atividades este ano", disse
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Como o estádio vai estar pronto apenas em 2014, a governadora, se for reeleita, terá que pagar , no primeiro ano do segundo mandato, R$ 108 milhões de dívida por um estádio de futebol que será utilizado durante uma semana. Durante o segundo mandato, serão R$ 432 milhões. Se não for reeleita, estará legando a mesma dívida que recebeu do seu antecessor, com um agravante: para arcar com a conta de um maldito estádio de futebol. É uma vergonha viver num país como este.
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