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domingo, 31 de julho de 2011

FINA ESTAMPA: AGUINALDO SILVA DETONA O POLITICAMENTE CORRETO E AFIRMA QUE "POVO NÃO AGUENTA MAIS VIADO EM NOVELA

 

Aguinaldo: sem medo da patrulha politicamente correta.
A duas semanas da estreia de ‘Fina Estampa’, Aguinaldo Silva concedeu uma entrevista ao site de VEJA em sua casa com um aviso: nos próximos meses, ficará em prisão domiciliar. “Quando eu estava escrevendo ‘Duas Caras’, só saí de casa duas vezes em oito meses. Durante o período de uma novela eu fico escravizado, encarcerado na minha própria casa.”

Nessa fase reclusa, em que escreve 35 páginas por dia, Aguinaldo não gosta de dar entrevistas, nem tem paciência para conversar com atores. “Eu não atendo telefonemas de atores. Imagina ter que dar atenção a 60 pessoas do elenco. Isso é tarefa do diretor”.
Conhecido por ser um tipo irreverente, despachado e polêmico, Aguinaldo Silva  é das poucas personalidades do mundo novelístico que enfrenta e detona a patrulha políticamente correta que domina o mundo da televisão. 
A entrevista de Aguinaldo está ótima e merece destaque aqui no blog. Transcrevo um excerto com link no final para leitura completa. Leiam que vale a pena:
O que mais afasta o público das novelas? O povo não aguenta mais viado em novela. Chega! Tem muito. Tem novela que tem seis viados. As pessoas não aguentam mais isso. E geralmente os gays são todos iguais. São cópias dos héteros, querem casar, ter romance, engravidar e parir um filho nove meses depois. São gays chatos. Outra coisa que está cansando o público é o vilão desenfreado, que faz maldade sem nenhuma justificativa. Faz por fazer. Não é nem psicopata. O bom vilão tem que ser meio canastrão. Tem uma vila que eu adoro, que é a Nazareth Tedesco (personagem de Renata Sorrah em Senhora do Destino), que era engraçadíssima porque tudo que ela fazia dava errado. Eu me inspirei muito no Tom do desenho animado, que tenta há anos tenta matar o Jerry e sempre se dá mal.
 

Mas em Fina Estampa não vai ter um gay?
Tem um só, que é o Crodoaldo Valério, que quem está fazendo é o Marcelo Serrado. Eu fiz questão que fosse um ator hétero porque eu acho que ele vai me surpreender. Antes da novela estrear, já tem gay entrando no meu portal e escrevendo que não viu e não gostou porque eu criei um homossexual estereotipado. Como eu falei antes, acho ridículo tratar o gay como um personagem padrão. Eles tem seus códigos, seu universo. São pessoas diferentes. A graça desse personagem é que ele tem uma paixão devastadora pela Teresa Cristina (Cristiane Torloni), que o trata miseravelmente mal. Alguns gays têm essa mania de venerar as mulheres que o maltratam. Eu queria mostrar esse tipo de gay. As pessoas vão odiá-lo porque vai fazer mil maldades em nome dela, porque ele adora aquela mulher que é um horror, ela é péssima.

Na sua novela não terá o tão esperado beijo gay? Eu estou começando a ficar irritado com essa coisa do beijo gay. Acho que tem uma torcida para que não aconteça, para que o assunto continue durando, mas as pessoas não aguentam esse assunto e se depender de mim ele acabou. A novidade é essa: não vai ter beijo gay em Fina Estampa, pode escrever. Não tem lugar no mundo em que os gays sejam mais ousados do que no Brasil. Aqui os gays não respeitam as fronteiras. Eles chegam no hétero e cantam mesmo, e se colar, colou. Porém, existe essa hipocrisia de você não poder mostrar um beijo gay na televisão. Por debaixo do pano vale tudo, mas publicamente é essa coisa hipócrita. A sociedade brasileira é assim e a tevê não quer correr o risco de perder o público.
A TV Globo foi criticada pelo movimento gay por ter arrefecido o romance entre Eduardo e Hugo em Insensato Coração, Milton Gonçalves foi cobrado pelo movimento negro por ter aceitado um papel de vilão. Como você encara a reação desses grupos? Tem um grupo gay da Bahia que diz que eu sou o inimigo número um dos homossexuais. Dizem que nas minhas novelas os homossexuais são estereotipados. Essas entidades são todas um saco, todas elas tem interesses econômicos, vivem à custa do governo ou daquelas empresas alemães que por má consciência financiam qualquer coisa. Claro que existem negros bandidos como existem brancos bandidos. A cor dos personagens não devia importar para essas entidades. Eles deviam combater as diferenças, mas para eles interessa grifar as diferenças. Se você bota hoje em dia uma bandida disfarçada de enfermeira, trinta sindicatos de enfermagem espalhados pelo Brasil te processam. Aí você tem que se preocupar com a audiência em Rondônia, em Tocantins... E não dá, porque você ainda tem uma novela para escrever.

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