ZERO HORA
Vanessa Franzosi, Sucursal da Serra
O incômodo causado pelas badaladas do sino da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), de Nova Petrópolis, fez a cidade ter seu primeiro morador intitulado como persona non grata. Por ter entrado com uma ação na Justiça por considerar abusivo o volume do sino e do relógio mecânico da Igreja, o técnico em manutenção Walter Cunha Freese pensa em deixar a cidade, mesmo tendo a seu favor o laudo da Patram que atesta que as badaladas estão acima dos limites.
As ações na Justiça começaram em fevereiro, mas foi na semana passada que a Câmara de Vereadores da cidade aprovou, por unanimidade, a moção de repúdio contra Freese.
– Eu percebi que a comunidade queria que o sino continuasse tocando, e a moção de repúdio é contemplada no regulamento. Não quer dizer que a pessoa tem que deixar a cidade, somente reforça a insatisfação da comunidade com a ação do morador – explica o vereador que propôs a moção, Jerônimo Stahl Pinto (PDT).
A decisão do vereador foi embasada em um abaixo-assinado com 6 mil assinaturas de moradores de Nova Petrópolis a favor do sino. Freese, que é natural de Cerro Largo e morava em Porto Alegre até o início do ano, também tentou colher assinaturas a seu favor.
– Conseguimos com que 47 pessoas assinassem, mas mais de 200 estão incomodadas com o sino. Só que elas têm medo de se manifestar porque a cidade não aceita quem vai contra ela – disse.
A presidente da comunidade da IECLB, Ijone Michaelsen, que defende a permanência do toque do sino e do relógio, não quis dar sua opinião quanto à moção aprovada pela câmara. Na próxima semana, a igreja deve se manifestar sobre o laudo apresentado pela Patram, que atesta que os decibéis estão mais altos do que o permitido pelas normas da ABNT.
A medição feita no apartamento de Freese, a uma quadra da igreja, apontou 65,9 decibéis durante o dia, quando o permitido são 50 decibéis, e de 52 à noite, sete a mais do que o aceitável. Se as ações do morador forem acatadas pela Justiça, a igreja pode ser obrigada a adequar os badalares aos limites sonoros, e ele pode ser indenizado em R$ 10,8 mil.
Hahaha!!! RIDÍCULO, VERGONHOSO e ABSURDO o comportamento dos vereadores, ao invés de criarem projetos importantes para o município, o que eles fazem durante as sessões? Formulam um manifesto de repúdio a um cidadão que apenas reivindicou um direito, protegido por lei. Realmente, os políticos deveriam fazer cursos preparatórios, conhecer as leis municipais, estaduais e federais, talvez não tivessem então cometido tamanha gafe! Onde fica a democracia, a liberdade de expressão, a liberdade de ir e vir garantida por lei a todo cidadão brasileiro? Ah, Nova Petrópolis não é uma cidade brasileira, é uma colônia alemã, onde cultura significa um monte de metal que emite sons horrendos e não traz benefício algum a ninguém (nomeie-se o SINO). E tem gente que pensa que o nazismo e a ditadura acabaram....hahaha, não em Nova Petrópolis!
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