Depois da decisão do Supremo Tribunal de Londres da semana passada decidindo que um casal cristão pode ser proibido de cuidar de órfãos devido à sua indisposição de apoiar o estilo de vida homossexual, alguns comentaristas estão apontando para o fato de que a decisão equivale a um veredicto sobre o que é e não é a autêntica doutrina cristã.
A decisão do tribunal concluiu que Eunice e Owen Johns não haviam sido vítimas de discriminação religiosa quando a municipalidade de Derby rejeitou sua inscrição de pais adotivos, com base na alegada incapacidade do casal cristão de "promover a diversidade". Apesar da declaração do casal numa conversa com uma assistente social de que as convicções deles com relação à homossexualidade "têm como base suas convicções e opiniões religiosas", tanto a Comissão de Pais Adotivos quanto o Supremo Tribunal tentaram separar a religião do casal de suas opiniões a favor do casamento tradicional a fim de evitar acusações de discriminação religiosa. De acordo com a decisão do tribunal, numa reunião da Comissão de Pais Adotivos de 2007 que estava considerando a inscrição do casal, a Comissão expressou preocupação de que sua decisão pareceria discriminatória contra o casal cristão com base religiosa.
A Comissão escreveu: "A secretaria precisa tomar cuidado para não parecer estar cometendo discriminação contra eles com base religiosa. A questão não foi provocada simplesmente por causa da religião deles, pois há pessoas homofóbicas que não são cristãs". Em sua análise da ação da municipalidade defendendo suas ações, o tribunal comentou: "o acusado [a municipalidade] diz que tem aprovado pais adotivos que são cristãos muito firmes que têm convicções ortodoxas... e pais adotivos muçulmanos devotos que semelhantemente são leais à sua religião, mas que em ambos os exemplos são capazes de valorizar a diversidade apesar de suas profundas convicções religiosas".
Recusando anular a decisão da municipalidade, o tribunal concordou que a decisão não era discriminação porque era baseada no fato de que o casal cristão desaprova a homossexualidade, não por causa do fato de que sua religião cristã desaprova a homossexualidade.
De acordo com a autoridade judicial mais elevada do Reino Unido, então essas duas coisas são evidentemente separáveis em princípio.
David Cameron, primeiro-ministro britânico, também deu sua sugestão com sua própria interpretação do Cristianismo, que apoia a diferença que o tribunal fez. De acordo com uma reportagem de terça-feira no jornal Derby Telegraph, quando lhe perguntaram se o Cristianismo é incompatível com a aceitação da homossexualidade, o sr. Cameron respondeu: "Penso que os cristãos têm de ser tolerantes, acolhedores e liberais".
Em resposta a esses dois acontecimentos, um popular blogueiro conservador do Reino Unido, que escreve sob o pseudônimo de "Arcebispo Cranmer", escreveu na terça-feira passada: "Ontem, o Supremo Tribunal varreu para o lixo 2.000 anos de ortodoxia e tradição cristã ao divorciar a ética sexual do Cristianismo... É uma manifesta falsidade os juízes do Supremo Tribunal afirmarem que as convicções morais que um cristão tem sobre sexo nada têm a ver com sua fé cristã".
"Cranmer" assemelhou a decisão a um veredicto de 2009 dado pelo Supremo Tribunal da Inglaterra contra uma escola de judeus ortodoxos. A escola havia proibido a entrada de um estudante potencial cuja mãe era uma mulher convertida ao judaísmo na base de que o estudante não era etnicamente semítico; daí, não era judeu.
A decisão do tribunal de que a escola poderia ser condenada por discriminação racial foi apoiada por seitas judaicas mais progressistas, que creem, diferente dos ortodoxos, que o judaísmo não tem conexões inerentes à identidade étnica.
Contudo, a decisão foi criticada por líderes judeus e especialistas legais como estabelecendo um perigoso precedente ao permitir que o tribunal dite para judeus ortodoxos o que é e o que não é parte integral da religião deles.
Agora, alguns estão questionando se a decisão da segunda-feira passada estabeleceu um precedente semelhante para o Cristianismo.
Numa análise do caso, Robert Pigott, correspondente de assuntos religiosos do noticiário BBC News, pareceu ecoar essa preocupação: "O tribunal fez diferença entre tipos de Cristianismo, dizendo que os cristãos em geral podem muito bem ser bons pais adotivos, enquanto pessoas com opiniões cristãs tradicionais como Eunice e Owen Johns não podem".
Tradução: Julio Severohttp://noticiasprofamilia.blogspot.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/uk-courts-pro-gay-foster-care-ruling-decides-what-christians-believe
A Comissão escreveu: "A secretaria precisa tomar cuidado para não parecer estar cometendo discriminação contra eles com base religiosa. A questão não foi provocada simplesmente por causa da religião deles, pois há pessoas homofóbicas que não são cristãs". Em sua análise da ação da municipalidade defendendo suas ações, o tribunal comentou: "o acusado [a municipalidade] diz que tem aprovado pais adotivos que são cristãos muito firmes que têm convicções ortodoxas... e pais adotivos muçulmanos devotos que semelhantemente são leais à sua religião, mas que em ambos os exemplos são capazes de valorizar a diversidade apesar de suas profundas convicções religiosas".
Recusando anular a decisão da municipalidade, o tribunal concordou que a decisão não era discriminação porque era baseada no fato de que o casal cristão desaprova a homossexualidade, não por causa do fato de que sua religião cristã desaprova a homossexualidade.
De acordo com a autoridade judicial mais elevada do Reino Unido, então essas duas coisas são evidentemente separáveis em princípio.
David Cameron, primeiro-ministro britânico, também deu sua sugestão com sua própria interpretação do Cristianismo, que apoia a diferença que o tribunal fez. De acordo com uma reportagem de terça-feira no jornal Derby Telegraph, quando lhe perguntaram se o Cristianismo é incompatível com a aceitação da homossexualidade, o sr. Cameron respondeu: "Penso que os cristãos têm de ser tolerantes, acolhedores e liberais".
Em resposta a esses dois acontecimentos, um popular blogueiro conservador do Reino Unido, que escreve sob o pseudônimo de "Arcebispo Cranmer", escreveu na terça-feira passada: "Ontem, o Supremo Tribunal varreu para o lixo 2.000 anos de ortodoxia e tradição cristã ao divorciar a ética sexual do Cristianismo... É uma manifesta falsidade os juízes do Supremo Tribunal afirmarem que as convicções morais que um cristão tem sobre sexo nada têm a ver com sua fé cristã".
"Cranmer" assemelhou a decisão a um veredicto de 2009 dado pelo Supremo Tribunal da Inglaterra contra uma escola de judeus ortodoxos. A escola havia proibido a entrada de um estudante potencial cuja mãe era uma mulher convertida ao judaísmo na base de que o estudante não era etnicamente semítico; daí, não era judeu.
A decisão do tribunal de que a escola poderia ser condenada por discriminação racial foi apoiada por seitas judaicas mais progressistas, que creem, diferente dos ortodoxos, que o judaísmo não tem conexões inerentes à identidade étnica.
Contudo, a decisão foi criticada por líderes judeus e especialistas legais como estabelecendo um perigoso precedente ao permitir que o tribunal dite para judeus ortodoxos o que é e o que não é parte integral da religião deles.
Agora, alguns estão questionando se a decisão da segunda-feira passada estabeleceu um precedente semelhante para o Cristianismo.
Numa análise do caso, Robert Pigott, correspondente de assuntos religiosos do noticiário BBC News, pareceu ecoar essa preocupação: "O tribunal fez diferença entre tipos de Cristianismo, dizendo que os cristãos em geral podem muito bem ser bons pais adotivos, enquanto pessoas com opiniões cristãs tradicionais como Eunice e Owen Johns não podem".
Tradução: Julio Severohttp://noticiasprofamilia.blogspot.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/uk-courts-pro-gay-foster-care-ruling-decides-what-christians-believe
Nenhum comentário:
Postar um comentário