Sejamos diretos: o programa "Mais Médicos", lançado
em 2013 por Dilma Rousseff, foi, na realidade, uma genial
criação da ditadura cubana.
Visto por todos como 'humanitário', o programa nada
mais era do que uma fachada utilizada pelo regime socialista para aumentar suas
receitas e, consequentemente, solidificar ainda mais seu poder. Em outras
palavras, uma ditadura criou um esquema por meio do qual aumentava seu poder e
sua riqueza ao mesmo tempo em que recebia aplausos mundiais.
Rotulada de "diplomacia dos doutores", eis como
o esquema realmente funcionava:
1)
O governo cubano enviava, temporariamente, profissionais médicos para o Brasil
com o declarado objetivo de atender os mais pobres das áreas afastadas do país.
2)
Em troca, o governo brasileiro pagava os salários destes médicos enviando o
dinheiro para a Organização
Pan-Americana de Saúde - OPAS (um braço da Organização Mundial da Saúde).
3)
Ato contínuo, a OPAS depositava o dinheiro diretamente
na conta-bancária do governo cubano.
4)
O governo cubano então retinha até 75%
deste valor e, só então, repassava os 25% restantes aos médicos cubanos.
5)
Mas a coisa pode ser ainda pior: destes
25%, o governo cubano retém mais 60%, o que deixa o médico cubano com
apenas 10% do valor originalmente depositado nas contas do governo cubano. Cuba
alega que este valor adicional confiscado (60% de 25%) está guardado em uma
conta bancária em Cuba. Só que, como não há qualquer controle sobre isso, é bem
provável que o regime embolse também esta fatia.
6)
Em números atualizados, sabe-se que, por meio deste arranjo, o governo brasileiro
já repassou nada menos do que R$
3,2 bilhões de reais diretamente à ditadura cubana.
7)
A cifra é superior aos R$ 2,5 bilhões que o BNDES
emprestou para obras do Porto de Mariel (R$ 2,4 bilhões), aeroporto de
Havana (R$ 525 milhões) e para construção de fábricas locais (56 milhões).
8)
O valor total desembolsado pelo governo brasileiro foi de R$
6 bilhões. Segundo relatório
do TCU, tal valor dava para formar 52.413 novos médicos brasileiros para serviço
permanente (quase cinco vezes o número de profissionais importados de Cuba para
atuação temporária). Ou então construir 14.068 Unidades Básicas de Saúde em municípios
menores (quase 3 UBS para cada cidade). Ou construir 1 UBS para cada município
e ainda usar o restante do dinheiro para formar cinco novos médicos para cada
uma dessas unidades.
9)
Ou seja, se a intenção do governo brasileiro fosse realmente melhorar a saúde,
o dispêndio total direcionado ao programa Mais Médicos traria muito mais
retorno (melhorias permanentes em vez de meramente paliativas) caso fosse
investido aqui mesmo.
Reféns
e escravos
Mão-de-obra estrangeira, que vem para trabalhar
livremente, é sempre bem-vinda, independentemente de sua nacionalidade. Por
outro lado, mão-de-obra estrangeira que é utilizada como fachada para sustentar
regimes ditatoriais e homicidas é algo ética e moralmente intolerável. Se 75%
do dinheiro utilizado para financiar essa mão-de-obra é desviado para sustentar
uma ditadura homicida, então o programa nada mais é do que uma fachada para
bancar a boa vida de tiranos.
Mas tudo piora.
Se essa mão-de-obra não tem nem sequer o direito de
escolher como quer trabalhar, e se sua família é mantida como refém no país de
origem, então o programa é escravagista e chantagista.
"Você é treinado em Cuba e nossa educação é
gratuita. A saúde é gratuita, mas a que preço? Você acaba pagando por ela pelo
restante de sua vida". Essas foram as palavras da doutora Yaili Jiménez
Gutierrez, uma das médicas enviadas por Cuba, um uma reportagem
do jornal The New York Times (que
não pode nem remotamente ser acusado de direitista ou reacionário).
Prossegue a doutora:
É quando você sai de Cuba pela primeira vez que você então descobre várias coisas que sempre foi proibido de ver. E aí chega um ponto em que você se cansa de ser um escravo.
Segundo a reportagem, os médicos cubanos, tão logo
chegaram ao Brasil, começaram a notar a disparidade salarial e de tratamento não
apenas em relação aos médicos brasileiros, mas também em relação aos outros médicos
estrangeiros que participavam do programa. Além de os salários dos médicos brasileiros
e estrangeiros no Brasil serem quatro vezes maiores que os seus, as liberdades
civis e econômicas deles eram inacreditáveis para os padrões cubanos.
"Começamos a ver como as condições dos outros médicos
eram totalmente diferentes", explicou a doutora Jiménez. "Eles podiam ficar com
suas famílias, trazer seus filhos, morar com eles. E os salários eram muito
maiores".
Não demorou muito, e vários cubanos começaram a se
rebelar. Até 2017, mais de 150 médicos cubanos já haviam entrado com processos
nos tribunais brasileiros exigindo igualdade de proteção e pedindo que possam
permanecer no Brasil como terceirizados independentes, podendo assim manter
todo o seu salário.
Além de terem mais de três quartos do seu salário confiscados,
os médicos cubanos não tinham a permissão de trazer seus familiares para o Brasil.
Estes eram estrategicamente mantidos reféns em Cuba para garantir que os médicos
enviados ao Brasil não iriam desertar e fugir do paraíso socialista.
Para aqueles cubanos que deixaram a família para trás
a fim de buscar melhores condições de vida, os custos foram altos; no entanto,
segundo eles próprios, tudo valeu a pena.
Não deixa de ser uma curiosa contradição: exatamente
aquele regime que se jacta de priorizar a "igualdade" fez com que seus médicos fugissem
do país por causa de uma arbitrária desigualdade de tratamento, chegando ao ponto de abandonarem suas famílias e terem de pedir ao
governo brasileiro para que, finalmente, alguma igualdade de tratamento lhes fosse concedida.
A ganância socialista
Após ser eleito, Jair Bolsonaro anunciou novas
condições para a manutenção do programa Mais Médicos. De um lado, os médicos cubanos
teriam de fazer
o Revalida; de outro, eles agora teriam de receber o pagamento integral por
seus serviços (nada mais de a ditadura cubana confiscar 75% dos proventos) e seus familiares seriam livres para vir ao Brasil caso os médicos assim
quisessem. Mais: também foi oferecido asilo àqueles que quisessem
permanecer no Brasil.
O governo cubano, como imaginado, prontamente rejeitou
os novos termos, alegando
que a "dignidade" e o "altruísmo" dos cubanos não podem ser questionados. E imediatamente mandou os médicos voltarem para Cuba.
Como disse
Rafael Ribeiro, o regime socialista gosta de parolar conceitos como "mais-valia"
e "exploração", mas é ele próprio quem esbulha seus trabalhadores,
explora sua mão-de-obra e aprisiona seus familiares. E quando seus programas "humanitários"
não mais trazem retorno financeiro para o regime, eles imediatamente cancelam
tudo e punem os "rebeldes".
No final, socialistas sempre se mostram mais gananciosos,
mais ávidos e mais exploradores do trabalho humano do que até mesmo o mais
inescrupuloso capitalista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário