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quarta-feira, 7 de novembro de 2018

O capital humano e o Socialismo Democratico

É a mesma cantilena de sempre:
"O que essa ala mais à esquerda do Partido Democrata propõe são medidas que regulem a economia americana de maneira democrática, fazendo, por exemplo, as grandes empresas agirem a favor dos interesses da população; eles também querem aumento real do salário mínimo e melhorar a igualdade social com o Estado oferecendo saúde e educação gratuitas."
O interessante é que essa turba é contra o capitalismo, mas o exigem para si mesmo.
Vamos lá, vamos pensar: só o capital gera capital e ponto final! (até rimou 😁)
Não adianta trocar as moscas nem os nomes das mesmas coisas! Será o Benedito? 😤
Sem que os indivíduos, de per si, assumam as próprias responsabilidades, sem que ajam como HOMENS COM DIGNIDADE PRÓPRIA, sem que não se pare de agir como "ratos" saciados pelos "gatos", continuar-se-á a "correr atrás do rabo", sem crescimento HUMANO e, consequentemente, sem crescimento SOCIAL algum.
O dinheiro, de fato, há séculos é o meio pelo qual são obtidos os bens da vida, necessários às satisfações das necessidades primárias e dos "desejos" do indivíduo. Não fazemos mais escambo. Ocorre que, para se conseguir dinheiro, é necessário que o indivíduo tenha algo para oferecer em troca que são: (i) ou a atividade intelectual PRÓPRIA, daí o ser poderá auferir royalties e/ou lucro (pelo investimento do próprio capital) e (ii) ou o PRÓPRIO trabalho, que poderá ser físico ou intelectual.
Tanto para uma quanto para outra dessas duas hipóteses, é premente que o indivíduo SE CAPACITE INTELECTUALMENTE da forma mais ampla e plena possível. Equivale dizer: é preciso que o indivíduo invista em si mesmo.
Ocorre que, esse investimento "abstrato" demanda a existência de uma interrelação em cuja outra ponta, esteja alguém que detenha maior conhecimento, sério, sólido e DESINTERESSADO IDEOLOGICAMENTE, a fim de o "investidor" poder, com esse último, APRENDER A PESCAR SOZINHO e é exatamente isso que não temos há muito tempo.
Há muito tempo não se tem investidor realmente interessado e se tem muito poucos "mestres" cultos o suficiente para repassar o conhecimento (o que nos leva à escassez intelectualmente produtiva), circunstâncias essas geradoras de todo esse restolho inútil que vimos vivendo em âmbito global.
Nos idos da década de 1970, as escolas públicas eram a escol no ensino; cresceram as escolas particulares que pouco a pouco foram selecionando seus professores porque melhor podiam remunerá-los em face da regra natural da economia: oferta X procura. Muitos pais cujos filhos não eram aprovados nas provas para ingresso nas escolas públicas, buscavam as escolas particulares. Logo: uma maior procura gerava o estabelecimento de um valor razoável a ser pago por quem ofertava o ensino particular.
Hoje em dia, como em tudo que é relevante na e para a vida, também as escolas particulares passaram a centrar seus interesses no quanto podem lucrar e não na qualidade do que podem ensinar, o que é um evidente e visível desastre total.
Hoje em dia, os indivíduos, obnubilados que se tornaram, se limitam a entender "lucro" como "sobra de dinheiro", como se ainda estivéssemos no século XIX, desconsiderando a crassa diferença entre a fórmula de antigamente com a atual: custos + lucro = preço (antigamente), o que é muito diferente da fórmula econômica atual: lucro = preço - custos (hoje em dia). Vejam onde o lucro se posicionava antes e onde se posiciona hoje na operação aritmética!
Ora, considerando-se que as pessoas tem menos capital a cada dia, por certo que o que se pode pagar por determinado produto é o que mais pesa na "lucratividade" e que, ainda assim mesmo precisa ser reinvestida para que se consiga um lugar, minimamente viável, no mercado concorrencial.
Portanto, a sociedade como um todo precisa, pelos pagamentos dos tributos, arcar com os custos de uma educação séria, sólida, eficiente e APARTIDÁRIA de sorte que cada indivíduo possa investir em si mesmo e, a partir daí, construir, a partir do seu próprio esforço laboral, o patrimônio necessário as satisfações das suas necessidades básicas e desejos outros.
O resto é migalha que por certo é bem vista porque quem a recebe exatamente porque não consegue ver o quão escravos são.
Para agravar a crise do e no ensino brasileiro, as escolas particulares, até elas, são obrigadas a implantar a política pedagógica alienadora, imposta pelo Estado Federal, o que lhe retira o apartidarismo que lhe é essencial, vez que ENSINAR a pensar a partir do conhecimento não tem qualquer ligação como amestrar massa de manobra.
Se for estabelecida uma política tributária séria, cuja receita seja aplicada na educação DE e PARA TODOS, sem mimimis de cotas disso ou daquilo, se os nacionais não sonegarem os tributos, se os corruptos, assaltantes intitucionais dos cofres públicos, forem hauridos com pena de morte, em médio longo prazo as sociedades poderão deixar de ser "fantasias democráticas" e cada nacional poderá ser digno dentro da capacidade de cada um.

Por Regilene Santos Nascimento Adami

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