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domingo, 28 de junho de 2020

Was ist deutsch zu sein ?


Se você tivesse a oportunidade de descrever uma pessoa com ascendência alemã, como faria? Quais são os atributos culturais e comportamentais do povo alemão? Existem parâmetros para classificar um povo ou as pessoas são mera resultante do Zeitgeist (espirito do tempo)? Será que em um mundo globalizado ainda existe espaço para indivíduos que insistem em dar continuidade ao elo ancestral?
Para essas e outras perguntas seriam necessárias discussões mais extensas, porém todas elas possuem uma temática indenitária em comum: O Ser alemão.

Hoje, devido aos frutos da globalização, o termo “alemão” é destinado às pessoas que têm a nacionalidade alemã, independentemente da origem étnica, cultural ou religiosa. Até o século XIX, o critério para tal classificação era o idioma e posição geográfica. Em 1871, com a fundação de um Estado alemão, o conceito de Ser alemão ficou destinado aos habitantes do território do novo país ou àqueles que lá têm origens. E a cada mergulho na história, ocorre um afunilamento classificatório até chegar ao critério étnico, o que implica no aparecimento do caráter, natureza e cultura alemã. Portanto Ser alemão não é somente uma característica territorial ou linguística, pois o vínculo está no povo e não exclusivamente na terra.
Ser alemão é mais do que possuir características físicas da etnia, afinal esta pode variar mediante as possibilidades da raça branca, logo o verdadeiro alemão é reconhecido pelos atributos da alma e do espirito.
Ser alemão não recorre somente à cor da pele ou a nacionalidade, e sim à própria cultura, herança, caráter, conduta e percepção em relação à vida.
Ser alemão consiste em se comportar, pensar e viver como um alemão, ou seja, estando em acordo com as próprias tradições, herança e modo de vida.Ser alemão é apreciar o nobre, o belo e o civilizado, sendo devoto dos valores de honra, lealdade, fidelidade e de dever para com o povo.
Ser alemão é demonstrar justiça, racionalidade, tolerância e busca pela verdade, vivendo tais preceitos em sua essência.
Ser alemão é ter orgulho de si e de sua própria raça, orgulho de sua cultura, de suas tradições, de sua natureza e de seu modo de vida, estabelecendo pilares que conseguem suportar até mesmo as tormentas geradas pelo multiculturalismo.
Ser alemão é ter a capacidade de adaptação e vínculo com a terra, manifestando nela todas as funções que compõe o seu espírito criativo.
Ser alemão é possuir fascínio pelo conhecimento, capacidade de raciocínio, de ordem e aprimoramento.
Existem outros atributos que compõe a natureza do Ser, entretanto uma coisa é certa: não adianta as pessoas optarem por usar traje típico, morar em casas em estilo Enxaimel, torcer pelo Bayern, tomar cerveja e apreciar as curvas do fusca. A plenitude do Ser deriva mais de uma questão ética comportamental, vinculada ao espirito e a raça, do que a soma de componentes da cultura popular. A essência da Germanidade está na alma do povo e não nos atributos físicos associados a este.
O pleno desserviço em relação ao povo está em acreditar que a Germanidade pode existir em sua parcialidade, sendo projetada na matéria e vivenciada em forma de fantasia, como nos períodos de Oktoberfest, Copa do Mundo ou quando convém. Aqueles que fantasiam não possuem respeito próprio e descartam como lixo todo o esforço de seus semelhantes e toda a memória de sua raiz ancestral. Eles também não asseguraram a continuidade da verdadeira tradição e cultura, desconstruindo os valores e leis que caracterizam o povo.
Sem sombra de dúvidas, a maioria das pessoas que possuem ascendência alemã não vivem em acordo com sua essência, e geração após geração a identidade alemã vai enfraquecendo. Da mesma forma é notório o trabalho de descaracterização gerenciado pelas Escolas, Mídia e sociedade, pois além de não ensinarem e transmitirem os valores e a história alemã de uma forma positiva, ainda forçam a internalização de outras culturas e comportamentos que estão em desacordo com o ser.
Perceber que o cenário não está favorável é fácil, porém o que nos resta? Se de alguma forma essa rápida reflexão mexeu com os seus sentimentos, pensamentos ou auxiliou em uma espécie de “despertar”, saiba que cada palavra foi pensada e colocada em função de você caro leitor. Se dentro de você ainda repousa o brilho de Ser alemão, onde o étnico e o cultural caminham de mãos dadas, então entenda que você não está sozinho e que apesar da distância e falta de comunicação, somos como lascas pertencentes ao mesmo carvalho. O sonho do verdadeiro alemão está em fortalecer o seu próprio povo e acredito que você também tenha ideias para isso, porém cabe a cada um de nós iniciarmos pela parte mais difícil: a autorreflexão!
Encerro com um trecho de D. Venner, para inspirar e fortificar aquilo que nos une: "Os homens só existem pelo que os distingue: clã, linhagem, história, cultura, tradição. Não há uma resposta universal às questões da existência e do comportamento. Cada povo dá as suas respostas, sem as quais os indivíduos, homens ou mulheres, privados de identidade e de modelos, são precipitados numa perturbação sem fundo. Como as plantas, os homens não podem prescindir de raízes. Mas as suas raízes não são apenas as da hereditariedade, às quais se pode ser infiel; são também as do espírito, isto é, da tradição que cabe a cada qual reencontrar."


Texto: William Ernst Ott

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