Num domingo quase de inverno e sem ter o que fazer, ler a ata de uma sessão legislativa pode aquecer o clima e até informar, para o tempo ser bem aproveitado.
Na ata da sessão do sai 14 de abril me chamou a atenção as declarações da vereadora Simone Michaelsen em seu pronunciamento na tribuna que comento de forma intercalada.
Verª. Simone Elisa Michaelsen
Disse que se sente na obrigação de responder a pergunta feita pelo Ver. Pascoal na semana passada sobre o hospital, uma vez que faz parte da OASE. Disse que nos últimos anos o hospital teve que pagar por sete processos trabalhistas.
Afirmou que todas estas sete pessoas foram admitidas à época da Senhora Iria Kich, ou seja, administração passada.
O que realmente é verídico, é que sete processos não são apenas de ex funcionários demitidos por essa administração, mas temos seis de ex funcionários e um do sindicato dos enfermeiros do RS. Sendo que apenas uma ex funcionaria foi admitida antes da gestão comentada pela vereadora e já estava atuando na entidade há 17 anos. As demais ex funcionarias, realmente foram admitidas pela gestão anterior, mas que desempenharam um excelente trabalho e que não foram, quem sabe, bem aproveitados na gestão da Prof.ª Mariana Michaelsen. Talvez a vereadora não tenha lembrado para comentar sobre dois processos civis que o hospital é co-autor e ainda tramita.
A ilustre vereadora fala em gestão anterior, mas a atual se encontra em segundo mandato, ou seja, a anterior também são os mesmos. Uma visão um tanto petista que não esquece a gestão anterior para justificar problemas atuais.
Disse que quatro destes processos o Ver. Jerônimo deve conhecer muito bem, pois o pai dele e companhia que são responsáveis pelos processos.
É sabido que numa cidade onde existam advogados atuando alguém há de aceitar os casos e o que impede legalmente que os profissionais A, B ou C o façam? Amizade? Por conhecer pessoas ou entidade?
Citou que fica indignada que a administração de agora tenha que pagar pelos erros do passado.
Os tais erros do passado tanto comentados pela vereadora e pouco explicitados poderiam ser esclarecidos através de uma auditoria e se realmente existe irregularidades da gestão mencionada, que fosse responsabilizado, mas exclamar e pouco expor não é a maneira mais coerente de esclarecer e solucionar a situação da entidade, despejando em terceiros o ressentimento que sem esclarecimento legal, se torna uma calúnia.
Afirmou que, hoje, o hospital não tem um centavo de dívida, mas começará a ter.
Diante do alarde feito no final de 2010, inicio de 2011 fica difícil crer que não haja divida e é mais um ponto que a auditoria esclareceria com transparência e credibilidade.
Disse que há poucos dias um morador doou uma motocicleta para o hospital, as pessoas se esforçam, a TAKI fez uma doação enorme, porém sempre tem aquelas pessoas que não querem ajudar e sim, prejudicar. Afirmou que tem pessoas, aposentadas, que estão só esperando alguém sair do hospital, pegar pelo braço e aconselhar a ida a um advogado para dar “cano” no hospital.
A vereadora sempre arremete a terceiros que querem prejudicar o hospital sem citar nomes e deixando no ar um clima de teoria de conspiração contra a entidade, alarmando a opinião publica e mais confundindo que esclarecendo a situação.
Disse ainda que quando as pessoas se formam numa universidade promete ética e moral, e aí existem advogados e advogados.
Que eu saiba todo formando faz juramento de ética, honestidade e moralidade em sua área de trabalho, ou seja, não é necessário citar apenas os bacharéis de direito e muito menos os formados, pois ética e moral até para quem não é formado existe, aquela recebida no seio da família que carregamos por toda a vida.
A vereadora se recorda deste juramento
PROMETO CUMPRIR COM LEALDADE A TAREFA DA QUAL ESTOU INCUMBIDO COMO FILÓSOFO, ROMPENDO O RECINTO ENCANTADO DA CONSCIÊNCIA, VALORIZANDO O ESPÍRITO REFLEXIVO, CRIATIVO E SISTEMÁTICO SOBRE O SERENO DESTINO DO HOMEM E DO MUNDO.
PROMETO RESPEITAR AS REGRAS DO BOM COSTUME COM DISCIPLINA E HONRADEZ, AOS MESTRES QUE ME INSTRUIRAM NAS VERDADES E NA CIÊNCIA FILOSÓFICA. .
PROMETO EXERCER MINHA PROFISSÃO FIEL À LUZ DO PRECEITO ÉTICO E MORAL. DAR DE MIM O MELHOR; A INTELIGÊNCIA, A HONRA E A FÉ PARA ELEVAR A CRIATURA HUMANA. CONSTRUIR A GRANDEZA DO BRASIL E BUSCAR A UNIÃO DOS HOMENS E DOS POVOS VOLTADO SEMPRE PARA OS IDEAIS MAIORES DE JUSTIÇA E PAZ, QUE SE FAZ DE RESPEITO E RETIDÃO AO PRÓXIMO.
ASSIM PROMETO!”“
Tem advogados que movem processos contra entidades, prejudicando-as. E estes mesmos advogados vão para casa, vestem os terninhos e gravatas e acompanham a Entidade a Porto Alegre para “ajudar”.
Não podemos esquecer que em nosso município vereador não é função exclusiva, ora é profissional do direito ou outra profissão, ora é legislador, mas uma função não pode interferir a outra. O dia que vereador exigir tempo integral a vereadora não fará mais essa reclamação.
Disse que jamais vai entender a “ética”.
Como filosofa, deveria saber pelo menos a teoria e entende-la muito melhor que qualquer outra pessoa, afinal a filosofia embasa para entendermos a ética em diversos campos do conhecimento sem empirismos.
Falou que a Secretaria da Saúde hoje está nas mãos do PDT e perguntou se eles foram a Porto Alegre para ajudar ou prejudicar o hospital. Reclamou de um projeto protocolado em janeiro na Secretaria da Saúde, que repassaria R$ 400.000,00 da consulta popular para as obras do hospital e que agora disseram que simplesmente o projeto sumiu.
Foram solicitados recursos para a continuidade da construção do centro cirúrgico e a liberação dos recursos da Consulta Popular 2010/2011, que também está destinada para construção. Fonte: Blog HNP
Ou seja, solicitar não é certeza de recebimento ou cumprimento de algo, sem esquecer que a Prof.ª Mariana Michaelsen estava presente com o bacharel filiado ao PDT local e que poderia esclarecer para a vereadora esta afirmação quanto ao repasse da secretaria estadual.
O próprio assessor do dep. Pepe Vargas presente a reunião com o secretario estadual poderia dar tal informação ou buscar auxilio sobre o assunto.
Citou das dificuldades enfrentadas pelo hospital e disse que o pior disso tudo é que a única solução está no repasse de verba do Município ao hospital.
O repasse mencionado pela vereadora é do convenio ou do SUS?
Se for SUS, está fazendo a sua parte e bem feita. Se é o convenio com a prefeitura, aumentar este repasse não se tornaria um superfaturamento para a entidade, já que é uma compra de serviços?
Onde entra a OASE como mantenedora do hospital? Não participa com nada?
Mantenedora: s.m. Aquele que mantém: mantenedor da ordem. / O que mantém, sustenta ou defende alguém. / Fonte: Dicionário Aurélio
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