Uma mensagem enviada para a lista de emails dos professores da UnB ao longo de um debate sobre legalização de drogas. Vejam que interessante o que diz o Prof Adson, da UnB-Gama.
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Prezados,
Concordo que o debate sobre as drogas é atual e importante. Mas acredito que a discussão sobre as festas na UnB é um assunto diferente, embora relacionado. E, embora a questão das drogas deva ser discutido, fico preocupado de deixarmos a discussão mais urgente (as festas na UnB) de lado, e desviarmos para discussões irrelevantes (se as festas devem ter ou não nomes com palavrões) ou importantes, mas fora do tema (se as drogas devem ser ou não legalizadas).
Há tantas coisas erradas nessa questão das festas, que nem sei por onde começar. De qualquer forma, embora saiba que é inútil falar, aponto, novamente algumas:
1) Por mais que ninguém responda a essas queixas, as aulas estão sendo atrapalhadas: não adianta dizer que não - isso é um fato! E muitos professores reclamam sistematicamente.
2) Essas grandes festas atraem um grande número de elementos estranhos à UnB, que, aos poucos, colocam cada vez mais em risco a comunidade: as oportunidades óbvias de atividades econômicas atraem cada vez maisas atividades ilícitas, como drogas, entre outras. Esse movimento tende, cada vez mais a degradar o ambiente no Campus.
3) As festas usam patrimônio e verbas públicas: espaço, energia, água, serviços de limpeza, "segurança". E quem paga tudo é o contribuinte - o grande otário na história. Porque é que os estudantes não alugam umacasa de festas fora do Campus, e pagam a segurança necessária e tudo mais? Simples: é mais fácil e mais barato fazer aqui, já que não há regras impedindo.
4) Nossos trabalhados em segurança não são treinados, nem pagos para fazer segurança de festas, e essa atividade não está na descrição do trabalho deles. Acredito que o fato de terem que lidar com a segurança de grandes festas fere seus direitos trabalhistas. Acho que o mesmo vale para os trabalhadores de limpeza.
5) As festas são atividade econômica de grande porte, e estão ocorrendo fora de toda legislação. Como se dá a arrecadação de impostos dessa atividade? É justo que a Universidade concorra , com grande vantagem (sem impostos, uso da estrutura insumos públicos etc) com as casas do ramo, que cumprem as leis e pagam impostos? Além disso, é de interesse público que a UnB se notabilize como a maior “boate” de Brasília?
6) Onde fica a responsabilidade civil de se fazer grandes eventos sem a contratação de segurança especializada? Onde está a vigilância sanitária? Em resumo: quem se responsabiliza por esses “detalhes” ?
7) Não vou nem falar sobre os danos à academia e a degradação do patrimônio público. Acho que isso já tem sido bastante discutido.
Saudações
Adson
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Prezados,
Concordo que o debate sobre as drogas é atual e importante. Mas acredito que a discussão sobre as festas na UnB é um assunto diferente, embora relacionado. E, embora a questão das drogas deva ser discutido, fico preocupado de deixarmos a discussão mais urgente (as festas na UnB) de lado, e desviarmos para discussões irrelevantes (se as festas devem ter ou não nomes com palavrões) ou importantes, mas fora do tema (se as drogas devem ser ou não legalizadas).
Há tantas coisas erradas nessa questão das festas, que nem sei por onde começar. De qualquer forma, embora saiba que é inútil falar, aponto, novamente algumas:
1) Por mais que ninguém responda a essas queixas, as aulas estão sendo atrapalhadas: não adianta dizer que não - isso é um fato! E muitos professores reclamam sistematicamente.
2) Essas grandes festas atraem um grande número de elementos estranhos à UnB, que, aos poucos, colocam cada vez mais em risco a comunidade: as oportunidades óbvias de atividades econômicas atraem cada vez maisas atividades ilícitas, como drogas, entre outras. Esse movimento tende, cada vez mais a degradar o ambiente no Campus.
3) As festas usam patrimônio e verbas públicas: espaço, energia, água, serviços de limpeza, "segurança". E quem paga tudo é o contribuinte - o grande otário na história. Porque é que os estudantes não alugam umacasa de festas fora do Campus, e pagam a segurança necessária e tudo mais? Simples: é mais fácil e mais barato fazer aqui, já que não há regras impedindo.
4) Nossos trabalhados em segurança não são treinados, nem pagos para fazer segurança de festas, e essa atividade não está na descrição do trabalho deles. Acredito que o fato de terem que lidar com a segurança de grandes festas fere seus direitos trabalhistas. Acho que o mesmo vale para os trabalhadores de limpeza.
5) As festas são atividade econômica de grande porte, e estão ocorrendo fora de toda legislação. Como se dá a arrecadação de impostos dessa atividade? É justo que a Universidade concorra , com grande vantagem (sem impostos, uso da estrutura insumos públicos etc) com as casas do ramo, que cumprem as leis e pagam impostos? Além disso, é de interesse público que a UnB se notabilize como a maior “boate” de Brasília?
6) Onde fica a responsabilidade civil de se fazer grandes eventos sem a contratação de segurança especializada? Onde está a vigilância sanitária? Em resumo: quem se responsabiliza por esses “detalhes” ?
7) Não vou nem falar sobre os danos à academia e a degradação do patrimônio público. Acho que isso já tem sido bastante discutido.
Saudações
Adson
Nota do MHL:
A reitoria da UnB poderia combinar com ministro Haddad (o babaca do MEC) e criar aqui a BadernoBrás ! Seria um sucesso imediato. Entrada grátis para membros do MST e do PT !
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