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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Tem coisas que só acontecem em Nova Petrópolis, mesmo!

Nas ultimas semanas nossa cidade veio observando fatos fora da rotina pacata que para os mais atentos é motivo de alerta em vários setores.
A violência em todos os seus segmentos vem encontrando na cidade um vasto campo de atuação: drogas, estupro, assaltos.
Sabemos que os órgãos de segurança por “n” razões não é mais eficiente não por má vontade, mas o que se nota é o avanço da criminalidade e em mais um novo governo estadual petista, não enxergamos boas perspectivas de melhora para a segurança pública, para variar, apenas promessas de campanha.
Recentemente tivemos assalto, um ataque de estuprador no centro da cidade (o horário da ocorrência não justifica a falta de segurança) onde teoricamente isso não deveria ocorrer, pois estupros sempre são cometidos em locais desertos, e deixou claro o abandono do centro da cidade.
As drogas, essas nem se fala, é um câncer generalizado no país e aqui não é diferente, temos Caxias muito próximo para abastecer a cidade e pouco se ouve falar de apreensões ou investigações sobre o assunto.
Temos também a violência no transito que provocou varias vitimas no município e que também é um assunto que não depende apenas do poder publico, por ser outro problema generalizado no país.
Mas o que me chamou atenção através dos órgãos de imprensa local foram dois acontecimentos: um incêndio e o inicio da corrida a eleição 2012.
O incêndio ocorrido em nossa biblioteca publica e que também sediava a câmara de vereadores e o arquivo? Histórico, consternou boa parte da população pelo tamanho das perdas do sinistro.
Pois bem, se lança uma campanha de doação de livros que posteriormente passou a incorporar doação financeira para restauro do prédio.
Primeiramente, vou deixar um questionamento: É correto um prédio publico de grande serventia e com valor histórico não ter cobertura de seguro?
Acredito que os cidadãos jamais iriam imaginar que algum patrimônio público estaria descoberto de seguro. É correta a forma que a prefeitura vem cuidando do patrimônio publico?
Afinal, seria mais correto segurar o patrimônio publico ou adquirir um veículo oficial novo? O que seria mais caro e necessário para os cofres públicos?
Mas o que mais me deixou pasmo, e que não atingiu apenas a minha pessoa, mas de outros cidadãos ao lerem a edição do Jornal Nossa Terra é a seguinte afirmação:
“... E livros velhos, enciclopédias antigas, livros didáticos, revistas, jornais e demais materiais serão vendidos para reciclagem, para que, posteriormente, com esse valor, possamos adquirir livros novos.”
Enquanto cidadãos até de outros municípios se dispõem a doar, os responsáveis da biblioteca têm uma visão errônea do que sejam livros, revista, jornais antigos a ponto de considerarem papel reciclável.
Uma biblioteca de verdade além das estantes de uso normal, tem o seu acervo especial com edições antigas, assim como muitas bibliotecas tem, com livros até do século XIX tratados como raridades e disponível a pesquisa, jornais e revistas encadernados tudo disponível e jamais visto como papel reciclável.
Acredito que tenha sido um equivoco esta afirmação ou é um desconhecimento total sobre a importância de qualquer material impresso para uma biblioteca.
Falar em cidade culta, leitora, exemplo de preservação cultural e trazer uma afirmação dessas a público, é muito desastroso. Mostra desconhecimento e irresponsabilidade dos responsáveis da área cultural de nossa prefeitura.
Assim como há muito tempo se observa o desprezo sobre o arquivo histórico que se resume numa sala trancada e pouco divulgada e utilizada pelos cidadãos, e que na verdade deveria ser o exemplo do referencial de identidade cultural e histórico do nosso município, assim como em tantas outras cidades da região, os arquivos são referencias para estudos, e tratado com a devida importância para a manutenção da identidade cultural da cidade.
Pois bem, criaram-se muitos cargos na prefeitura nessa atual gestão, mas apesar da prefeitura afirmar sobre a importância dos elementos culturais de nossa cidade, estes que certamente vem antes de festivais, mascote do turismo local entre outras coisas, ainda não receberam a devida atenção e desenvolvimento de um trabalho profissional, tanto na biblioteca, que não se resume em cadastrar títulos e encher prateleiras, nem o arquivo histórico que certamente podemos afirmar estar esquecido de sua existência e importância para a cidade.
Cultura nos últimos tempos se resume em festival do folclore, bandinhas e outros elementos que possam trazer comercio para o município. Pelos valores que ainda temos o que vem sendo feito é pouco e está deixando se perder para as futuras gerações a verdadeira cultura local, em minha opinião por falta de conhecimento específico sobre o assunto.
O município pode ser pequeno, mas acredito que temos pessoas capacitadas nessa área que poderiam proporcionar um trabalho mais sério e com melhores resultados sobre os nossos valores culturais e investir melhor as verbas para a preservação e manutenção de nossos valores e patrimônios históricos e culturais, seguindo exemplo de outros municípios de nossa região.
Por fim, a corrida as eleições 2012. Com todas essas informações e questionamentos relatados acima será que a oposição lembrou-se de algum deles ou só lembrará meses antes da eleição como promessa de campanha? Não questiono a situação, pois está à frente, então deixo apenas a minha critica, deveras construtiva.
A lista de candidatos está grande, mas analisando friamente ainda se mostra com poucas opções de qualidade políticas e administrativas. Mas obvio que espero que melhore não só os candidatos, mas todas as demandas defasadas da gestão atual.





Um comentário:

  1. Concordo plenamente quando fala desse povo culto que temos, onde livros servem na maioria de enfeite nas prateleiras. O descaso maior está justamente nessa cultura defasada aplicada pelos gestores públicos, que não valorizam os patrimônios culturais e naturais a serem aproveitados e estudados em prol da cultura e turismo local. Aliás, Turismo esse abandonado, estilo faroeste, perto do que vemos tão próximo e não absorvemos nada além de uma visita a praça e ao parque. E quando resolverem investir na rota por Taquara e abandonarem essa? como a economia da cidade irá ficar?

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