Nas ultimas semanas nossa cidade veio observando fatos fora da rotina pacata que para os mais atentos é motivo de alerta em vários setores.
A violência em todos os seus segmentos vem encontrando na cidade um vasto campo de atuação: drogas, estupro, assaltos.
Sabemos que os órgãos de segurança por “n” razões não é mais eficiente não por má vontade, mas o que se nota é o avanço da criminalidade e em mais um novo governo estadual petista, não enxergamos boas perspectivas de melhora para a segurança pública, para variar, apenas promessas de campanha.
Recentemente tivemos assalto, um ataque de estuprador no centro da cidade (o horário da ocorrência não justifica a falta de segurança) onde teoricamente isso não deveria ocorrer, pois estupros sempre são cometidos em locais desertos, e deixou claro o abandono do centro da cidade.
As drogas, essas nem se fala, é um câncer generalizado no país e aqui não é diferente, temos Caxias muito próximo para abastecer a cidade e pouco se ouve falar de apreensões ou investigações sobre o assunto.
Temos também a violência no transito que provocou varias vitimas no município e que também é um assunto que não depende apenas do poder publico, por ser outro problema generalizado no país.
Mas o que me chamou atenção através dos órgãos de imprensa local foram dois acontecimentos: um incêndio e o inicio da corrida a eleição 2012.
O incêndio ocorrido em nossa biblioteca publica e que também sediava a câmara de vereadores e o arquivo? Histórico, consternou boa parte da população pelo tamanho das perdas do sinistro.
Pois bem, se lança uma campanha de doação de livros que posteriormente passou a incorporar doação financeira para restauro do prédio.
Primeiramente, vou deixar um questionamento: É correto um prédio publico de grande serventia e com valor histórico não ter cobertura de seguro?
Acredito que os cidadãos jamais iriam imaginar que algum patrimônio público estaria descoberto de seguro. É correta a forma que a prefeitura vem cuidando do patrimônio publico?
Afinal, seria mais correto segurar o patrimônio publico ou adquirir um veículo oficial novo? O que seria mais caro e necessário para os cofres públicos?
Mas o que mais me deixou pasmo, e que não atingiu apenas a minha pessoa, mas de outros cidadãos ao lerem a edição do Jornal Nossa Terra é a seguinte afirmação:
“... E livros velhos, enciclopédias antigas, livros didáticos, revistas, jornais e demais materiais serão vendidos para reciclagem, para que, posteriormente, com esse valor, possamos adquirir livros novos.”
Enquanto cidadãos até de outros municípios se dispõem a doar, os responsáveis da biblioteca têm uma visão errônea do que sejam livros, revista, jornais antigos a ponto de considerarem papel reciclável.
Uma biblioteca de verdade além das estantes de uso normal, tem o seu acervo especial com edições antigas, assim como muitas bibliotecas tem, com livros até do século XIX tratados como raridades e disponível a pesquisa, jornais e revistas encadernados tudo disponível e jamais visto como papel reciclável.
Acredito que tenha sido um equivoco esta afirmação ou é um desconhecimento total sobre a importância de qualquer material impresso para uma biblioteca.
Falar em cidade culta, leitora, exemplo de preservação cultural e trazer uma afirmação dessas a público, é muito desastroso. Mostra desconhecimento e irresponsabilidade dos responsáveis da área cultural de nossa prefeitura.
Assim como há muito tempo se observa o desprezo sobre o arquivo histórico que se resume numa sala trancada e pouco divulgada e utilizada pelos cidadãos, e que na verdade deveria ser o exemplo do referencial de identidade cultural e histórico do nosso município, assim como em tantas outras cidades da região, os arquivos são referencias para estudos, e tratado com a devida importância para a manutenção da identidade cultural da cidade.
Pois bem, criaram-se muitos cargos na prefeitura nessa atual gestão, mas apesar da prefeitura afirmar sobre a importância dos elementos culturais de nossa cidade, estes que certamente vem antes de festivais, mascote do turismo local entre outras coisas, ainda não receberam a devida atenção e desenvolvimento de um trabalho profissional, tanto na biblioteca, que não se resume em cadastrar títulos e encher prateleiras, nem o arquivo histórico que certamente podemos afirmar estar esquecido de sua existência e importância para a cidade.
Cultura nos últimos tempos se resume em festival do folclore, bandinhas e outros elementos que possam trazer comercio para o município. Pelos valores que ainda temos o que vem sendo feito é pouco e está deixando se perder para as futuras gerações a verdadeira cultura local, em minha opinião por falta de conhecimento específico sobre o assunto.
O município pode ser pequeno, mas acredito que temos pessoas capacitadas nessa área que poderiam proporcionar um trabalho mais sério e com melhores resultados sobre os nossos valores culturais e investir melhor as verbas para a preservação e manutenção de nossos valores e patrimônios históricos e culturais, seguindo exemplo de outros municípios de nossa região.
Por fim, a corrida as eleições 2012. Com todas essas informações e questionamentos relatados acima será que a oposição lembrou-se de algum deles ou só lembrará meses antes da eleição como promessa de campanha? Não questiono a situação, pois está à frente, então deixo apenas a minha critica, deveras construtiva.
A lista de candidatos está grande, mas analisando friamente ainda se mostra com poucas opções de qualidade políticas e administrativas. Mas obvio que espero que melhore não só os candidatos, mas todas as demandas defasadas da gestão atual.
Concordo plenamente quando fala desse povo culto que temos, onde livros servem na maioria de enfeite nas prateleiras. O descaso maior está justamente nessa cultura defasada aplicada pelos gestores públicos, que não valorizam os patrimônios culturais e naturais a serem aproveitados e estudados em prol da cultura e turismo local. Aliás, Turismo esse abandonado, estilo faroeste, perto do que vemos tão próximo e não absorvemos nada além de uma visita a praça e ao parque. E quando resolverem investir na rota por Taquara e abandonarem essa? como a economia da cidade irá ficar?
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