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sexta-feira, 3 de abril de 2020

Discurso de Adolf Hitler de 23 de março de 1933

Durante anos a Alemanha tem esperado em vão o cumprimento das promessas de desarmamento que lhe foram feitas pelos outros. É desejo sincero do governo nacional poder abster-se de aumentar o nosso exército e as nossas armas, desde que o resto do mundo também esteja pronto para cumprir agora as suas obrigações em matéria de desarmamento radical. Porque a Alemanha não deseja outra coisa além de um direito igual para viver e igual liberdade.
Preliminares
A 30 de janeiro de 1933, o partido NSDAP torna-se a base principal do novo governo da Alemanha. No artigo 30 de janeiro de 1933, nossos leitores poderão conhecer alguns pontos interessantes deste momento histórico.
Mas para que tenhamos ainda uma melhor ideia da dinâmica política que antecedeu o discurso de 23 de março, que concedeu a Hitler amplos poderes para poder executar as reformas necessárias e, com isso, tirar a Alemanha do limbo imposto por Versailles, vale citar os seguintes fatos:
22 de fevereiro – Em Genebra, a delegação alemã abandona a conferência quando o Sr. Henderson, Presidente da Conferência de Desarmamento, recusa-se a aceitar a emenda alemã ao projeto francês a estandardização.
27 de fevereiro – Incêndio no Reichstag.
2 de março – Rompe a guerra entre o Japão e a Manchúria.
5 de março – Nas eleições para o Reichstag, os nacional-socialistas e seus aliados conservadores ganham 330 cadeiras totalizando 647.
13 de março – Goebbels torna-se ministro da propaganda. Um pacto europeu de assistência mútua é discutido em Genebra. Quatorze Estados aprovam-no, entre os quais a França e Polônia; cinco são contrários, entre os quais a Alemanha e a Itália; outros abstêm-se de votar, entre os quais a Inglaterra e Rússia.
21 de março – Reunião anglo-italiana e anglo-francesa em Genebra discutindo-se a manutenção da paz na Europa. O plano inglês contém as seguintes propostas:
– Duração do pacto – cinco anos
– Redução da produção de armas e proibição de rearmamento
– Controle internacional para fazer com que cada signatário cumpra as condições
– Criação de uma organização permanente para procurar novos métodos de limitar os armamentos
– Estabelecimento de uma política fundamental de cooperação entre as Grandes Potências numa base de crescente confiança mútua.

Hitler discursa no Krolloper a 23 de março de 1933
O discurso
Homens e mulheres do Reichstag alemão! De acordo com o governo do Reich, o partido nacional-socialista e o partido popular nacionalista alemão lhes submetem um projeto de lei para resolver a situação do povo e da nação.
Os motivos para esta medida de caráter excepcional são os seguintes:
Em novembro de 1918, as organizações marxistas apossaram-se do poder executivo por meio de uma revolução. Os monarcas foram destronados, as autoridades do Reich e dos Estados afastados do governo, violando-se, portanto, a Constituição. O sucesso da revolução no sentido material assegurou a seus progenitores escapar da ação da lei. Procuram justificar moralmente tal coisa afirmando que a Alemanha e seu governo foram responsáveis pela eclosão da guerra. Essa asserção era sabida e conscientemente mentirosa.
Em consequência dela, todavia, estas acusações mentirosas feitas no interesse dos nossos antigos inimigos levaram à mais severa opressão de todo povo alemão e à quebra das garantias que nos foram dadas pelos 14 pontos de Wilson, e assim lançaram a Alemanha, isto é, as classes trabalhadoras do povo alemão, a uma época de infinita desgraça. Todas as promessas feitas pelos homens de novembro de 1918, caso já não tenham sido feitas propositadamente, se comprovaram não menos como malditas ilusões. Em seu conjunto, as “conquistas da Revolução” foram agradáveis a uma pequena parcela de nosso povo, porém, para a esmagadora maioria, pelo menos enquanto esta tinha que ganhar seu pão de cada dia pelo próprio esforço, foram infinitamente tristes.
Que aqui os partidos e homens responsáveis por este desenvolvimento procurem milhares de amenidades e desculpas, num impulso de autopreservação, é compreensível. Todavia, comparando-se de forma isenta os resultados médios dos últimos quatorze anos com as promessas proclamadas na época, o balanço é negativamente destruidor para os responsáveis deste crime sem paralelo na história alemã.
Nosso povo sofreu uma queda do nível de vida em todas as áreas no decorrer dos últimos 14 anos…
Outra característica marcante destes quatorze anos foi que, excetuando algumas variações naturais, a linha de desenvolvimento apontou constantemente para baixo. Este reconhecimento deprimente foi uma das razões da aflição coletiva. Ela exigia a visão sobre a necessidade da recusa completa das ideias, organizações e das pessoas, sobre as quais começou a pesar com justiça sua responsabilidade por esta situação de desgraça.
O movimento nacional-socialista começou a ganhar mais o espírito e a vontade dos alemães, apesar da terrível repressão. Juntamente com outras associações nacionalistas, ele eliminou em pouco de mais algumas semanas os poderes dominantes desde novembro de 1918 e colocou o poder público nas mãos do governo nacional através de uma revolução. O povo alemão ratificou este ato a 5 de março.
O programa de reconstrução do povo e do Reich resulta da grande necessidade de nossa vida política, moral e econômica. Convencido que esta derrocada tem suas origens em feridas no seio do próprio povo, é objetivo do governo da revolução nacional eliminar aquelas enfermidades da vida popular, e evitar futuramente qualquer possibilidade de seu retorno.
A divisão de nação em grupos com opiniões inconciliáveis, provocada sistematicamente pelas doutrinas falsas do marxismo, significa a destruição da base de uma possível vida comunal. A dissolução abrange todos os fundamentos da ordem social. A concepção antagônica frente a termos como Estado, sociedade, religião, moral, família e economia, apresenta diferenças que levam a uma guerra de todos contra todos. Partindo-se do liberalismo do século passado, este desenvolvimento encontra seu fim natural no comunismo. Esta movimentação conjunta de instintos primitivos leva a uma associação entre a concepção de uma ideia política e as ações de verdadeiros criminosos. Começando com os saques, incêndios, ataques em ferrovias, atentados e assim por diante, tudo encontra sua sanção moral nas ideias comunistas. Somente os métodos individuais de terrorismo de massa custou ao movimento nacional-socialista mais de 300 mortes em poucos anos e dezenas de milhares de feridos.
O incêndio no Reichstag, como tentativa frustrada de uma grande ação, é apenas um sinal daquilo que a Europa poderia esperar da vitória desta gente diabólica. Quando uma determinada imprensa – principalmente fora da Alemanha – tenta hoje em dia, de acordo com o princípio de levantar inverdades políticas através do comunismo, identificar este ato vergonhoso com o levantar nacional da Alemanha, então eu só tenho meus atos confirmados em não deixar nada passar para que este crime seja reparado através do enforcamento público dos culpados e seus cúmplices!
[…]
É somente a criação de uma verdadeira comunidade nacional, erguendo-se acima dos interesses e das diferenças de classe, que pode fechar permanentemente a fonte de nutrição de tais aberrações do espírito humano. O estabelecimento dessa unidade cosmovionária no corpo da nação é tanto mais importante quanto só por esse meio é que surge a possibilidade de manutenção de relações amigas com as potências estrangeiras, independentemente das tendências ou princípios gerais por que se governem, pois a eliminação do comunismo na Alemanha é um assunto puramente interno. O resto do mundo pode também estar interessado, pois o romper do caos comunista no populoso Reich alemão iria levar a consequências políticas e econômicas no restante da Europa Ocidental, de proporções inimagináveis.
[…]
Uma ampla reforma do Reich só poderá nascer do desenvolvimento orgânico. Seu objetivo deve ser a construção de uma constituição que una a vontade do povo com a autoridade de uma liderança real. A legalização de tal reforma constitucional vai ser dada pelo próprio povo.
O governo da revolução nacional vê fundamentalmente como sua obrigação, de acordo com o sentido da confiança dada pelo voto popular, manter longe da formação da vida da nação aqueles elementos de que consciente e intencionalmente negam esta vida. A igualdade teórica diante da lei não pode resultar na tolerância sob igualdade daqueles que fundamentalmente escarnecem a lei…
[…]
Simultaneamente com essa política de purificação de nossa vida pública, o governo do Reich procederá um inteiro expurgo moral do corpo da nação. Todo sistema educacional, o teatro, o cinema, a literatura, a imprensa e o rádio – tudo será empregado como um meio para este fim e dessa forma avaliado. Todos estes elementos devem servir para a manutenção dos valores eternos presentes no caráter essencial de nosso povo. A arte sempre ficará sendo a expressão e o reflexo dos anseios e da realidade de uma época. Atitude neutral e internacional do alheamento está desaparecendo rapidamente. O heroísmo avança apaixonadamente e no futuro moldará e norteará o destino político. A tarefa da arte é ser a expressão desse espírito determinante da época. Sangue e raça serão mais uma vez a fonte da intuição artística. É tarefa do governo providenciar que justamente num período de poder político limitado, os valores vitais internos e a vontade de vida da nação encontrem um gigantesca expressão cultural. A obrigatoriedade diante desta decisão é expressão de reconhecimento aos personagens de nosso grande passado. Em todas as áreas de nossa vida histórica e cultural, deve ser erigida esta ponte entre passado e futuro. O respeito diante dos grandes homens deve ser ensinado novamente aos jovens como herança sagrada. À medida que o governo está decidido a proceder com a desintoxicação política e moral de nossa vida pública, ele consegue e assegura as condições para uma verdadeira e profunda vida religiosa.
As vantagens de natureza política e pessoa que queiram resultar de compromissos com organizações ateístas, não valem a pena frente à visível destruição dos valores morais fundamentais.
O governo nacional considera as duas religiões cristãs como os mais ponderáveis fatores para a manutenção de nossa nacionalidade. O governo respeitará os acordos concluídos entre ele e os Estados federais. Os direitos destes não serão infringidos. Mas o governo confia e espera que o trabalho de regeneração moral e nacional de nosso povo, a tarefa que ele se impôs, seja, por outro lado, tratada com o mesmo respeito. Ele tratará todas as outras confissões com justiça objetiva. Mas ele não poderá tolerar que o simples pertencer a uma determinada religião ou a uma determinada raça, implique na dispensa de deveres legais gerais e até a liberdade para comportamentos criminosos, ou na tolerância a crimes. A preocupação do governo vale na correta coexistência entre igreja e Estado; a luta contra uma cosmovisão materialista, em prol de uma verdadeira comunidade do povo serve tanto para os interesses da nação alemã quanto ao bem-estar de nossa fé cristã.
Nossas instituições legais devem servir acima de tudo para a manutenção desta comunidade nacional. A não-destituição dos juízes, por um lado, deve corresponder a uma elasticidade dos veredictos voltada ao bem da sociedade. Não o indivíduo deve ser o centro da preocupação legislativa, mas sim o povo. A alta traição e a perfídia para com a nação serão no futuro impiedosamente extirpadas. Os fundamentos da existência da justiça não podem ser outros senão os fundamentos da existência da nação. Portanto, queira isto ser sempre a linha-mestra daqueles que, sobre os duros caminhos da realidade, são responsáveis pela vida nacional.
Grandes são as tarefas do governo nacional na esfera da vida econômica.
Aqui todas as ações devem ser governadas por uma lei: o povo não vive para o comércio e o comércio não existe para o capital, mas o capital serve o comércio e o comércio serve ao povo.
Em princípio o governo não protegerá os interesses econômicos do povo alemão pelo método tortuoso de uma burocracia econômica a ser organizada pelo Estado, mas pelo máximo fomento da iniciativa particular e pelo reconhecimento dos direitos de propriedade.
Entre as intenções produtivas por um lado e, de outro, o trabalho produtivo, deve-se construir um equilíbrio justo. A administração deve ser resultado da capacidade do respeito da aplicação e do trabalho através da economia. Também o problema de nossas finanças públicas se resume, ao final, no problema de uma administração austera.
A planejada reforma de nosso sistema tributário deve simplificar as classificações e com isso levar a uma diminuição dos custos e dos tributos. Fundamentalmente o moinho fiscal deve ser construído na correnteza e não na fonte. Diante desta premissa, deve haver uma diminuição dos tributos através da simplificação da administração. Esta reforma tributária a ser instituída no Reich e nos Estados não é uma questão do momento, mas sim segundo as necessidades do período analisado.
O governo evitará sistematicamente as experiências monetárias.
Enfrentamos acima de tudo duas tarefas econômicas de primeira magnitude. A salvação do agricultor alemão deve ser conseguida a qualquer preço.
A destruição desta classe em nosso povo levará às consequências mais graves. O restabelecimento da rentabilidade das propriedades agrícolas e pecuaristas pode ser duro para o consumidor. O destino, entretanto, que assolaria todo o povo alemão caso os agricultores desaparecessem, seria com uma desgraça sem comparação. Somente em conjunto com a recuperação da rentabilidade de nossa agricultura e pecuária, a questão referente à execução ou acordos pode ser solucionada. Caso isso não aconteça, então a eliminação de nossos agricultores levaria não apenas à bancarrota da economia alemã, mas principalmente à destruição do núcleo do povo alemão. Sua preservação saudável é também condição fundamental para o florescer e germinação de nossa indústria, de nosso comércio interno e das exportações alemãs. Sem o contrapeso dos agricultores alemães, a loucura comunista já teria assolado a Alemanha e com isso destruído definitivamente a economia alemã. O que nossa economia geral incluindo nossas exportações deve agradecer à saudável existência do camponês alemão, não pode ser compensado através de nenhum sacrifício comercial. Por isso o futuro povoamento do solo alemão deve atrair também nossa grande preocupação.
Ademais, é perfeitamente claro para o governo nacional que a debelação final das dificuldades, tanto no comércio agrícola como no das cidades, depende da absorção do exército dos desempregados no processo da produção.
Esta constitui a segunda das grandes tarefas econômicas. Ela só pode ter solução com uma satisfação geral, na aplicação de princípios econômicos sãos e naturais e de todas as medidas necessárias, mesmo que, no momento, elas não possam contar com qualquer grau de popularidade. Criação de vagas de trabalho e a contribuição obrigatória de serviço são, a este respeito, apenas medidas individuais dentro do âmbito de toda a ação proposta.
Semelhante ao agricultor alemão, é a posição do governo nacional em relação à classe média.
Sua salvação só poderá advir da política econômica em geral. O governo nacional está decidido a resolver esta questão. Ele reconhece isto como sua tarefa histórica, apoiar e incentivar os milhões de trabalhadores alemães em sua luta pelos direitos civis. Como Chanceler e nacional-socialista, eu me sinto ligado a vocês como um antigo companheiro de minha juventude. A elevação da força de consumo desta massa será uma parcela considerável da engrenagem econômica. Com a conservação de nossas leis sociais, acontecerá um primeiro passo para sua reforma. Basicamente, porém, deve acontecer a utilização de cada força de trabalho em prol da coletividade. O desperdício de milhões de horas de trabalho humano é uma loucura e um crime que leva à pobreza de todos. Não importa qual valor seria criado através do uso de nossa força de trabalho excedente, ele poderia representar uma melhor condição de vida para as milhões de pessoas que hoje passam necessidade e estão na miséria. Deve e vai ser feito pela capacidade organizatória de nosso povo, solucionar esta questão.
Teremos presente que a posição geográfica da Alemanha, com sua falta de matérias-primas, não permite inteiramente a autonomia econômica para o Reich. Nunca será demasiado afirmar que nada está mais longe do pensamento do governo do Reich do que a hostilidade para a exportação. Estamos plenamente advertidos de que necessitaremos da ligação com o mundo exterior, e que a colocação dos produtos alemães no mercado mundial assegura a existência de muitos milhões de nossos concidadãos.
Também sabemos quais são as condições necessárias para uma boa troca de serviços entre as nações do mundo. Porque a Alemanha foi durante anos compelida a prestar serviços sem receber um equivalente, com o resultado de que a tarefa de manter a Alemanha como um participante ativo na troca de produtos não pertence tanto à política comercial como à política financeira. Enquanto não nos concederem uma amortização razoável da nossa dívida estrangeira em correspondência com nossa capacidade de produção, somos desgraçadamente compelidos a manter o nosso controle cambial estrangeiro. O governo do Reich também é, por esse motivo, obrigado a manter as restrições ao escoamento do capital para fora das fronteiras da Alemanha. Se o governo do Reich se deixar conduzir por estas premissas fundamentais, é de se esperar certamente que a compreensão crescente do estrangeiro facilite a incorporação de nosso Reich na pacífica competição das nações.
[…]
A proteção das fronteiras do Reich e, portanto, da vida de nosso povo e da existência de nosso comércio está agora nas mãos da Reichswehr, que, de acordo com os termos que nos foram impostos pelo tratado de Versalhes, deve ser considerado o único exército verdadeiramente desarmado do mundo. A despeito de sua pequenez forçada e do seu armamento completamente insuficiente, o povo alemão deve olhar para a sua Reichswehr com orgulhosa satisfação. Este pequeno instrumento de nossa defesa nacional surgiu dentro das mais difíceis condições. O espírito de que ele está imbuído é o das nossas melhores tradições militares. A nação alemã tem, pois, cumprido com dolorosa concienciosidade as obrigações que lhe foram impostas pelo Tratado de Paz; com efeito, até a substituição então sancionada dos navios de nossa frota, infelizmente, talvez me seja permitido dizer, foi apenas realizada em pequena parte.
Durante anos a Alemanha tem esperado em vão o cumprimento das promessas de desarmamento que lhe foram feitas pelos outros. É desejo sincero do governo nacional poder abster-se de aumentar o nosso exército e as nossas armas, desde que o resto do mundo também esteja pronto para cumprir agora as suas obrigações em matéria de desarmamento radical. Porque a Alemanha não deseja outra coisa além de um direito igual para viver e igual liberdade.
Em qualquer caso, o governo nacional educará o povo alemão neste espírito de desejo de liberdade. A honra nacional, a honra do nosso exército e o ideal de liberdade devem mais uma vez ser sagrados ao povo alemão!
O povo alemão deseja viver em paz com o mundo.
Mas é por esta mesma razão que o governo do Reich empregará todos os meios para obter o termo final da divisão das nações do mundo em duas categorias. O manter aberta esta ferida leva à desconfiança de um lado e ao ódio de outro, e desta forma a um sentimento geral de insegurança. O governo nacional está pronto a estender a mão em sincero entendimento a todas as nações que finalmente estejam dispostas a por um termo ao trágico passado. A dificuldade econômica internacional só poderá desaparecer quando forem estabelecidas as bases de relações políticas estáveis e quando as nações tenham recuperado a sua confiança mútua.
Para vencer a catástrofe econômica é necessário:
1. uma liderança absolutamente autoritária nos assuntos internos, afim de criar a confiança na estabilidade das condições
2. A garantia, pelas grandes nações, de uma paz duradoura, afim de restaurar a confiança mútua entre as nações.
3. A vitória final dos princípios do bom senso na organização e condução da economia, assim como na desobrigação geral nas reparações e responsabilidades irreais pelas dívidas e juros.
Infelizmente situamo-nos diante do fato de que a Conferência de Genebra, apesar das longas negociações, não chegou até agora a nenhum resultado prático. A decisão concernente à garantia de uma medida real de desarmamento tem sido constantemente protelada por questões de detalhes técnicos e pela introdução de problemas que nada têm a ver com o desarmamento. Esta tática é inútil.
A condição ilegal do desarmamento unilateral e a resultante insegurança nacional da Alemanha não pode continuar por mais tempo.
Reconhecemos como um sinal de responsabilidade e da boa vontade do governo inglês o fato de que tenha procurado, através da sua proposta de desarmamento, levar a Conferência a alcançar finalmente soluções rápidas. O governo do Reich apoiará qualquer esforço para a verdadeira execução de um desarmamento geral. Durante quatorze anos estivemos desarmados, e durante quatorze meses estivemos a esperar os resultados da Conferência do Desarmamento. De muito maior alcance é o plano do chefe do governo italiano, que faz uma tentativa esclarecida e vasta para conseguir um desenvolvimento pacífico e coerente de toda a política europeia. Damos a maior importância a este plano, e estamos prontos a cooperar com absoluta sinceridade dentro das bases por ele estabelecidas, afim de unir as quatro Grandes Potências, Inglaterra, França, Itália e Alemanha, numa cooperação antiga para atacar com resolução e coragem os problemas de cuja solução depende o destino da Europa.
É por esta razão que somos particularmente gratos pela sinceridade apreciativa com que o renascimento nacional da Alemanha tem sido recebido na Itália. Nós desejamos e esperamos que a igualdade dos ideias espirituais seja o fundamento para um contínuo aprofundamento das relações amistosas entre ambos os países.
Do mesmo modo, o governo do Reich, que considera o cristianismo como fundamento inabalável da moral e do código de moral da nação, empresta o maior valor às relações de amizade com a Santa Sé, e esforça-se por desenvolvê-las. Sentimos simpatia para com nossa irmã a Áustria nas suas perturbações e dificuldades. Em tudo o que se faz o governo alemão está consciente da conexão existente entre o destino de todas as raças germânicas. Sua atitude para com as outras potências estrangeiras pode ser depreendida do que já foi dito. Mas até no caso de que as nossas relações estejam assoberbadas de dificuldades, procuraremos chegar a um entendimento. Mas em caso algum as bases para a compreensão jamais poderão ser a distinção entre vencedores e vencidos.
Estamos convencidos de que tal entendimento é possível em nossas relações com a França, se os governos atacarem os problemas que as atingem em ambos os lados, fazendo-o de maneira esclarecida. O governo do Reich está pronto a cultivar com a União soviética relações amigas proveitosas a ambas as partes. É acima de tudo o Governo da Revolução Nacional que se sente em posição de adotar semelhante política positiva para com a Rússia Soviética. A luta contra o comunismo na Alemanha é nosso assunto interno no qual jamais permitiremos a interferência do exterior. As relações políticas com outras potências, que nos unem interesses comuns, não serão alteradas. Nossas relações com outros países ganharão atenção especial também no futuro, principalmente nossa relação com os grandes países além-oceanos, com os quais a Alemanha nutre há muito tempo relações amistosas e interesses econômicos.
Levamos particularmente a peito o destino dos alemães que vivem fora das fronteiras da Alemanha e nos estão ligados pela fala, cultura e costumes, e têm de lutar duramente para manter estes valores. O governo nacional está disposto a usar de todos os meios a seu alcance para defender os direitos internacionalmente garantidos às minorias alemãs.
Recebemos de bom grado o plano para uma Conferência Econômica Mundial e aprovamos a sua reunião em data próxima. O governo do Reich está pronto a tomar parte nesta conferência, afim de que finalmente se chegue a resultados positivos.
A questão mais importante é o problema de nossas dívidas externas de curto e longo prazo.
A completa alteração das condições do mercado internacional de mercadorias exige de nós um ajuste. Somente a partir de uma condição de completa confiança pode nascer uma real superação das aflições gerais. Dez anos de uma sincera paz será mais proveitoso par ao bem-estar de todas as nações do que 30 anos de discussão em torno de termos como vencedores e vencidos.
Para se colocar na posição de cumprir as tarefas expostas, o governo do Reich apresenta a Lei de Exceção através de ambos os partidos, o nacional-socialista e nacionalista alemão. Parte das medidas desejadas exige maioria constitucional. A execução destas tarefas e suas soluções são necessárias. Não corresponderia ao sentido deste levante nacional e seria insuficiente para o objetivo almejado, se o governo nacional fosse negociar caso a caso uma correspondente autorização do Reichstag. O governo não é movido aqui a destituir o Reichstag como um todo. Ao contrário, ele se reserva também para o futuro a informar o Reichstag e requerer sua aprovação.
A autoridade e execução de tarefas iriam sofrer se pudesse existir no seio do povo dúvidas na estabilidade do novo regimento. O governo do Reich considera impossível uma nova sessão do Reichstag diante da profunda ansiedade da nação. Quase nunca aconteceu uma revolução destas proporções tão disciplinada e sem derramamento de sangue como o levante do povo alemão nesta semana. É minha vontade e meu inabalável objetivo garantir também para o futuro este desenvolvimento tranquilo.
E o mais importante, é que seja dado ao governo nacional uma posição soberana, que seja necessário nestes períodos, para evitar um outro desenvolvimento. O governo fará uso desta autorização apenas enquanto for exigido para levar a cabo as medidas vitais. Nem a existência do Reichstag, nem do Reichsrat, está ameaçada. Posição e direitos do presidente do Reich permanecem intocáveis. A concordância interna de seus objetivos será a máxima missão do governo. A existência dos Estados não será ameaçado. O direito da igreja não será diminuído e sua posição perante o Estado não será alterada. Os casos onde exista a necessidade interna de se recorrer a tal lei de exceção são limitados em si. Mas mesmo assim o governo pleiteia a aprovação da lei. Ela mostra em todo caso, uma clara decisão. Ela permite aos partidos do Reichstag a possibilidade de um desenvolvimento pacífico e um entendimento futuro. O governo também está decidido e disposto a aceitar a rejeição e, com isso, a declaração de resistência.
Queiram, meus senhores, decidir por si próprio em prol da paz ou da guerra!
Resultado da votação
Com 444 votos a favor, perfazendo cerca de 70% do total, o projeto de lei foi aprovado e abriu caminho para a transformação da Alemanha. De um país subjugado pelo ódio e intolerância dos aliados, a Alemanha de Hitler tornou-se em poucos anos numa referência mundial de prosperidade e respeito entre seus cidadãos.
Praticamente sem derramamento de sangue, a revolução nacional-socialista tornou-se um fato.

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