Desde menino, nutro paixão pelo que foge ao senso comum. Nada atrai mais a minha atenção do que algo fora do normal. Sou um apaixonado pela exceção. Foi com esse sentimento que, no final de semana, li o artigo de James Q. Wilson, um professor aposentado das universidades de Harvard e da Califórnia, nos Estados Unidos. O homem veio com uma teoria que, no Brasil, seria a mais louca heresia.
O que disse o professor? Que a violência e a criminalidade não estão diretamente ligadas à pobreza como nos ensinam as escolas e os jornais. Wilson constatou que durante a Grande Depressão norte-americana, nos anos 1930, quando o desemprego atingiu 25% da população, a taxa de criminalidade em muitas cidades dos Estados Unidos caiu consideravelmente. Em contrapartida, na década de 1960, quando a economia daquele país experimentou um período de ascensão, o número de crimes explodiu se comparado proporcionalmente à década da Crise. E o mais curioso: nas décadas de 1990 e 2000, o crime voltou a cair, apesar de os Estados Unidos não mais experimentarem o cenário positivo que apresentava 40 anos atrás.
Wilson esboça algumas explicações para o fenômeno, que, sem dúvida, contradiz tudo o que acreditamos sobre a relação pobreza-violência. Para o homem, o fato pode ser explicado porque, durante a Grande Depressão, quando a pobreza generalizou-se nos país, as famílias tiveram que ser mais solidárias umas às outras e acabaram por criar laços que as mantiveram unidas pelo tempo que durou a crise. Wilson diz que essa união visava particularmente ao cuidado com os jovens que, naturalmente, têm mais propensão a cometer crimes. As famílias passaram a “fiscalizar” mais de perto os adolescentes, mantendo-os na linha e os salvando da tentação pela vida do crime, que, ao fim e ao cabo, não compensa.
Paradoxalmente, nos tempos de bonança, quando a “fiscalização” sobre os jovens diminui, é que o crime volta a crescer, talvez pelo fato de que os pais, estando eles próprios ocupados em obter o sustento da família, não mais se preocupem com quem os filhos andem, ou o que fazem, ou se estão indo à escola, etc.
No Brasil, nós temos essa coisa chamada Estatuto da Criança e do Adolescente, esse grande salvo-conduto para os crimes cometidos pelos jovens. Graças ao tal Estatuto, bandidos transformaram-se em “jovens em conflito com a lei”, e pobre daquele que olhar feio para um “jovem infrator”. Este será chamado de reacionário, direitista, etc., e caso continue a olhar feio para os “meninos”, poderá ele próprio acabar atrás das grades.
Sabe como é, são apenas “jovens em conflito com a lei...”.
Wilson esboça algumas explicações para o fenômeno, que, sem dúvida, contradiz tudo o que acreditamos sobre a relação pobreza-violência. Para o homem, o fato pode ser explicado porque, durante a Grande Depressão, quando a pobreza generalizou-se nos país, as famílias tiveram que ser mais solidárias umas às outras e acabaram por criar laços que as mantiveram unidas pelo tempo que durou a crise. Wilson diz que essa união visava particularmente ao cuidado com os jovens que, naturalmente, têm mais propensão a cometer crimes. As famílias passaram a “fiscalizar” mais de perto os adolescentes, mantendo-os na linha e os salvando da tentação pela vida do crime, que, ao fim e ao cabo, não compensa.
Paradoxalmente, nos tempos de bonança, quando a “fiscalização” sobre os jovens diminui, é que o crime volta a crescer, talvez pelo fato de que os pais, estando eles próprios ocupados em obter o sustento da família, não mais se preocupem com quem os filhos andem, ou o que fazem, ou se estão indo à escola, etc.
No Brasil, nós temos essa coisa chamada Estatuto da Criança e do Adolescente, esse grande salvo-conduto para os crimes cometidos pelos jovens. Graças ao tal Estatuto, bandidos transformaram-se em “jovens em conflito com a lei”, e pobre daquele que olhar feio para um “jovem infrator”. Este será chamado de reacionário, direitista, etc., e caso continue a olhar feio para os “meninos”, poderá ele próprio acabar atrás das grades.
Sabe como é, são apenas “jovens em conflito com a lei...”.
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