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quinta-feira, 7 de maio de 2020

20 ANOS DE GOVERNO PUTIN: O LEGADO DO ATUAL PRESIDENTE RUSSO

Vladimir Putin durante compromisso político
Vladimir Putin durante compromisso político - Divulgação
Vladimir Putin é hoje a principal figura da política russa e da Comunidade dos Estados Independentes. Ex-membro da KGB, passou anos vivendo na Rússia soviética e, após o colapso em 1991, entrou com posição de destaque no poder executivo do país. Desde 2000, Putin não deixou de assumir cargos governamentais na federação russa, como presidente ou primeiro-ministro.
Ele assumiu a presidência após o processo de abertura econômica do liberal Boris Yeltsin, em um cenário de forte crise econômica e fiscal. Uma das marcas do governo Putin foi a concretização de um projeto que, ao mesmo tempo, apoiava o capitalismo empresarial e combatia as oligarquias russas que dominavam a produção nacional.
Putin ao assumir a Presidência, em 2000 / Crédito: Reprodução

O líder russo desapropriou boa parte das empresas dessa natureza e muitos oligarcas foram presos. Ele aumentou o poder econômico do Estado e ficou marcado por tirar a Rússia da crise em que estava nos anos 1990.
Putin também realizou reformas políticas que aumentaram seu poder, dando fim prático ao poder híbrido constitucional e abrindo espaço para um autoritarismo flutuante, que acompanhava sua figura, não seu cargo (que mudou várias vezes). 
Além disso, reestruturou o sistema de transportes de mercadoria e de transmissão de petróleo e gás — principais produtos do país —, dinamizando a economia. Todavia, o político também ficou famoso pela reabilitação que proporcionou à imagem do tirano Stálin.
Vladimir Putin e Bashar al-Assad / Crédito: Reprodução

Em termos de política externa, ele reabriu o conflito da Rússia com os países do Ocidente e com a OTAN, se aproximando de nações de quadro semelhante ao de seu país — potências emergentes de grande dimensão, que deram origem aos BRICS. Houve ainda uma aproximação de ditaduras antiamericanas do Terceiro Mundo, como o caso do governo Assad na Síria ou Maduro na Venezuela.
Ao mesmo tempo, Putin fomentou campanhas pelo nacionalismo russo, dentro e fora de seu território, como foi o caso do movimento antiucraniano na Crimeia, que desejava retornar ao Estado Russo, e combateu movimentos rebeldes. O caso mais drástico é o da Chechênia, que passou por um processo de dominação completa do território e destruição dos movimentos independentistas.
Nessa linha, Putin conseguiu passar uma emenda que permite que o presidente indique do Kremlin governadores de províncias. O governo também foi marcado pelo aumento da corrupção e por escândalos de alto nível, como o assassinato não esclarecido dos opositores Anna Politkovskaia e Alexander Litvinenko.

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