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quarta-feira, 27 de maio de 2020

CENSURA GLOBAL SIONISTA

A Argentina anunciou a impressão de uma nova nota de 5.000 pesos com o rosto do médico Ramon Carrillo, que médico neurocirurgião nacionalista e peronista que foi Ministro da Saúde da Argentina, causando o repúdio e histeria da comunidade judaica local e instigações de reprovação e ódio por parte de agentes e entidades internacionais ligadas ao lobismo sionista internacional.
A informação veio do site de notícias israelense Ynet. O embaixador de Israel na Argentina twittou na segunda-feira: “Quando dizemos ‘nunca mais’, em referência ao Holocausto, não faz sentido comemorar alguém que, pelo menos, simpatiza com essa ideologia”.
Acompanhando isso, o embaixador britânico na Argentina, Mark Kent, fez o mesmo: “O nazismo foi o maior mal do século 20, levou ao Holocausto. A morte de milhões de inocentes. Não devemos comemorar quem participou desse terrível episódio.”
O Simon Wiesenthal Center criticou o governo argentino afirmando que o mesmo estava prestando homenagem para um “admirador de Adolf Hitler. Shimon Samuels e Ariel Gelblung, diretores de relações internacionais e para a América Latina do Wiesenthal Center afirmaram “rejeitamos enfaticamente a escolha de um personagem que manchará a Argentina com sua imagem em sua nota de mais alta denominação”
O neto de Carrillo, Ramon Carrillo, tentando apaziguar o tema, compartilhando uma foto no Twitter de um presente dado a seu avô em 1954, quando ele atuava como ministro da Saúde na época, pelo então ministro da Saúde de Israel, Yosef Serlin.
Mas qual o motivo de tanto alarde da comunidade judaica internacional? Você sabe quem foi Ramon Carillo e qual foi o seu legado e importância, não só para o povo argentino nem para a América do Sul, mas para toda a humanidade hoje? Se não sabe, imagine a importância do argentino para a medicina e saúde pública atual em épocas de pandemia como esta.

Quem foi Ramon Carillo?

Nascido em Santiago del Estero, Argentina, em 7 de março de 1906, depois de concluir os estudos, em sua cidade natal, partiu para Buenos Aires, para iniciar uma carreira em Medicina. Tornando-se o melhor de sua turma, se inclinou para a neurologia e neurocirurgia, obtendo uma bolsa para estudos na Europa.
Na área médica, Carrillo foi um dos principais integrantes da tradição científica da Escola Neurobiológica argentino-alemã. Ele produziu – entre 1930 e 1945 – pesquisas até então inéditas e valiosas sobre células cerebrais que não são neurônios, chamadas neuroglia, assim como os métodos para colorá-las e observá-las sob um microscópio, bem como sobre sua origem evolutiva (filogenia) e sobre a anatomia comparativa dos cérebros dos vários classes de vertebrados.
Nesse período, ele contribuiu com novas técnicas de diagnóstico neurológico. Também durante esses quinze anos, ele alcançou resultados valiosos investigando as hérnias de cisterna do cérebro e as síndromes pós-concussão. Levou seu nome a papilite epidêmica aguda (ou ‘doença de Carrillo’) onde descreveu detalhadamente a esclerose cerebral durante a investigação, na qual realizou numerosos transplantes cerebrais vivos entre coelhos, e tumores cerebrais reclassificados histologicamente e inflamações do envelope mais íntimo do cérebro (aracnoides), inflamações chamadas aracnoidites.
Ele também propôs uma “Classificação de Doenças Mentais” que foi amplamente usada antes do DSM.

Carreira política

Retornando para Buenos Aires, viu-se no meio da “Década Infame”, onde viu saques e destruição sistemáticos sofridos por sua terra natal, em um período caracterizado pelo profundo declínio moral da liderança, onde a corrupção, os negociados, a alienação do patrimônio nacional e o empobrecimento de uma grande maioria da população. Ele então adere ao pensamento nacionalista que estava crescendo naquela época, rejeitando explicitamente as propostas culturais anglo-americanas e nacional socialistas-fascistas e o stalinismo.
A partir de 1937, Carrillo, junto de seu amigo médico Salomon Chichilnisky, começa a construir muitos hospitais gratuitos. Dedicando-se à pesquisa e ensino, em 1939 assumiu o Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Militar Central em Buenos Aires, ondo lhe foi permitido aprender mais sobre a realidade da saúde do país, verificando a prevalência de doenças relacionadas à pobreza, realizando estudos estatísticos que determinaram que o país possuía apenas 45% dos leitos, também desigualmente distribuídos.
Em 1943, o regime do presidente Castillo foi derrubado e outro governo militar assumiu. Nesse contexto, Carrillo conheceu o coronel Juan Domingo Perón, um paciente com quem ele compartilhou longas conversas no Hospital Militar. Foi Perón que convenceu Carrillo a colaborar no planejamento da política de saúde desse governo. E logo no início de 1946, Perón assumia a presidência, confirmando o Dr. Carrillo como chefe da Secretaria de Saúde Pública, que mais tarde se tornaria o Ministério da Saúde Pública e Assistência Social da Nação. A esposa de Perón, “Evita”, coordenou suas ações com Carrillo e contribuiu para consolidar seu trabalho técnico.

Legado

É difícil listar o trabalho do Dr. Carrillo na frente deste portfólio. Ele realizou ações sem paralelo até hoje. Aumentou o número de leitos no país, de 66.300 em 1946 para 132.000 em 1954. Em apenas dois anos, erradicou doenças endêmicas como a malária, com campanhas extremamente agressivas. Praticamente eliminou a sífilis e doenças venéreas. Ele criou 234 hospitais ou policlínicos gratuitos. A taxa de mortalidade por tuberculose diminuiu de 130 por 100.000 para 36 por 100.000. Terminou com epidemias como tifo e brucelose. Reduziu drasticamente a taxa de mortalidade infantil de 90 por mil para 56 por mil.
Tudo isso, priorizando o desenvolvimento da medicina preventiva, a organização hospitalar, conceitos como “centralização normativa e descentralização executiva” . Isso não tem nada a ver com a descentralização, que apenas responde a fins meramente econômicos impostos pelos mercados. Escrevendo com Norbert Wiener, o chamado “criador da cibernética”, Carrillo aplicou-a à arte de governar sob o nome de cibernologia, criando um Instituto de Cibernologia ou Planejamento Estratégico em 1951.
Muitos autores concordam que o legado mais importante que o Dr. Carrillo deixou para trás foram as idéias, princípios e fundações que acompanharam essa ação.
Duas de suas frases descrevem muito bem um homem capaz de abandonar sua admirável carreira científica, reconhecida internacionalmente, para se dedicar plenamente às necessidades específicas de seu povo:
“Os problemas da medicina como um ramo do Estado não podem ser resolvidos se a política de saúde não for apoiada por uma política social. Da mesma forma que não pode haver uma política social sem uma economia organizada para o benefício da maioria”.
“As conquistas científicas em saúde são úteis apenas se forem acessíveis às pessoas”.
Ordóñez, seu biografo diz:
“Ele morreu aos cinquenta anos, pobre, doente e exilado em Belém do Pará, cidade no norte do Brasil, em 20 de dezembro de 1956. Talvez pensando, como fez o grande libertador Simón Bolívar, que havia arado o mar. Talvez uma de suas frases mais famosas indique que seu trabalho ainda está inacabado: ‘Diante das doenças geradas pela miséria, diante da tristeza, da angústia e do infortúnio social dos povos, micróbios, como causas da doença, são causas pobres.”

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