Valéria e Janete: cuidado com a concorrência!!!
Leio no site do Zero Hora, do Rio Grande do Sul, que ele concedeu uma entrevista ao “Gaúcha Atualidade”. Não entendi direito, mas parece ser um programa de rádio. Lê-se lá o seguinte:
“Segundo José Dirceu, a revista publicou ‘inverdades glamourosas’ e atribuiu a matéria a uma “perseguição política”.
“Segundo José Dirceu, a revista publicou ‘inverdades glamourosas’ e atribuiu a matéria a uma “perseguição política”.
HEEEINNN???
“Inverdades glamourosas”???
Teria o Zé querido dizer “clamorosas”? “Inverdades glamorosa” (e não “glamourosa”, que não é língua nenhuma…) são aquelas que cercavam as estrelas de Hollywood no passado. Mas como Dirceu é Dirceu, não importa com que cara se apresente, ele afirma ao “Gaúcha Atualidade”:
“Nada vai apagar minha história política. Nada foi provado contra mim. Não adianta escrever que a Procuradoria Geral da República me acusou e denunciou. A alegação final não prova nada. O STF vai julgar. É por isso que eu ainda voto e que eu sou filiado ao PT. Eu posso ocupar qualquer cargo público nesse pais”.
“Nada vai apagar minha história política. Nada foi provado contra mim. Não adianta escrever que a Procuradoria Geral da República me acusou e denunciou. A alegação final não prova nada. O STF vai julgar. É por isso que eu ainda voto e que eu sou filiado ao PT. Eu posso ocupar qualquer cargo público nesse pais”.
Epa! É o apreço de Dirceu pela verdade! Não pode, não! Se for cargo eleito pelo povo, não pode porque está com os direitos políticos cassados. É por isso que exerce cargos informais, em corredores de hotel. Mas o melhor vem agora:
“É engraçado, eu sou advogado e consultor. Faz seis anos que saí do governo. Como podem me cobrar por alguma atividade? Tem alguém cobrando dos ministros do Fernando Henrique por atividades de consultoria que eles prestam? Isso é perseguição política”.
É uma confissão!
Para tentar minimizar o caráter conspiratório daquelas reuniões em meio à crise que derrubou Palocci, ele confessa, então, que se encontrou com Fernando Pimentel, ministro de estado; José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras (e ele dá consultoria para empresas de petróleo e gás) e parlamentares na condição de “consultor privado”.
Vale dizer, a cúpula do governo vai até Dirceu, em encontros clandestinos, para cuidar dos interesses privados daquele que é também chefão no PT e, na prática, líder político de pessoas que exercem funções de estado. Pode-se dizer algo parecido de ex-ministros de FHC? Que eu saiba, os que estão na iniciativa privada trabalham em empresas sólidas, respeitáveis, com endereço conhecido. Não se escondem em cafofos.
Escrevi aqui desde o primeiro dia que a gritaria feita por Dirceu tinha uma razão de ser: ela demonstra de maneira clara, inequívoca, que o mesmo esquema clandestino que resultou no escândalo do mensalão continua na ativa.
A defesa de Dirceu é uma confissão.
PS – Resta agora ao valente dizer que o Zero Hora errou e que não foi bem aquilo que ele disse.
Por Reinaldo Azevedo
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