Luiz Inácio Apedeuta da Silva, o nome do mal da política brasiliera, colabora com o governo Dilma de um modo que ele mesmo não supõe e que muitos analistas não suspeitam, alguns deles não se dando conta do que eles próprios escrevem.
Como há um certo temor de que o Babalorixá de Banânia decida voltar — e conhecemos a sua herança maldita: infraestrutura em petição de miséria, gastança desordenada, instituições aviltadas — e num contexto internacional, desta feita, adverso, então há uma espécie de “fuga coletiva para Dilma”, por mais, para ser generoso, anódino que seja o seu governo.
Dá-se de barato algo mais ou menos assim: “Antes Dilma do que Lula; ela, ao menos, não passa a mão na cabeça de corruptos” — consolidou essa fama com algumas demissões havidas no governo.
Assim, mesmo o estelionato eleitoral explícito, como a mobilização para derrubar a Emenda 29, passa por um lance de grande prudência na administração pública. À medida que Lula é visto, e por bons motivos, como líder de tudo o que pode haver de mais nefasto na política brasileira — ele é a síntese dos piores defeitos do PT e do PMDB —, a sua criatura é vista como a garantia possível contra o criador.
É claro que esse é o momento para que surjam as vozes da oposição. Até que elas estão cumprindo o seu papel no Congresso. Mas quem lidera? Alguns maquiáveis de quarteirão estão dedicados a fraturar o PMDB para, quem sabe, se unir à turma no futuro… Vale dizer: há quem ache que o melhor caminho para a oposição é se juntar à banda mais podre da situação.
Deus nos acuda!
Por Reinaldo Azevedo
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