Conhecida como principal centro de produção de chocolates artesanais da América Latina, Gramado finalmente terá uma feira profissional destinada ao setor. A primeira edição da Feira Brasileira do Mercado de Chocolates (Febrachoco) começa nesta quarta-feira, dia 31, e vai até o sábado (dia 3) no ExpoGramado.
O evento será ancorado pelo Congresso Latino-Americano de Chocolates (Chocolatino), que irá discutir as relações da cadeia produtiva, passando por temas como a evolução do chocolate caseiro e artesanal ao patamar de gourmet. A convergência entre o food service, a gastronomia e a indústria de chocolate também serão debatidos no encontro. “O Rio Grande do Sul, com sua posição privilegiada entre Brasil e Argentina, os dois maiores mercados do cone sul, tem tudo para ocupar uma posição estratégica com sua indústria de chocolates concentrada principalmente em Gramado”, destaca Caio Tomazeli, coordenador da feira e do Chocolatino (Congresso Latino Americano do Chocolate), congresso que acontece paralelamente. A afirmação é reforçada pelo presidente da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados). Getulio Ursulino Netto, ao ressaltar que Gramado contribuiu para a evolução do mercado de chocolates diferenciados com seus produtos e lojas exclusivas. “É a etapa no Brasil de produção de chocolates em pequena escala, com o advento dos fabricantes de chocolates caseiros iniciada em Gramado”, destaca o presidente da Abicab.
O segmento especialidades em chocolates compreende a produção artesanal, os chocolates finos e o chocolate gourmet também presente na confeitaria e gastronomia contemporânea. Caio Tomazeli explica que a feira vai reunir a cadeia de negócios do chocolate e contribuir para fortalecer o segmento do chocolate gourmet, que cresce de forma mais acelerada do que o mercado de chocolates como um todo. “Segundo avaliações que estamos fazendo, este segmento – quase insignificante há algumas décadas, agora já representa cerca de 15% da produção no Brasil em pequenas fábricas espalhadas em todo o país, segundo nossas estimativas, com uma taxa de crescimento em torno de 20% ao ano”, afirma Tomazeli.
O Brasil é o terceiro produtor mundial de chocolates, superado apenas por Estados Unidos e Alemanha. Em termos de Mercosul, o Brasil é disparado o maior mercado para chocolates, balas e confeitos com uma estimativa de consumo de US$ 9 bilhões, vindo em segundo a Argentina com um consumo estimado de US$ 1 bilhão. Estes números mostram o potencial para o crescimento dos negócios neste setor, daí a importância do evento de Gramado.
A Febrachoco já nasce com o apoio das maiores empresas brasileiras do setor. A Harald, um dos maiores fabricantes de coberturas do Brasil, será um dos patrocinadores. A Barry-Callebaut, maior fabricante de chocolate do mundo, também estará presente, bem como a Arcor, um dos fabricantes mais conhecidos do público consumidor. O evento conta, também, com o apoio da Achoco (Associação dos Chocolateiros de Gramado), da Alaccta (Associação Latinoamericana y Del Caribe de Ciência y Tecnologia de Alimentos) e da Prefeitura de Gramado.
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