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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Descobertas novas declarações de Bin Laden

“Os Estados unidos deveriam tentar encontrar os terroristas no próprio país”.

Olha lá, Osama Bin Laden não foi um conspirador, mas sim um “teórico da conspiração”! Nas declarações descobertas recentemente pelo jornalista Gerhard Wisnewski, o “príncipe do terror” não só negou sua participação nos atentados de 11 de setembro, mas também declarou: “Os Estados unidos deveriam tentar encontrar os terroristas no próprio país”. O próprio governo dos EUA coletou as respectivas declarações de Osama Bin Laden, mas manteve sob sigilo. Isso e muito mais encontra-se no livro “Operation 9/11”, atualizado e ampliado por Gerhard Wisnewski na ocasião do 10º aniversário dos atentados.

Segue um extrato da obra:

A autoria de Osama e seus cúmplices está provada, assim acredita o mundo. Afinal de contas Osama Bin Laden forneceu no outono de 2001 um “reconhecimento de culpa devastador”, como declarou na época um satisfeito presidente Bush. Com certeza você se lembra daquele vídeo desfocado que exibia um senhor meio obeso com um turbante branco e longa barba, levado ao público em dezembro de 2001. Neste vídeo, o suposto Osama revelou conhecimentos prévios sobre os atentados.


Extrato de um antigo vídeo de 2011 com suposta confissão de Bin Laden

O presidente Bush mostrou-se satisfeito. Não durou muito e logo alguns céticos já apontavam para inúmeras incongruências do vídeo desfocado – onde uma delas era a estranha aparição de Bin Laden. Além disso, o programa da TV alemã Monitor investigou mais a fundo a tradução inglesa do vídeo original em árabe. “A tradução em inglês apresentada ao mundo pelo governo dos EUA não é manipulada somente em partes, mas também contém erros”, afirmou o então diretor do programa Monitor, Klaus Bednarz.

Mas para os EUA, estava confirmado: Bin Laden confessara o planejamento dos ataques. E aqui os EUA deveriam saber melhor do que ninguém. Em um relatório de quase 300 páginas, o Foreign Broadcast Information Service (FBIS) da CIA, o qual freqüentemente avalia e traduzia fontes estrangeiras, juntou as declarações públicas de Osama por uma década.


Relatório do governo norte-americano com declarações públicas de Bin Laden

O título do relatório: “FBIS Report: Compilation of Usama bin Laden Statements 1994 – January 2004”. Na página 157, encontra-se por exemplo uma declaração de Bin Laden fornecida à Peshawar Afghan Islamic Press News Agency, a 16 de dezembro de 2001: “Bin Laden nega envolvimento nos atentados terroristas nos EUA”. “Após as explosões nos EUA, algumas pessoas apontam o dedo para mim, mas eu refuto isso pois eu não fiz nada”, assim Bin Laden foi ali citado. “Os EUA sempre me culparam por ataques semelhantes cometidos por seus inimigos. E para afirmar mais uma vez, eu não fiz isso; os terroristas fizeram isso por interesse próprio. Eu vivo no Emirado Islâmico do Afeganistão, e conversei com sua Eminência Amir ol-Momenin, o qual não permitiria tais ataques partindo do território do Afeganistão”.

Nisso podemos acreditar; ninguém iria permitir tais ataques a partir de seu território.


Além disso, essa coletânea apresenta na página 179, uma entrevista do jornal Karachi Unmat com Bin Laden, datada de 28 de setembro de 2001: “Você foi acusado de ter participação nos ataques a Nova York e Washington”, perguntou o correspondente da Unmat a Bin Laden. “O que você gostaria de dizer? Se você não participou, quem poderia ter sido?”

Resposta:

“Eu já disse, que eu não estou envolvido nos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos. Como muçulmano eu tento fazer meu melhor para não mentir. Não sabia algo sobre os atentados, nem viria com bons olhos a morte de mulheres e crianças inocentes e outras pessoas. O Islã proíbe veementemente que façamos sofrer mulheres e crianças inocentes, e outras pessoas. [...] Seja quem for que tenha feito os atentados de 11 de setembro, não é um amigo do povo americano. Eu já falei que somos contra o sistema americano, não contra o povo americano, enquanto nestes atentados pessoas comuns foram mortas. [...] Os Estados unidos deveriam tentar encontrar os terroristas no próprio país; pessoas, que fazem parte do sistema, mas atuam contra ele. Ou aquelas que trabalham para um outro sistema. Pessoas que querem tornar o século atual em um século do conflito entre o Islã e o Cristianismo, para que sua própria nação, país ou ideologia possa sobreviver.”

Isso não é apenas uma alusão à obra de Samuel Huntingtons “Guerra das Culturas”, mas também ao “Project for a New American Century”. Ou seja, àquele “Ninho de Neocons” que dominava o governo americano na época. Citação de uma fonte oficial norte-americana, mas apenas para “uso interno”. Para o público, restou apenas - como sempre - as mentiras descaradas.

Como já estamos falando disso, vamos escutar por um momento a voz original de Bin Laden, como nós não conhecíamos:
“Pode ter sido qualquer um,, da Rússia até Israel, e da Índia até a Sérvia, No próprio EUA existem dúzias de grupos bem organizados e equipados, os quais podem provocar uma grande destruição. Além disso, você não deve esquecer os judeus norte-americanos, os quais estavam cheios de Bush desde as eleições na Flórida, e queriam se vingar dele. Fora disso, existem os serviços secretos nos EUA, os quais recebem anualmente bilhões de Dólares do Congresso e do governo. Na época da União Soviética não havia problema algum em angariar este dinheiro, mas posteriormente este orçamento corria sério perigo. Eles precisavam de um inimigo”.

A surpresa é a seguinte: na realidade Osama Bin Laden não foi um conspirador, mas sim um “teórico da conspiração”! O homem não tinha aparentemente qualquer interesse no rolo de super-vigarista islâmico atribuído a ele pelo governo dos EUA...

Kopp Verlag, 08/08/2011.

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